A chamada Amazônia Legal não anda nada legal, com o perdão da repetição do termo. Os últimos dias foram provocativos o suficiente para entendermos que o presidente Jair Bolsonaro e, principalmente, seus assessores não têm vergonha alguma de se colocar à disposição para apagar os incêndios criminosos, muitos provocados por seguidores bolsonaristas, com baldes de combustível.
Adriano Garcia e Claudio Porto, cronistas do projeto JC, comandam mais uma edição do Redação JC, trazendo à baila posições sobre a última semana em estados do Norte e Centro-Oeste do País, com seus inúmeros focos de incêndio, e os reflexos "escuros" em São Paulo e Paraná, bem como a reação do (des)governo Bolsonaro às críticas de líderes europeus.
Após levantar suspeita de que ONGs estariam coordenando queimadas em série, o que não encontra respaldo na realidade não-bolsonarista, o presidente tentou se retratar falando em "espontaneidade" e "tradição", assim como resolveu "chamar" rede de Rádio e TV para se pronunciar sobre as queimadas. "Panelaços" foram escutados em bairros de classe média de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, na sexta-feira.
Em meio a tudo isso, o Congresso segue analisando a contrarreforma da Previdência e estabelecendo bases para uma reforma tributária, assim como já está para votar projetos para regulamentar porte de arma em regiões rurais. Concomitantemente, prepara-se o terreno para a tramitação de propostas típicas de Estado de Exceção, como os PLs 2418 e 1595, e articulam para chancelar a venda do patrimônio público, na forma de concessões e privatizações.
Sérgio Moro mais vassalo do que nunca e bolsonaristas programando ir às ruas no domingo 25/08 engrossam o caldo do Redação JC.
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