Olá fãs da velocidade! Voltamos nesse domingo para falar de mais uma corrida da Fórmula 1, dessa vez o GP da Rússia, décima etapa do campeonato mundial da categoria em 2020. Com 90 vitórias na carreira, Lewis Hamilton chegou a Sochi podendo igualar o recorde de vitórias de Michael Schumacher, porém o inglês não teve um de seus melhores finais de semana. Com problemas no sábado e no domingo, Hamilton jamais foi um candidato à vitória no GP russo, conquistada com amplo domínio por Valtteri Bottas. O finlandês se valeu de uma boa largada para ultrapassar Max Verstappen, e herdou a primeira posição de Hamilton assim que o inglês foi aos boxes. Com uma punição de 10 segundos, Hamilton se viu incapaz de ameaçar até mesmo o piloto holandês da Red Bull, tendo de se contentar com o terceiro lugar no pódio. Acompanhe agora a nossa análise do final de semana: 

Foto: Motorsport.com


Desde o início do fim de semana de GP, era Lewis Hamilton o dono de todos os holofotes. Ainda que o inglês procurasse desviar o foco, os comentários e toda a expectativa para a oportunidade de igualar o número de vitórias de Michael Schumacher era imensa e vinha de várias partes. Porém, as coisas para Hamilton começaram a dar errado ainda no sábado. Ao fazer sua primeira volta rápida no Q2, Lewis acabou errando na última curva do circuito, e teve seu tempo justamente deletado. Dessa forma, Hamilton precisou ir a pista novamente, mas a sorte parecia não estar ao seu lado: quando entrava no setor 3 para fechar a volta, Sebastian Vettel acertou a barreira de pneus, trazendo uma bandeira vermelha para a sessão. Novamente, a volta de Hamilton fora interrompida, e restando apenas pouco mais de 2 minutos no relógio, Hamilton sequer tinha tempo registrado na sessão.

Com a necessidade de acertar uma volta, Lewis precisou sair para os dois minutos finais com os pneus macios, ao contrário de seu companheiro Valtteri Bottas e de Max Verstappen, que haviam conseguido marcar tempo com os compostos médios. Vale sempre lembrar que os pilotos devem largar para a corrida com os pneus usados na melhor volta do Q2, e iniciar a prova com pneus mais duros é sempre uma vantagem, já que com um primeiro stint mais longo a corrida tende a apresentar mais alternativas de estratégia ao piloto em questão. Em cima do laço, Hamilton abriu sua volta rápida e conseguiu avançar ao Q3. Mais do que isso, Lewis marcou a pole na sessão definitiva, vendo Bottas ser superado por Verstappen na bruga pelo segundo lugar. Ainda assim, os pneus vermelhos colocavam a posição do inglês em xeque para o domingo, sendo justo dizer que Hamilton talvez nem fosse o favorito para a vitória. 

Hora da largada! Hamilton pulou muito bem na ponta, enquanto Verstappen teve dificuldades para tracionar na parte suja do circuito. O holandês não foi páreo para Valtteri Bottas, que o superou ainda na reta principal. Ajudado pelo vácuo, Bottas foi pra cima de Hamilton, e tinha praticamente completado a ultrapassagem quando acabou espalhando alguns metros na curva 1. A saída de pista deu a chance de Lewis voltar para a ponta, com Valtteri confessando após o fim de prova que algo bateu em sua viseira e prejudicou sua visibilidade na aproximação para a freada. Sorte de Bottas que não houve nenhum toque! 

Mas a ação na largada não se limitou à parte da frente do pelotão. Na faixa intermediária, a McLaren dava início a um dia para se esquecer! Primeiro, Lando Norris escapou na curva 1, subindo nas altas zebras internas e caindo para o fundo do grid. Logo à sua frente, o mesmo se repetiu com Carlos Sainz, porém o espanhol conseguiu manter a velocidade e tentou retornar a pista o mais rápido possível. Só que Sainz julgou mal o espaço entre a barreira de pneus e as placas que guiavam o caminho pelo qual o piloto deveria seguir, evitando que o mesmo ganhasse vantagem ou provocasse uma situação perigosa. Carlos tentou contorná-las de maneira muito rápida, não conseguindo fazer a curva e acertando a barreira de pneus interna do circuito, dando fim de maneira bizarra à sua corrida. Erro claro do espanhol, que pediu desculpas ao time quase imediatamente. Fim de semana complicadíssimo para o time britânico, que passou zerado em termos de pontuação e viu as concorrentes Renault e Racing Point se aproximarem na tabela do campeonato de construtores. Será importantíssimo para a McLaren se recuperar rapidamente, demonstrando a resiliência necessária para a briga na parte de cima da Fórmula 1, afinal se tem uma disputa que ainda está completamente em aberto é a do terceiro lugar no mundial de construtores. 

