Amigos! A Seleção Brasileira voltou a campo nesta sexta (16) para o seu penúltimo compromisso do ano, partida "amistosa", porém clássico ante o Uruguai. Como não poderia deixar de ser, ambas as equipes entraram com o máximo de competitividade possível, o Brasil com o que tinha de melhor (com as devidas controvérsias) e o Uruguai, dentro dos desfalques que tinha também. Quase prevaleceu a aplicação tática do time de Tabarez, porém na etapa final em um lance onde houve antes falta de ataque, foi marcado o pênalti que decretou a vitória por 1 x 0 do time de Tite. 


O time Brasileiro teve minutos iniciais muito bons, criando possibilidades de gol. Porém, passada essa primeira pressão, o Uruguai se assentou no jogo, tomou confiança e passou a exercer uma marcação alta, que dificultou muito a vida dos comandados de Tite, que por muitas vezes se viram comprimidos em seu próprio campo. Esses foram os dramas que a seleção canarinho viveu na partida, todos por mérito adversário, na compactação, na garra, que faz com que não de hoje, o time do país vizinho supere suas limitações técnicas e o fato de ter um meio-campo quase nulo. Um adversário que pressiona a saída e quando o time do Brasil conseguia passar essa barreira, fechava muito bem a entrada da área, impedindo que Neymar penetrasse e com um Douglas Costa neutralizado, ou pouco acionado do lado direito.


Os primeiros minutos da etapa final foram complicados para o Brasil, com o Uruguai partindo pra cima, exigindo trabalho de Alisson e chegando muito perto de abrir o placar. O Brasil passou a ser menos sufocado com as entradas de Allan (que finalmente veste a camisa da Seleção) e Richarlisson e aos 28 minutos o lance que definiu a partida. Danilo avança pela direita e conduz a bola com a mão, o auxiliar não vê, mas vê o pontapé do defensor nele, pênalti, que com extrema categoria Neymar converteu.

Depois do gol o jogo mudou de figura, sem um meio-campo criativo, o time uruguaio se perdeu e o Brasil passou a controlar o jogo no campo de ataque. Emblemático lance já perto do fim do jogo, a entrada dura de Cavani sobre Neymar, seguida de encarada do uruguaio. A guerra de egos entre os dois ainda existe. Vitória do Brasil, a qual eu não julgo decepcionante por conta da tal falta de espetáculo, afinal, é um clássico e o time adversário veio muito bem armado, num jogo que lhes apeteceu, brigado no meio, sem espaços. O fator que tira o sabor da vitória realmente foi o crasso erro do assistente, que marcou o pênalti após Danilo cometer falta, mas são coisas que acontecem no futebol.


Analisando apontamentos técnicos, eu realmente prefiro dar méritos como já disse ao Uruguai e a Tabarez pela compactação que impôs um jogo duríssimo para o Brasil, dando em vários momentos a impressão de que seria o time uruguaio a sair vitorioso. Faltou mais movimentação, o que melhorou com Allan, que realmente briga por essa vaga que sem Coutinho é de Renato Augusto na visão de Tite, o Renato que vem muito bem na china, mas nem nessa função e sim mais perto do gol, como jogava na Alemanha. Se imaginarmos Allan brigando com Arthur, ainda que o jogador do Napoli seja ótimo, não tomará a vaga. Novamente o Brasil ficou muito preso ao lado esquerdo com Neymar, faltou um pouco mais de Douglas Costa, não sei se por ele não se apresentar, ou pelo time estar condicionado ao dar a bola no Ney, se for a segunda opção, isso precisa ser corrigido por Tite, tinha quase que acabado e desde a Copa voltou com tudo. 

Rapidamente sobre a queda uruguaia no jogo, ficou claro que atrás no placar esse meio defensivo, sem criatividade não funcionou e o time passou a bater, a desordenar as linhas que tinha com o placar em zero. E Tabarez não utilizou as três opções de meias ofensivos que tinha no banco, dois que eu pessoalmente gosto, que são De Arrascaeta e Carlos Sánchez, além do comum Lodeiro. E é complicado realmente, ainda que eu qualifique o cruzeirense e o santista como jogadores acima do nível de Lodeiro, se pensarmos na meia de uma seleção de primeira linha talvez estes jogadores realmente não caibam, é um problema do qual sofre o Uruguai, ter "apenas" a dupla de zaga (que á propósito não jogou hoje) e a outra dupla, a gigante dupla de ataque.

Valeu como resultado a vitória do Brasil, mais uma em um clássico, ainda que sem brilhantismo, como também foi ante a Argentina, mas é importante como resultado, até porque Tite já está com a cabeça na Copa América que é a primeira competição após a Copa. Não tem sido um futebol dos mais agradáveis, longe disso, a torcida está novamente se afastando da Seleção, mas como comentarista não posso deixar de observar que competitivo o time está. Parâmetro de comparação com europeus será difícil ter, visto que tem  Nations League, tem Eurocopa em 2020, portanto será muito difícil ter data para encarar as seleções europeias. Neste momento, esse tipo de meio a zero dentro do que passa pela cabeça de Tite no que tange a competitividade é absolutamente aceitável. 



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Foto: MowaPress. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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