Olá
amigos, voltamos com o último texto desta temporada da Liga Espanhola, que terminou
com grandes emoções e muitas surpresas na tabela de classificação.
Barcelona o grande campeão, mas os alertas continuam
Com
87 pontos o Barça ergueu a taça com três rodadas de antecedência, após uma
temporada de sustos, a irregularidade e a dependência de Messi foram os fatores
que mais chamaram a atenção dos torcedores catalães.
Somando
nove empates e três derrotas, o time da Catalunha enfrentou grande desgaste na
metade da temporada, prejudicando assim o desempenho dos atletas. Mas o
desgaste não foi a única causa dos tropeços, as escolhas erradas de Ernesto
Valverde prejudicaram o desempenho técnico do time em diversas oportunidades,
cito inicialmente a montagem do elenco, alguns esforços foram desnecessários,
principalmente a contratação de Semedo, Dembélé e Vidal.
Sem
falar de Malcom, que foi esquecido em diversas oportunidades, o brasileiro poderia ser um diferencial no esquema tático
ajudando na criação das jogadas. Com isso as responsabilidades de carregar o
setor criativo ficaram sob responsabilidade de Rakitic, Coutinho e Alba, que se
desdobraram em campo para tentar apagar o péssimo momento vivido por Suárez e
Dembélé.
O “trio
criativo” não conseguiu ir bem a todos os jogos, assim levantando criticas e questionamentos
por parte da imprensa espanhola, o reconhecimento pelo titulo tem que ser
reconhecido para esses caras também, já que foram crucificados por todos os
insucessos do time.
No
lado positivo temos Messi, sendo peça principal em algumas das 26 vitórias
conquistadas, em muitos momentos
reconheceu as dificuldades de sua equipe e assumiu através do talento um
protagonismo que ainda havia exercido em sua carreira. O argentino levou o time
nas costas nos jogos de dificuldade, procurou o jogo, abriu espaço na defesa
adversária para seus companheiros ou ate para si mesmo, foi uma das temporadas
mais emblemáticas da camisa 10, que alcançou
recordes e calou os críticos.
Com
o título diminui-se a pressão para o período de pré temporada, mas é importante
que os diretores contratem peças para fortalecer o elenco e não para “competir”
com os rivais, é preciso planejamento para disputar as competições europeias e
administrar tranquilamente a temporada de La Liga.
Atlético de Madrid sofre com o adeus de
seus ídolos
O vice-campeonato
para os colchoneros foi uma grande conquista pois com serias limitações técnicas fizeram uma das campanhas
mais irregulares, apesar do bom inicio de temporada, incluindo grande atuação e
título da Super Copa da UEFA contra o Real
Madrid, as últimas semanas foram de despedidas e um sentimento de “poderia ser
melhor”.
Em La
Liga o Atleti, somou dez empates e seis derrotas, nesse aspecto podemos
destacar diversos tropeços contra os times menores, que se aproveitou de desorganizações
defensivas para liquidar o jogo logo nos primeiros minutos.
Pode
ser ate estranho, mas imaginar o time de Diego Simeone sem um forte sistema
defensivo foi uma realidade ao torcedor, por conta de lesões nas peças deste
setor chave, os Colchoneros tiveram que propor o jogo em diversas ocasiões.
Muitos
dos gols saíram pela criatividade de Griezmann, que em sua última temporada
pelo clube mostrou respeito e dedicação total ao clube de Madrid. Já seus
companheiros de ataque não brilharam, Diego Costa chegou badalado, mas seu psicológico
o prejudicou. Morata e Kalinic estiveram em péssima forma e sem vontade alguma para ser um diferencial.
Outro
investimento que deixou péssima impressão foi Lemar, contratado por uma fortuna
junto ao Mônaco, o francês pouco fez em campo, foram somente três assistências e
três gols, dando assim margem para possíveis criticas de desempenho e rumores
sobre o futuro do atleta.