Foto: Motorsport.com

Outro piloto que se envolveu em acidente na primeira volta foi Lance Stroll. O canadense da Racing Point, que já vinha de uma batida em Mugello, tornou a encontrar um fim prematuro na Rússia, e novamente sem qualquer dose de culpa. Charles Leclerc acabou tocando na traseira da Racing Point #18, que foi parar no muro e de lá não saiu. Uma perda preciosa de pontos para outra equipe que é protagonista na briga mais quente do mundial de construtores, e também um momento ruim para Stroll no campeonato. Ainda que ele não tenha qualquer parcela de culpa em ambos os abandonos, os dois DNFs seguidos lhe custaram quatro posições no mundial de pilotos, deixando inclusive o companheiro de equipe Sergio Pérez a apenas um pontinho de Lance. O canadense deve estar rezando por melhor sorte nos próximos GPs, afinal no fim do dia o que mais importa são sempre os resultados. 

Com todos esses incidentes, o safety-car precisou ser acionado antes mesmo da primeira volta ser completada. Lewis Hamilton liderava o pelotão, seguido por Bottas e por Verstappen. O holandês da Red Bull chegou a ser ultrapassado pela Renault de Daniel Ricciardo, perdendo momentaneamente o terceiro lugar, mas ainda antes do SC entrar na pista, Max aproveitou-se de um erro do australiano para voltar ao top-3, com Daniel sendo relegado à 5a posição. Esteban Ocon herdara o quarto posto, colocando a Renault em excelente posição para a corrida. 

Durante o período de carro de segurança, pode-se notar um sinal de investigação ao lado do nome de Hamilton na classificação. Nada de suspeito havia acontecido até então, e todo mundo demorou um tempinho pra entender o que estava acontecendo. Então, veio a informação da TV: durante a sua outlap para o grid de largada, ou seja, antes mesmo da corrida iniciar, Hamilton parou para fazer um treino de largada numa posição diferente daquela que fora combinada nos procedimentos pré corrida, em reunião com a direção de prova e demais pilotos. Essa atitude caracterizava uma infração ao regulamento, colocando o piloto inglês na mira dos comissários de prova. Após uma breve investigação, veio o veredito final: duas punições de 5 segundos, uma para cada vez em que Hamilton parou para efetuar seu treino de largada. Como a rodada de pits estava ainda por acontecer, Lewis poderia pagar a punição quando entrasse para trocar os pneus, evitando assim uma tradicional luta contra o relógio até o fim da prova. 

Insistentemente, Hamilton questionou a punição pelo rádio da equipe, o que é até certo ponto compreensível, afinal ainda que sejam nossos ídolos e superatletas, pilotos de Fórmula 1 não são super humanos, tendo o direito de se exaltar em algumas situações de extrema adrenalina. Porém, até mesmo ao final da prova e nas entrevistas pós pódio, Hamilton seguiu criticando fortemente a decisão dos comissários, inclusive de uma forme muito dura, dizendo que: "eles estão fazendo de tudo para me parar". Nesse ponto, Hamilton perdeu sua razão. 

Foto: Motorsport.com

Podemos questionar vários pontos sobre as punições de hoje, como se elas foram muito rigorosas ou não, a falta de um colchete sinalizador da posição certa de largada ou ainda a necessidade dos dois pontos adicionados à superlicença de Hamilton (que inclusive foram retirados após a equipe assumir que instruiu Lewis a parar o carro no meio da pista). Porém partir para o campo de que há uma luta entre Hamilton vs. todo mundo é muito desnecessário, e sinceramente, não precisa ser a atitude de um futuro recordista de vitórias da categoria. 

Tenho falado a alguns textos sobre o processo de amadurecimento de Hamilton com o passar dos anos. Como ele deixou de ser o jovem promissor, ousado e por vezes inconsequente pra se tornar uma máquina, precisa e rápida como poucos na história do esporte. Porém, algumas vezes, essa sombra do passado volta a sobrepor a imagem de um Lewis revigorado. Como na Malásia-2016, quando o mesmo Hamilton disse que "havia algo estranho" e que "não podia acreditar que dentre 8 motores Mercedes justamente o seu havia explodido". Ora, a sorte faz parte do esporte, e muitas vezes simplesmente ela não aparece. Nesse fim de semana, o caso é mais simples ainda! Lewis claramente descumpriu uma das instruções da direção de prova, especificada claramente para todos os pilotos. 

