Presente Pandemia

A cada dia que passa percebo o quão pequenos somos diante do vasto Universo. Percebi minha imaturidade em relação a diversos assuntos durante essa quarentena. Várias coisas que passavam batidas entre vendas, estudos e "saídas" vieram a tona. Nesses dias de Alzhaimer ao contrário ficamos sem saber o dia de amanhã, perdendo o Passado já morto e ficando sem o Futuro, lugar em que vivem os ansiosos e grande parte da população. Ficou sobrando o Presente o lugar mais difícil de ser vivido e aceito por nós. Nós como filhos do Ego que tudo quer, ficamos completamente apáticos, inquietos, transtornados e pensativos. No Presente não temos para onde fugir. 

Temos que conviver com a dor, com a incerteza, com a angustia e viver o famoso um dia de cada vez, ou melhor, viver com o pão nosso de cada dia. Nosso mental ao longo do tempo acostumara-se com planos, controle e previsões, e agora tudo isso se foi por água baixo. Tivemos que aprender a caminhar sem a rotina que nos sustenta por séculos. A pandemia vem como presente que reeduca os sentidos, laços, pensamentos e valores. Mostra a importância das pessoas a nossa volta que fazem nosso barco não viver a deriva nesse imenso oceano que é muito bem sincronizado e ajustado para algo maior. 

A Verdade veio pela brecha, no desenrolar da angústia e no brilho da atitude ruim tiramos a venda dos nossos próprios olhos. Estávamos cheios até borda sem nos dar conta, devido a quantidade enorme de informação que somos obrigados a assimilar. Pandemia colocou a nossa filosofia e nossos credos a prova. Fez lembrar que somos mais que carne osso e matéria levantando questões básicas sobre a existência. Creio que para o Universo/Deus tudo isso já estava previsto a horas; e que todo esse caos faz parte do caminho de cada um de nós.

Sigam/Curtam: @ximbicronico
Gilberto Malheiros: Dos Meus Erros de Português
Obrigado!

Sobre a Coluna

A coluna Bombarda é publicada sempre às quintas-feiras.