Amigos! Neste feriado do Dia das Crianças, a Seleção Brasileira entrou em campo em mais uma data-FIFA, em amistoso ante a Arábia Saudita em Riad, numa atuação burocrática e sonolenta, o resultado por 2 x 0 veio, mas o jogo certamente irritou a todos, seja o torcedor mais afinco, seja quem apenas sentou no sofá no feriadão pra assistir a uma partida de futebol.


Na primeira etapa um jogo bastante morno, onde o Brasil saiu algumas vezes na cara do gol antes de abrir o placar e concluiu com displicência. Já a Arábia mostrou o que vimos na Copa do mundo, onde cobrimos alguns jogos deles e com boa vontade, sem dogmas, foi possível identificar que a transição ofensiva do time árabe é boa, o toque de bola é interessante, mas falta qualidade no passe final, porém, há que salientar que o toque de bola adversário por vezes se viu pelo espaço dado pela seleção, displicente também na marcação.

O gol do Brasil no entanto saiu no finalzinho da etapa inicial, aos 46, aproveitando a fragilidade (a qual também vimos na Copa) da defesa saudita, num passe de Neymar para Jesus, que enfim rompeu o jejum com a camisa canarinho.


Na volta do intervalo, Tite parecia ousar, colocando Lucas Moura, de volta merecidamente á Seleção, na vaga de Fred. Porém o ex-tricolor ficou isolado na ponta direita e pouco fez, o Brasil acabou deixando muito a posse com os adversários, recuando, dando campo, jogando como se fosse um jogo valendo três pontos ante uma grande equipe do futebol mundial, o que em sabendo a diferença técnica entre as equipes foi absolutamente frustrante.

Richarlison (que merece seguir sendo convocado) entrou mais uma vez bem e acabou provocando a expulsão do goleiro e destaque do time saudita Al-Owais, que havia feito grandes defesas na partida, em bola onde foi lançado e obrigou o goleiro a tocar com a mão na bola fora da área, lance revisado via VAR (tem VAR em amistoso, mas não teve no Brasileirão e querem botar a culpa nos clubes). No finalzinho de novo, aos 50 minutos, em cobrança de escanteio, Alex Sandro desviou de cabeça para o gol dando números finais a morna (pra ser comedido) partida.


Vejam, sempre que titular for na cobertura da Seleção, irei reafirmar meu apreço pelo técnico que Tite é, isso é uma coisa, mas isso não significa que seja imune de críticas da nossa parte, muito ao contrário, como já demonstrado várias vezes e por exemplo nesta convocação para esta data-FIFA. O excesso de preocupação tática irritou, claro que se entra pra vencer, pra ser competitivo, isso é um dos aspectos louváveis de Tite, mas recuar o time, não fazer o máximo de testes a que tinha direito (foram só quatro mexidas com Lucas, Wallace, Richarlison e Arthur), onde fica a dúvida com isso se realmente houve o temor de sofrer o empate. Ora, se sofresse que fosse pra cima e conseguisse a vitória. A impressão que ficou é que se tratava de um grande clássico do futebol mundial, não, não era, isso afasta o torcedor e aumenta a pressão para o clássico ante a Argentina na próxima terça.

É um clássico e Tite vai jogar ainda mais taticamente, o que aí será compreensível, mas as convocações, a postura, todo conjunto da obra que já vem da eliminação ante a Bélgica, mesmo com os resultados favoráveis, já começam a atingir o seu respeito e admiração por parte dos torcedores, é hora de ousar mais professor, vale vitória sim, mas não valer três pontos é pequeno, perto do que significa um jogo com essa camisa, valendo pontos ou não, é muito mais do que apenas a contabilização de vitórias, empates e derrotas. Abra o olho.




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Foto: Reuters. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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