Amigos e Nação Corinthiana! Estamos de volta para comentar o que pode ter representado (ainda que não matematicamente) a escapada do Corinthians do rebaixamento. Vitória sofrida do time por 1 x 0 ante o Vasco, com algumas mudanças assim como propomos aqui, sofrimento na etapa final e polêmicas de arbitragem desta vez (diferentemente do que ocorreu no resto do campeonato) tendo a reclamação adversária. Não foi uma atuação de encher os olhos, longe disso, mas que deixou claro que comprometimento nunca faltou, o que falta mesmo é qualidade.


O time veio com mudanças, sem Romero a opção (da qual eu inicialmente discordava fortemente, não tem falsidade aqui) foi por Vital e Ventura foi ousado ao utilizar o garoto Thiaguinho que é meia, na função de segundo volante desde o início, ele que entrou muito bem no intervalo dos dois últimos jogos.

O time precisava vencer e comandou as ações da etapa inicial, com pouca qualidade, de forma desordenada, mas com muita vontade, com forte avanço pela esquerda de Avelar que é esforçado, mas sentiu muito a camisa, ao menos é isso que me parece para que ele cometa tantos erros. Vital foi bastante acionado pela esquerda, diferentemente de em outras oportunidades em que ele jogou, ele não afunilou junto com os volantes pelo meio e isso fez com que ele fosse uma ótima válvula de escape. Bem como Thiaguinho que é um cara, até por ser na verdade meia, que chega bastante ao ataque.

Porém com o passar dos minutos, a marcação alta que o Corinthians exercia foi cessando, afinal é impossível manter isso ai o jogo inteiro e o time foi passando a errar muito, começando a ceder espaços ao Vasco, que chegou aos 37 minutos na jogada individual de Kelvin, que foi derrubado por Thiaguinho na entrada da área, o juiz entendeu que o vascaíno cavou. Não foi pênalti, mas foi uma falta muito perigosa para o adversário, ignorada pela arbitragem.


No segundo tempo o alívio, finalmente Fagner conseguiu chegar ao fundo como nos velhos tempos e cruzou. O elemento surpresa entrou no costado da zaga, Vital, ele mesmo colocou a lei do ex em prática testando forte o cruzamento perfeito do lateral, grande jogada, grande alívio, explodiu a Arena na vibração. Depois do gol começou o sufoco, as mexidas de Ventura não foram no intuito de recuar o time, ao contrário, perdeu Vital e colocou Clayson que em teoria é até mais ofensivo. Depois colocou Roger (minha sugestão de escalação no texto anterior) e Araos nas vagas de Danilo e Thiaguinho. As mudanças realmente não funcionaram, não por terem sido erradas, mas por mérito do Vasco, que no desespero foi pra cima e mostrou até uma transição mais qualificada que a nossa. Faltou a eles o último passe e a finalização, felizmente.

Aos 28 minutos mais uma polêmica em disputa com Castán, que cai na área tentando cavar, o juiz acertou em não marcar o que aí sim, seria um pênalti. Assim como no lance do mesmo Avelar com Marrony, onde o atleta que entrou no lugar de Kelvin (mexida errada, ainda bem) mergulhou ao perceber o braço de Avelar perto dele. Antes desta segunda polêmica, no único contragolpe que tivemos, Clayson deixou Roger na cara do gol e o "camisa 9" perdeu inacreditavelmente, que fase. O sufoco se estendeu até o fim, mas o Corinthians conseguiu segurar a vitória que praticamente salva a equipe.


Eu entendo que este jogo mostrou o que só não enxerga quem não quer. Não é a tal da "raça" que falta pra esse time, falta muita qualidade, mas o time lutou, Ventura fez algumas das mudanças que todo mundo percebia que precisava fazer (a de Romero forçada pela seleção paraguaia) e funcionou, o time errou muito, mas dominou o primeiro tempo, fez o gol cedo no segundo, finalmente com o apoio de Fagner e uma chegada de trás de um jogador como surpresa, algo que tem faltado ao time e que é fundamental, uma vez que Danilo NÃO É centroavante e tem muita dificuldade nisso, deixando a área pra buscar o jogo muitas vezes, ou se posicionando de forma errada. Mas foi importantíssima a presença de Thiaguinho no time, com o que temos pra esse resto de temporada não pode sair e Vital se não se acomodar, se continuar jogando assim pelo lado de campo, pode ajudar nesta reta final no lugar de Romero, que sempre que vai pro banco volta mordido.

Não foi uma atuação brilhante e empolgante, mas o clima e o alívio o são, aqui é Corinthians, se não é sofrido não é com a gente, apesar de tudo que ganhamos nos últimos anos, nunca deixamos de ser maloqueiros e sofredores, nunca adversário abriu pernas pro Corinthians, tudo sempre foi muito suado. Então, ainda que tenha dado dor nos olhos ver este arremedo de elenco jogar neste ano, agora praticamente salvo temos mais tranquilidade pra já pensar nas mudanças que devem ocorrer pra 2018, a principal delas deveria ser a mudança na presidência do clube, mas infelizmente, o atual mandatário tem dois anos ainda pela frente, lesando o clube.



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Foto: GazetaPress (Fernando Dantas). 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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