Foto: GazetaPress.

Amigos e Nação Corinthiana! O Brasileirão está de volta e com ele o nosso acompanhamento das coisas do Corinthians, com aquilo que vocês não verão por aí, que é o comentário mais aprofundado com a base analítica e a base de vir de um torcedor. Neste retorno, o time enfrentou o CSA, que apesar de (absurdamente) ter demitido Marcelo Cabo, manteve agora com Argel o jogo mais defensivo, de um time muito fechado que especula o contragolpe e na boa atuação de Jordi (mais uma na competição) quase conseguiu atingir o objetivo. Mas o Timão mesmo sem (nenhum) brilhantismo, conseguiu fazer valer um maior volume de jogo na etapa final e fazer o gol do 1 x 0 numa jogada com dois centroavantes, de Boselli para o autor do gol, Love


O primeiro tempo foi absolutamente sonolento, o Corinthians criava chances esparsas e não era defensivamente ameaçado, mas faltavam decisões melhores, o CSA por vezes conseguiu ter a bola e com isso fazer com que o Corinthians jogasse atrás da linha. Na reta final do primeiro tempo o Corinthians teve algumas boas chegadas, mas as decisões tomadas na linha ofensiva eram sempre erradas, o último passe com erros de Clayson, Sornoza e de Pedrinho e Love desperdiçando um contragolpe por encobrir sem força. 


Na volta do intervalo a impressão é de que Carille exigiu do time uma melhor atitude, claro que não devemos confundir isso com "raça" (aquele tipo de "análise" que qualquer um faz sobre futebol e pra muitos "passa"), não é isso que tem faltado ao time, mas sim um melhor jogo ofensivo, com mais habilidade e criatividade, tem faltado punch, pressão ofensiva contra o adversário.

Em alguma medida foi isso que o time ganhou na etapa final. O treinador então, na faixa dos 15 minutos colocou em campo talvez a única coisa boa dos amistosos dessa parada, Régis que apareceu bem neles, infiltrando na área pra finalizar, entrou no lugar de Ralf, numa clara indicação ofensiva. Régis não teve uma participação efetivamente direta na construção do resultado, mas o interessante é que o time se impôs ofensivamente e conseguiu o gol com assistência de Boselli, o argentino que entrou em uma mexida contestada na vaga de Pedrinho e rolou para Love tocar no ângulo do destaque do jogo, Jordi. 

Depois do gol, em seguida Carille colocou Gabriel em campo para merecer mais críticas por sua "covardia", claro que me desagrado em ver a tamanha cautela com que o treinador tem procedido no Corinthians, mas quando o resultado vem entendo que não há muito a falar, o problema é quando isso é proposta ante adversários de similar grandeza e rende derrotas e eliminações, aí sim é preocupante e decepcionante e esse cenário lamentavelmente pode ocorrer na próxima rodada. O jogo caminhou arrastado então para o fim com o resultado de vitória simples, mostrando que o time segue no mesmo estágio de quando foi para a parada da Copa América. 


Bem, no começo da etapa final, a arbitragem ignorou (e também o VAR) um pênalti claro cometido por Celsinho em Avelar. Para não me estender nisso, vou repetir o que disse no texto que fez um apanhado geral da Copa América (clique): O problema não é "o VAR", ao contrário, ele poderia ser parte da solução, mas com arbitragens patéticas, estas mesmas são as que irão analisar as imagens (ou se omitir de fazer isso), logo, o recurso somente escancara os atos de inércia, incompetência e mal-caratismo das arbitragens. 

Voltando ao que importa, campo e bola. Vejam, os amistosos que o Corinthians realizou foram patéticos, não serviram para promover/medir uma evolução (e daí vem o título da crônica) do time. Porra, tomou-se no Brasil a cultura de amistoso só pra CUMPRIR AGENDA, pois evidentemente não se pode considerar como "avaliação técnica" um jogo onde tu troca TODOS OS ONZE atletas e depois um que saiu (Régis) volta do banco pra fazer o gol da vitória, legal pro Régis, legal pros atletas em campo, mas DANE-SE a vitória em um amistoso se ela tiver de vir deste jeito, não é esse o objetivo de um jogo de preparação. 

Isto posto, claramente se viu em campo que o time voltou NO MESMO estágio em que foi para a parada, não houve "evolução". O time segue sem efetividade na linha da meia, com os pontas e o meia (e aí Régis que foi bem nestes jogos, pode ser alternativa, ainda que Sornoza tenha uma boa bola parada e esteja lentamente melhorando) central e com quase nulo punch, ou seja, quase nulo poder de pressionar efetivamente o adversário criando chances de gols. 

É evidente que a "culpa" não é só de Carille, o Corinthians NÃO TEM PEÇAS (suficientes e de qualidade) nessa linha ofensiva e não é o treinador que contrata, nem que renova contrato. Mas a atitude é um papel dele e isso preocupa porque só vai na marra, o time nunca COMEÇA um jogo (sem estar em desvantagem, como em mata-mata) no máximo de sua capacidade ofensiva, precisa sempre ter um "estímulo extra" pra isso, o que é muito chato, além do fato de que quando consegue a mínima vantagem, já volta ao modo automático de arrastar os jogos, é claro que isso é insuficiente em competições que premiam a regularidade como em pontos corridos e também contra adversários que tem uma qualidade superior, pois se tu se permite ficar em desvantagem nesse tipo de jogo, é muito difícil reverter, como vimos na Copa do Brasil. 

No Brasileiro, o próximo adversário do Corinthians é este mesmo Flamengo que protagonizou a eliminação na competição de mata-mata, mas agora mais ousado sob o comando de Jorge Jesus, se o Corinthians esperar, se o Corinthians trouxer o adversário pra dentro, como já fez no passado recente, pode vir um resultado bastante desagradável, o desejo é que o time entre como entrou na partida de volta, o time já mostrou que PODE fazer, basta Carille (que é o melhor nome para comandar a equipe, é um vencedor) ter coragem para tal. 


Pra encerrar, a chegada de Gil, ilustrado na foto principal deste texto é importantíssima, u jogador muito acima da média, fará dupla (ao menos à princípio) com Manoel, eu acreditava que seria com Henrique, mas são jogadores que acabam se completando, Gil mais técnico e Manoel rebatendo, é importante e contrasta com uma triste despedida.

Romero encerrou neste domingo sua passagem pelo clube fazendo mais uma linda e emocionante declaração de amor em sua rede social. Eu penso que isso poderia ter sido muito melhor conduzido, até porque neste SEIS MESES de imbróglio, em nenhum momento o time teve um substituto para o papel que ele cumpria e por muito tempo não terá. Faltou uma melhor condução da situação. Mas não adianta sair apontando as coisas, resta então agradecer por tudo, externar essa tristeza e desejar o melhor para o atleta em sua jornada. Muito obrigado por tudo e por ser um de nós, ser este "louco". 




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Imagem Romero: Globoesporte/Acervo JC. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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