Talvez 10 segundos de punição por uma manobra que não colocou nenhum piloto em risco e nem teve influência direta na prova tenham sido realmente muito rigorosos. Porém, seja da forma que for, a punição teve um embasamento e uma motivação, não sendo de forma nenhuma qualquer tentativa desenfreada da FIA em atrapalhar a vida de Hamilton para ressuscitar a disputa pelo campeonato (disputa essa que aliás está ainda longe de ter a chance de ser ressuscitada). No final, as declarações de Hamilton acabam sendo uma bola fora mais relevante do que o próprio erro, este uma questão de muito menos relevância. Como o hexacampeão, ídolo e personalidade influente que é, Hamilton poderia encarar essas situações com um olhar mais maduro, deixando de lado esse aparente complexo de inferioridade e de que todos estão numa luta contra ele. Não é algo que influencia em seu desempenho na pista, e muito menos algo que deve atrapalhar a conquista de seu heptacampeonato, mas é sim algo que diminui sua reputação, principalmente entre os fãs de carteirinha de Fórmula 1, capazes de perceber e reconhecer o comportamento de um grande esportista.

Passadas as polêmicas, finalmente é hora de correr! Mesmo com a punição de 10 segundos a cumprir, Hamilton não aliviou na relargada, mantendo-se firme e forte na primeira posição. Bottas não conseguiu se manter próximo o suficiente para pegar o vácuo, tendo que se contentar com o segundo lugar. O mesmo aconteceu com Verstappen e todos os outros pilotos que vinham logo atrás, com poucos mudanças em geral acontecendo no retorno à ação. 

Com pneus macios e punições a pagar, Hamilton sabia que estava em maus lençóis para o restante da corrida. Com Bottas igualando seu ritmo mesmo usando o composto médio, Hamilton começava a ver as chances de um bom resultado irem pelo ralo a medida que as voltas iam passando. 

A primeira parada de Hamilton se aproximava, e o inglês então resolveu acelerar. Em duas voltas a diferença saltou para a casa dos 3 segundos, mas ainda assim estava longe de representar qualquer ameaça aos seus dois principais adversários. Ao efetuar sua parada e pagar os 10 segundos de punição, Hamilton caiu para o décimo primeiro lugar, mais de 30 segundos atrás de Bottas e com uma corrida de recuperação pela frente. Seria um domingo bem diferente daquele que muita gente estava imaginando para o piloto #44... 

Quem se deu bem com toda a situação foi Valtteri Bottas. O finlandês da Mercedes aparecia agora na primeira posição, com a estratégia ideal e um carro aparentemente mais veloz do que o de seu único concorrente pela vitória, Max Verstappen. Valtteri aproveitou o ar limpo ao assumir a ponta para marcar tempos competitivos, abrindo uma distância cada vez mais segura com relação ao carro #33. Vendo Max parar primeiro, Bottas precisou apenas marcar de perto da estratégia da Red Bull, evitando qualquer perda de ritmo inesperado ou azar com um safety-car. Após o pit-stop, Bottas retornou a pista com pouco mais de 10 segundos de vantagem sobre o segundo lugar, e com uma certeza: somente uma obra do destino poderia lhe tirar essa vitória. 

À parte dos "cachorros grandes", um outro piloto em especial fez uma corrida pra lá de competente, mesmo não recebendo toda a atenção que merecia. Sergio Pérez era o responsável por salvar alguns pontos para a Racing Point depois do abandono de seu companheiro, e o mexicano conseguiu fazê-lo ao seu melhor estilo. Com um ritmo sólido e um manejo extraordinário dos pneus, Pérez foi capaz de manter um ritmo superior ao das Renaults na parte final do primeiro stint, o que lhe rendeu uma ultrapassagem sobre Ricciardo na briga pelo quinto lugar da corrida. Ciente da ameaça de Checo, a Renault optou por trazer Ocon aos boxes já nas próximas voltas, tentando forçar o piloto #11 a fazer o mesmo. Mas Pérez não seguiu o jogo e ficou na pista, mantendo um ritmo competitivo, enquanto Esteban acabou preso atrás da Ferrari de Sebastian Vettel, que faria um primeiro stint muito mais longo do que a média. Com o francês virando tempos mais lentos, a janela se abriu e a Racing Point soube aproveitar. Algumas voltas depois, Pérez entrou para sua parada, voltando exatamente à frente de Vettel e Ocon. Mantendo o mesmo ritmo competitivo de antes e com pista limpa a sua frente, Pérez logo conseguiu se distanciar dos dois, e a partir daí foi só cozinhar o galo e levar pra casa. Grande P4 para o mexicano, que por enquanto segue sem assento par 2021. Quem será que abre as portas para Checo? 

