Foto: Site Palmeiras (Cesar Greco)

Queridíssimos amigos leitores do nosso tradicional, informal e as vezes pontual Papo de Torcedor do imponente alvi-verde paulista, voltamos aqui para falar do torneio cujo nossa torcida canta e define como "obsessão".

Após uma volta muito conturbada da parada da Copa América, o Palmeiras vinha de resultados e desempenhos sofríveis, empate contra o São Paulo, eliminação na Copa do Brasil para o Internacional, derrota e perca da incrível invencibilidade perante o modesto time do Ceará, empate na ida da libertadores com o Godoy Cruz após sair atrás por 2 a 0 e por ultimo, o empate em jogo péssimo frente ao agora mais ajustado Vasco da Gama do Pofexô Vanderlei Luxemburgo que acabou nos tirando da liderança do campeonato.

A crise estava instaurada? Torcida passou a cobrar, a mídia passou a criticar mais o desempenho da equipe, e uma suposta reunião do treinador Scolari fora feita para cobrar melhor desempenho dos jogadores do Palmeiras.  Com todo esse cardápio, o jogo de volta válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores ganhou um peso mais importante do que já tinha. Um suposto temor de ser eliminado em casa para um time de meio de tabela da Argentina já rondava os corredores da Academia de Futebol. O torcedor, pessimista como todo bom palmeirense, já tinha medo dos fantasmas da palmeirada, seria necessário que o time jogasse melhor do que vinha jogando nos últimos jogos.

Pois bem, a terça feira chegou, e o confronto rolou, e com um resultado expressivo, ótimo para o time, que abre margem para uma volta aos trilhos, porém a pergunta que fica é: Acabou a suposta crise? Existiu uma crise?

O time do Palmeiras venceu mas não convenceu, porém deu esperanças de voltar aos trilhos do que vinha fazendo antes da parada. Mas aí que tá... O placar foi muito mentiroso para o que realmente foi o jogo.

A torcida fez seu papel, lotou como sempre lota, cantou mais alto do que costuma cantar em outros campeonatos, e apoiou o time por todo o jogo.

Nítidamente os jogadores estavam muito nervosos, em um primeiro tempo muito monótono e de pouca criação (problema que já é pra lá de frequente no time). A desorganização era bastante nítida do time, mas com um diferencial que não vinha em relação aos outros jogos. INTENSIDADE.

Se me perguntarem se o Palmeiras jogou bem no primeiro tempo, lhes direi que não, eu não gostei da atuação, jogou pouca bola mas ao menos o time estava ligado, focado, com vontade, intensidade, com pegada.

Para se ter noção do nível da coisa, Miguel Angel Borja, senhor libertadores (e a unica coisa cujo faz de produtivo no Palmeiras) nem parecia o mesmo atacante dos demais meses. Intenso, agressivo, atento, dando bote na saída, lutando por todas as bolas.

Mas o primeiro tempo foi isso aí, muita vontade e pouca bola. O Godoy Cruz que claramente entrou para levar o jogo para um 0 a 0 até os últimos 15 minutos do jogo estava controlando bem o jogo, não agredia mas também não sofria uma pressão notável da equipe palestrina.

O segundo tempo veio e o Palmeiras finalmente criou uma oportunidade clara de gol após um bom cruzamento de William para Gustavo Goméz que rendeu uma belíssima defesa do goleiro argentino.

Mesmo assim o jogo não estava nada definido, ao mesmo tempo que o Palmeiras já desde o final do primeiro tempo apresentava um pouco mais de domínio do jogo ocupando mais o campo adversário, abria contra ataques para os argentinos que pouco efetivaram algo de bom, fora uma finalização bem defendida de Weverton.

O lance capital do jogo veio aos 10 minutos do segundo tempo com uma falha no meu ver, gravíssima da arbitragem ao assinalar um pênalti muito contestável para o time do Palmeiras.

Raphael Veiga bateu firme o pênalti e abriu o placar. Após isso, o Palmeiras necessitaria tomar dois gols para ser eliminado e complicou mais ainda a vida do Godoy Cruz que, com os jogadores nervosos tentou ir para cima ativando assim o modelo cujo o Palmeiras se sente melhor jogando.

O gol mudou totalmente a partida e o Palmeiras cresceu muito após a abertura do placar e passou a atacar com muito mais efetividade agora que o time argentino dava mais espaços por conta da necessidade do resultado.

Até que aos 30 minutos, Borja, o melhor jogador da partida fora premiado com um oportunismo na lambança da saída do goleiro argentino e faz o segundo do Palmeiras.

O que estava definido ficou mais fácil ainda, foi questão de tempo para que em bom cruzamento de Dudu, Scarpa (que veio do banco muito bem junto com Hyoran) fez o terceiro do verdão deixando os argentinos desnorteados com a situação em campo. Tal apreensão dos visitantes gerou um cartão vermelho logo após o gol por conta de uma entrada muito agressiva de Manzur em Dudu.

Para fechar com chave de ouro, Dudu fez o quarto após um belo passe de Diogo Barbosa para o baixola que recebeu sozinho e finalizou fatalmente para o gol dos argentinos.

Uma vitória gigante, com uma atuação não tão grande assim.

Mas é fato de que o time demonstrou ao menos vontade de ter melhoras, e elas são necessárias como respostas imediatas, até porque domingo tem derby e se tem uma coisa que acaba com qualquer momento de qualquer time, é uma derrota ou má atuação para um eterno rival.

AGUARDEMOS OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS


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João Paulo Travain

26 anos, formado em história na Universidade Estadual do Paraná-Campus Paranavaí. Amante de música, e futebol, sendo adepto fanático pela Sociedade Esportiva Palmeiras, a Juventus F.C e o Boston Celtics.

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