A pretensa reforma ministerial realizada pelo presidente Bolsonaro realmente trocou peças nos ministérios das Relações Exteriores, Justiça e Segurança Pública, Casa Civil e Defesa, além dos responsáveis pela Secretaria de Governo e Advocacia-Geral da União (AGU). No entanto, o tabuleiro onde o jogo é jogado segue inalterado. Os jogadores, aqueles que manipulam as peças, mantém o poder de decidir as estratégias necessárias para avançar as “casas”.
O lobby do Congresso Nacional, sobretudo do Senado, pela saída de Ernesto Araújo do Itamaraty surtiu efeito. Ele saiu. Mas o escolhido, Carlos Alberto França, foi uma decisão exclusiva da junta que desgoverna o Brasil. Nenhuma influência dos atores que “pressionaram” pela exoneração. Já a Defesa segue com um militar, o interventor de outros tempos Walter Braga Netto. Na pasta de Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres chega com sua maior credencial, o de amigo de longa-data da família. De lambuja, o Centrão, de onde veio e para onde voltará Jair Bolsonaro, conseguiu emplacar a deputada Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo, porque Luiz Eduardo Ramos é o novo ministro da Casa-Civil. André Mendonça, cotado para a vaga de Marco Aurélio Mello no STF (ministro se aposenta em julho), volta à AGU.
De segunda a sexta, sempre na faixa das 21h, o JC Informa é o seu ponto de encontro com os cronistas do JC e as principais manchetes do dia. Neste espaço, os destaques dão o tom da conversa comandada pelo cronista Pedro Araujo, editor de Política no Recife, com a participação, em rodízio diário, de Claudio Porto e Adriano Garcia, ambos editores de Política em São Paulo, e Ulisses Santos, editor em Porto Alegre.
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