Mais uma fase da Vaza Jato, como tem sido chamada a publicação de reportagens em série com base em diálogos de membros da Operação Lava Jato no aplicativo pelo Telegram. Nesta fase, o mocinho, mais uma vez, é o ex-presidente Lula e o vilão, também mais uma vez, o coordenador de direito da força-tarefa, o procurador da República Deltan Dallagnol. Segundo matéria publicada neste domingo, 08/09, pelo jornal Folha de S. Paulo, em parceria com o portal jornalístico The Intercept Brasil, a Polícia Federal monitorou conversas de Lula com pessoas próximas e advogados sobre sua indicação ao cargo de ministro-chefe da Casa Civil do então governo Dilma e não encontrou nada que justificasse a suposição, por parte dos procuradores e de Sérgio Moro, de que a nomeação seria uma estratégia dos petistas para barrar as investigações contra o ex-presidente. Os policiais, em relatórios, afirmam que Lula não estaria sendo indicado para atrapalhar o avanço da Lava Jato, mas, sim, para ser o articulador político de Dilma, sobretudo na relação com o MDB. Ainda assim, Dallagnol e Moro se valeram da conversa do “Bessias”, interceptada já após o período estabelecido em juízo, para difundir que Dilma e Lula estavam armando algo contra a operação, bem como para alimentar ainda mais a insatisfação popular da época.
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Isso tudo teria ocorrido entre os meses de março e abril do fatídico 2016, em dias próximos de grandes manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma e da votação do afastamento. Tudo aparentemente calculado. A mais recente fase da Vaza Jato aponta para uma eventual inocência do ex-presidente Lula na acusação de que a nomeação seria um subterfúgio em busca do famoso foro privilegiado.
Não só de Vaza Jato vive o Brasil. Na verdade, com a pequena repercussão dos veículos tradicionais, principalmente de televisão, o Brasil é pautado apenas e exclusivamente pelo seu presidente: Jair Bolsonaro foi submetido à cirurgia em SP e deve ficar alguns dias despachando do leito. Enquanto isso, INPE divulga números assustadores quanto ao desmatamento de florestas e assessores preparam viagem à NY.
Adriano Garcia e Claudio Porto apresentam mais edição do Clube da Esquerda, com divulgação de nova parceria.
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