Anderson Lira/Brazil Photo Press/Agência O Globo
Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir o empate 1x1 no dérbi de sábado (09/11) disputado no estádio do Pacaembu. Um jogo um tanto quanto molenga, mais para tenso e truncado do que jogado. Fato é que o Palmeiras se safou no apagar das luzes de tomar uma derrota, com um gol que tinha sofrido ao apagar das luzes também. Vamos ao jogo.

Palmeiras foi escalado com Weverton, Marcos Rocha, Vitor Hugo, Gomez, Diogo Barbosa, Thiago Santos, Bruno Henrique, Gustavo Scarpa, Zé Rafael, Dudu e Deyverson. Querendo ou não o jogo começou a se desenhar como esperado: Corinthians atrás, marcando e o Palmeiras indo para cima. Mas os palmeirenses que esperavam um time criativo, buscando jogadas pelo chão, pelo meio e pelo alto... se frustraram. O que se viu foi um repertório extremamente cru da equipe alviverde que se resumia basicamente a chuveirinhos na área para buscar Gomez ou Deyverson. O zagueiro do Palmeiras levou perigo em duas cabeçadas e o camisa 16 por pouco não conseguiu completar cruzamento de Dudu. No final da primeira etapa, Vitor Hugo ainda travou chute de Boselli que poderia ser o de abertura do placar.

Veio a segunda etapa e adivinhem: Palmeiras segui com seu futebol igual. Posse de bola, chegava na intermediária do Corinthians, mas na hora de concluir a gol, era na base do cruzamento, chuveirinho, etc. Walter e o sistema defensivo do alvinegro conseguiam se sobressair facilmente diante de uma produtividade extremamente tosca da equipe alviverde. Mas aos 32 minutos veio uma luz: pênalti bem discutível marcado pelo VAR. Scarpa foi para a cobrança e Walter defendeu. O camisa 14 do Palmeiras não só telegrafou o canto como deve ter até falado pro goleiro, apontado, etc. Entregou demais a cobrança. Aos 46 minutos, uma das poucas chegadas do Corinthians no ataque foi com Michel Macedo que acertou um golaço. Já eram passados dos acréscimos. Até que aos 94, após mais um chuveirinho, a bola sobra com Bruno Henrique que empatou a partida, terminando com o empate de 1x1

Vamos começar falando do jogo: ruim. Placar prejudicial totalmente na disputa de um título perdido. Resultado ruim que foi construído com um futebol ruim. Adversário marcando bem, mas a falta de repertório de jogadas do Palmeiras é impressionante. Um time que é investido uma quantia significativa de dinheiro ser resumido apenas a cruzamento e chuveirinho? Não tem nenhuma tabela? Cadê a bola no chão? Aí é óbvio que o adversário vai levar a melhor em 90% das vezes. Só não levou porque no final a bola sobrou para Bruno Henrique empatar. É pouquíssima produtividade, pouquíssimo futebol. Para falar a verdade, quem reclamava do estilo de jogo do Felipão, porque era muito chutão, chuveirinho, etc., não está muito diferente com Mano Menezes. Tem que rever muito o conceito de jogar bem e parar de insistir em uma única jogada. Sobre o penal desperdiçado, melhor falar nada, pois o Scarpa deu uma senhora telegrafada. Sem contar que deu quase em cima do goleiro.

Agora, analisando os dados apenas matemáticos, vemos que a campanha do Palmeiras não é de fato ruim. Com essa pontuação o time estaria na frente dos dois times campeões brasileiros de pontos corridos e já teria sido campeão em cima do Flamengo de 2009. A média de campeão brasileiro é de 2 pontos por jogo e atualmente o Palmeiras está acima da mesma. Palmeiras, está bem de matemática. Mas para 2020, tem que melhorar o futebol (e muito)!.



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Leonardo Paioli Carrazza

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