A Seleção Brasileira entrou em campo mais uma vez na tarde desta terça (16), desta vez o Superclássico foi disputado ante a Argentina, novamente na Arábia (pois é), onde o jogo foi movimentado, mas não fez jus ao que representa o tamanho deste jogo, apesar de ainda muito aquém do que espera o torcedor, no apagar das luzes o Brasil marcou com Miranda em escanteio e garantiu o 1 x 0 e o simbólico título do jogo.


Foi um primeiro tempo interessante e movimentado, com muita marcação, mas que não impediu que houvessem chegadas, o time Brasileiro um pouco melhor, apesar do esquema com dois centroavantes, Firmino e Jesus, mas teve Neymar sendo bastante acionado, um Filipe Luís que não foi tímido no apoio e com isso algumas chances foram criadas e o volume do time de Tite foi maior, mas a Argentina também chegou, na principal delas em uma falta cobrada por Dybala e teve como destaque uma marcação alta, que quase complicou o time canarinho nas saídas de bola. 


Na etapa final essa marcação se intensificou e o Brasil ficou preso atrás, ficou difícil pra time sair, em alguns momentos com isso a Argentina chegou com perigo. Em vendo que o esquema com dois avantes não funcionaram, Tite tirou Jesus e colocou Richarlison que também comanda o ataque, mas se movimenta melhor e com maior velocidade e habilidade.

O jogo ficou mais aberto e "coincidência" ou não, o time cresceu na partida e passou a jogar dentro do campo argentino, criando possibilidades ainda que timidamente, fazendo Romero trabalhar. Este controle do jogo nos trinta minutos finais de jogo refletiu-se somente nos acréscimos, cobrança de escanteio de Neymar e Miranda se vingou do que sofreu na Copa ante a Suíça e levemente empurrou Otamendi para fazer o gol, isso a meu ver é lance de jogo, não entendo que foi falta naquele jogo e não vejo como falta neste. Depois do gol praticamente não houve mais jogo e o Brasil venceu, evitando assim os pênaltis, que seria um despropósito.


Vejam, o time argentino tem técnico interino e passa por um processo de renovação, sem Messi, enfim, analisado este cenário, eles fizeram o jogo deles, muitas faltas, algumas chegadas, Lo Celso aparecendo bem na transição e chegando á frente, marcação alta que neutralizou por boa parte do jogo as ações ofensivas e minou a presença de dois atacantes mais fixos como já destacado, fizeram o que deu pra fazer.

E aí, sem querer ser "o corneta" de Tite, vai uma vez mais o entendimento de que a nossa Seleção jogou abaixo, muita bola ainda em Neymar, pouca jogada coletiva, de fundo pra acionar o comando de ataque. O lado esquerdo teve uma atuação impulsionada pelo camisa 10, Filipe Luís se viu obrigado a apoiar, mas ainda foi pouco e com isso o time quase precisa levar o jogo aos pênaltis. De positivos os testes, mais uma vez o treinador mexeu pouco, parece que valem pontos pra ele estes jogos, mas houveram mudanças na escalação, Arthur mostrou que merece a vaga ao lado de Casemiro e na principal mexida, mais uma vez Richarlison mostrou qualidade, é um cara (repetindo, insistindo) que não deve sair do time.

Pra encerrar, há um grave ranço sim de muita gente em relação á seleção, a esperança de título na última Copa com Tite cessou isso, mas com a derrota ante a Bélgica (parece que uns aí não sabem perder) voltou tudo e de forma até agressiva (como tudo neste país atualmente). Eu vou repetir o que já disse em textos anteriores, É IMPOSSÍVEL só jogar clássico, ainda mais com Nations League rolando, não há como, não há sequer datas, não há sequer times, for assim 15/16 seleções só jogarão umas contra as outras e aí não é mais nem amistoso, é torneio, é impossível. A Argentina outro dia jogou ante a Guatemala e no clássico de hoje há quem dirá que "não valia nada e foi uma porcaria por isso", mesmo tendo um troféu em jogo. O Uruguai tem problemas também de renovação e é o nosso próximo adversário, tem sofrido em jogos contra seleções menores, é um clássico, mas será também um jogo de nível técnico abaixo do que diz a história. Vocês queriam clássicos? Já tivemos um e teremos outro, mesmo os clássicos pouco dizem, o problema não é este.



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Foto: CBF. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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