Olá torcida colorada. bem-vinda a mais um Papo de Torcedor Inter, aqui no Jovens Cronistas, para repercutir a derrota do Internacional, na noite de sábado (4), para o Palmeiras, no Allianz Park, pelo placar de 1 a 0. O adversário pressionou de início, chegou ao 1 a 0, através de uma bola aérea e depois se retrancou e ficou especulando os contra-ataques, exatamente no modelo de jogo, que nosso treinador idolatra. O Inter não soube o que fazer com a bola e o jogo se arrastou até o fim, em 1 a 0.

O Inter foi a campo com Marcelo Lomba; Zeca, Rodrigo Moledo, Cuesta e Iago; Rodrigo Lindoso, Edenilson (Rafael Sobis), Patrick, Sarrafiore (D'Alessandro), Nico López (Guilherme Parede) e Guerrero. O técnico Odair Helmann, com a ausência de Rodrigo Dourado, optou por Rodrigo Lindoso, e manteve o tripé de volantes. Mas o grande problema que vejo é colocar Nico López e Sarrafiore, como extremas, sendo que ambos rendem melhor pelo meio e o isolamento do Guerrero é de dar dó.

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press

Logo aos quatro minutos, após cobrança de escanteio da esquerda de Dudu, Deyverson desviou de cabeça na primeira trave e Iago evitou o gol, tirando a bola, quase sobre a linha do gol. No minuto seguinte, após cobrança de lateral de Marcos Rocha para a área, Dudu cabeceou sem marcação, para fora. De tanto insistir e ganhar nas bolas aéreas, o Palmeiras chegou ao 1 a 0, aos 13, quando Dudu cobrou escanteio da direita e Deyverson apareceu na primeira trave para cabecear e mandar a bola para o gol.

A única boa oportunidade de gol do Inter, veio aos 30 minutos, quando após cruzamento de Iago da esquerda, Nico López recebeu a bola na área, girou sobre a marcação e chutou para defesa de Weverton. No Intervalo, tivemos a saída de Nico López, para a entrada de Guilherme Parede, por opção do treinador.

No segundo tempo, com o Palmeiras postado na defesa, esperando o contra-ataque e o Inter com a bola, mas sem saber muito o que fazer com ela, por termos 3 volantes, o tempo passou, o Inter não chutou uma bola em gol e o Palmeiras só não ampliou pela ruindade de Hyoran, que perdeu uma grande chance de gols, aos 42 minutos, sem goleiro e chutou sobre o gol.

Foto: Ricardo Duarte / Internacional

Odair Hellmann provou ontem de seu próprio veneno, o tão vistoso futebol reativo. Felipão fez com o Palmeiras, uma pressão inicial, chegou ao 1 a 0 e depois só especulou novas oportunidades em contra-ataques, bem no modelo de jogo, que Odair tanto venera. Ontem faltou repertório ao nosso treinador, para buscar modificar o modelo de jogo, ele tem que largar mão do 4-1-4-1 ou do 4-2-3-1, por vezes, mas parece estar preso somente a estas duas variações.

Claro que o Palmeiras tem méritos, pois não é qualquer equipe que chega a uma sequência de 26 jogos de invencibilidade pelo Brasileirão, e chega a 12 vitórias consecutivas, jogando como mandante, não é só o Inter que vai perder lá. Mas o que me incomoda é que ontem, ficou demonstrado, que nesse modelo de jogo, com o tripé de volantes, o time não sabe o que fazer com a bola, pois este modelo de jogo é reativo e ontem enfrentamos um time que joga desta mesma forma reativa, então venceu quem marcou o gol primeiro.

Foto: Ricardo Duarte / Internacional

As atuações de nomes como Sarrafiore e Nico López, abaixo do normal, podem ser creditadas a nosso treinador, que insiste em colocá-los como pontas, auxiliares de laterais e insiste com 3 volantes. Se temos 3 volantes, para que os meias devem voltar a ajudar na marcação? Ah, é porque no modelo de Odair, os volantes atacam e os atacantes defendem.

Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press

Sobre o lance polêmico da partida, aos 39 minutos do primeiro tempo, do deslocamento de Felipe Melo sobre Rodrigo Moledo, eu nem iria comentar, mas como a foto pegou bem a nuance do lance, olhando assim parado, me parece que caberia sim o árbitro ter ido dar uma olhada no VAR. Mas como nem a transmissora da partida, tem uma imagem em velocidade normal do lance, na câmera mais próxima, fica difícil de se ter uma opinião correta sobre o lance. Por falar na transmissão, me senti como se o Inter fosse um time da Argentina e o Palmeiras era o Brasil na Libertadores, foi muito parcial a transmissão da partida.

Com a derrota o Inter segue com apenas 3 pontos e fechou o sábado (4), na 14ª colocação, mas deve cair mais alguma posições até o término da rodada. Na próxima rodada o Inter recebe o Cruzeiro no Beira-Rio, no domingo (12). Mas antes, na terça-feira (7), o Inter tem um amistoso de luxo, pela 6ª rodada do Grupo A da Libertadores, contra o Ruver Plate, na Argentina. É jogo para time misto, descansar os atletas, pois vale quase nada, apenas para definir em que lugar da classificação geral ficaremos.

No Brasileirão, hoje tivemos uma lição de como é ver um jogo na ótica de um adversário contra o Inter, pois o modelo de jogo é idêntico ao nosso, o belíssimo futebol reativo, que marca um gol e se retranca para jogar nos contra-ataques. A única diferença é que o Palmeiras, tem uma bola aérea melhor.
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Mario Magalhães

Geógrafo, um riograndino que mora em Porto Alegre, Cronista do site Jovens Cronistas, responsável pelas colunas Papo de Torcedor INTER e Resumão da Rodada da Premier League.

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