Foto: Motorsport.com

Ainda falando sobre essa briga, um fim de semana positivo para a Renault, mas com gosto bem agridoce para Esteban Ocon. O piloto do #31 chegou a andar no quarto lugar, mas acabou perdendo muito tempo depois de passar múltiplas voltas atrás de Sebastian Vettel. Mesmo tendo mais ritmo, o francês não conseguia a ultrapassagem, o que fez com que seu companheiro Daniel Ricciardo alcançasse os dois na pista. Com os dois carros muito próximos, a equipe Renault deu preferência para seu primeiro piloto, e Ocon teve de abrir para Ricciardo passar. Como se não bastasse assistir a Ricciardo rapidamente abrir caminho sobre Vettel, Ocon ainda teria outro problema pela frente. Charles Leclerc, em uma estratégia alternativa, conseguiu levar seus pneus médios até além da metade da corrida, e ao fazer sua parada retornou à frente de Esteban. Agora no sétimo lugar, Ocon já não conseguia acompanhar o ritmo da Ferrari #16, e começou a sofrer ameaças de Daniil Kvyat, outro que vinha num grande dia. Por muito pouco, Ocon conseguiu manter os 6 pontos do sétimo lugar, mas o saldo total da corrida deixa no mínimo um gostinho de quero mais. Novamente ofuscado pelo companheiro de time e andando pra trás durante a prova, Ocon há muito não consegue encaixar um fim de semana perfeito. A sombra de ser companheiro de Fernando Alonso no ano que vem já não traz o melhor dos prognósticos, e com desempenhos como os de hoje a posição do francês no time começa a ficar em xeque... Hora de abrir o olho e mostrar serviço! 

Por fim, a última das batalhas de hoje! Já nos aproximando do fim da prova, Pierre Gasly aproveitou um VSC tardio para trocar seus desgastados pneus duros por um novo jogo de médios. A aposta teve lá seus problemas, já que o VSC terminou antes da parada ser completada, e com isso Pierre acabou perdendo duas posições: Lando Norris era alçado ao nono lugar, enquanto Alex Albon subia ao décimo. Porém, com um pneu mais novo, Gasly foi muito mais rápido nas voltas seguintes, e rapidamente alcançou os dois na pista. Com o pior pneus dos três, Norris tinha a dura missão de segurar os adversários, esses que certamente brigariam duro entre si, afinal são também os principais candidatos à vaga de segundo piloto da Red Bull! Curva a curva e roda com roda, Albon e Gasly protagonizaram uma grande batalha, que terminou com o francês levando a melhor! Norris deu uma estilingada, mas com pneus duros muito usados não foi capaz de manter a diferença, sendo rapidamente ultrapassado por ambos até errar a precisar de nova parada. Momento que, em termos de resultado, acabou nem sendo tão expressivo assim, afinal apenas devolveu Gasy à posição de antes da parada, enquanto Albon fatalmente ultrapassaria Norris devido ao desgaste excessivo nos pneus do carro #4. Mas que rendeu imagens lindas, daquelas que ilustram nossa paixão por automobilismo. 

E foi isso! Lá na frente, Bottas nunca foi ameaçado por Verstappen, que chegou pouco menos de oito segundos atrás. O holandês também não sofreu com Lewis Hamilton, este que jamais se preocupou com Sergio Pérez. Fim de prova, que marcou a segunda vitória de Valtteri no ano, e mais um capítulo da até agora invicta Mercedes no GP da Rússia. Valtteri vence, fez aquilo que deveria fazer. Pensar em título é ainda pensar muito alto, já que a diferença excede os 40 pontos. Seu jogo tem de ser corrida a corrida, fazendo sua parte e contando com uma ou outra dose de sorte. Ainda que seja muito difícil, Bottas não pode se dar por vencido, mesmo que até mesmo ele próprio saiba que vencer essa missão é quase impossível. Sobre Max, também não há muito a acrescentar. O holandês segue no seu limbo particular, numa posição dificílima de ameaçar Bottas no campeonato e inalcançável para os demais pilotos que brigam pelo quarto lugar. Domingo de top-3 tradicional, com circunstâncias um pouco diferentes, e um tempero cheio de polêmicas no ar. 

Passada rápida nos campeonatos: Hamilton lidera no de pilotos com 205 pontos, contra 161 de Bottas e 128 de Verstappen. Norris segue em quarto, porém com Albon e Ricciardo em seu encalço (65-64-63, nessa ordem!) Nos construtores, Mercedes (366) e Red Bull (192) seguem absolutas no primeiros e segundo lugar. Porém McLaren (106), Racing Point (104) e Renault (99) colocal fogo numa disputa muito valiosa pelo top-3! 


Confiram a classificação do GP da Rússia: 



Por hoje é só pessoal! Voltamos daqui a duas semanas, com o GP de Eifel em Nurburgring! Abraço a todos e até lá! 


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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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