Para
se manter entre os melhores, Simeone terá que se reinventar e possivelmente
alterar seu estilo de jogo, já que muito do que foi conquistado foi baseado nas
solidez de Gódin e Filipe Luis e o talento de Griezmann, com o ciclo destes
atletas encerrados, para a temporada 2019/20 será muito difícil prever qual
será o rumo que o time vai tomar.
Cabe
lembrar que o Atlético nunca foi time de buscar por grandes estrelas, mas sim achar
bons destaques em times menores e fazer um coletivo que com o apoio do povo
surpreende todo o mundo do futebol.
O Real das decepções,
uma temporada para se esquecer
Existe o famoso ditado “o que
começa errado, termina errado”, esse lema foi seguido fielmente pela direção do
Real Madrid, que fez um planejamento totalmente amador. A liberação de Cristiano Ronaldo e
Zidane talvez foram os maiores complicadores para o time, seguido disso o
Presidente Florentino Perez optou por reforços que não estavam no nível técnico
dos merengues.
Mariano e Odriozola pouco atuaram
e chegaram para substituir posições importantes no time, por outro lado
Florentino errou ao segurar Modric, Bale e rumores que até Kross acredita que
seu ciclo em Madrid está encerrado. Isso fez com que a equipe jogasse de forma apática
em diversas partidas, inclusive contra os times menores.
La Liga para o Real foi de um
pesadelo sem fim, primeiro com a bagunça tática realizada por Lopetegui, um
time totalmente irreconhecível, sem um setor criativo eficiente e um meio campo
voltado basicamente para a marcação. Como solução os diretores demitiram Lopetegui
e efetivaram Solari, que conseguiu dar ao menos um padrão de jogo e promover
novos jogadores.
Essa promoção dos atletas gerou os
famosos “ciúmes de vestiário”, Isco foi pivô de rachas no grupo, prejudicando
ainda mais o time e aumentando o desgaste, o resultado foi que os medalhões conseguiram
derrubar Solari, até que já na reta final de temporada, Zidane retorna e o time
cresce no balanço defensivo.
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Paul White - AP PHOTO |
No ataque alguns pontos positivos,
entre eles Benzema e Vinícius Júnior que foram peças importantes para ao menos
garantir o terceiro lugar do torneio e uma vaga direta para a Champions League
da próxima temporada.
Na próxima temporada, o Real será
um dos times que mais vão contratar atletas e pode liberar diversos, fazendo
assim o mercado girar de maneira insana, mas devemos se atentar que os
merengues precisam reformular seu elenco com peças funcionais para Zidane
reencontrar o caminho da vitória.
Getafe luta até o final e consegue vaga na Liga Europa
Foi uma temporada inacreditável,
do time que foi recém promovido à La Liga, após o rebaixamento na temporada
16/17, a equipe da região metropolitana de Madrid sofreu na temporada seguinte
para voltar ao primeiro esquadrão, disputando os play-offs da Liga Adelante
para coroar uma cansativa temporada com o acesso.
Os getafos, terminaram com uma
campanha de 15 vitórias, 14 empates e nove derrotas, terminando em 5 º Lugar,
surpreendendo pois para os especialistas o time lutaria para não ser rebaixado
novamente. O destaque fica por conta do treinador José Bordalas, que está no
comando do time desde 2016. A moral do treinador permitiu que o Getafe
respeitasse rigorosamente as decisões táticas, a concentração do time para
trabalhar a posse de bola e pensar nas melhores decisões aumentou
exponencialmente os gols marcados.
Projetando a próxima temporada,
um dos principais objetivos é afastar o assédio sobre as principais peças, o
goleiro Sória (convocado inclusive para o seleciona espanhol) e Jaime Mata, foi
um dos artilheiros de La Liga e Antunes, lateral português que também se
destacou pelo seu apoio ofensivo.
Valencia tem superação e se classifica para fase preliminar da
Champions League
Um dos times que mais contratou durante
a janela de transferência, o Valencia iniciou La Liga com grande expectativa, o
planejamento ideal era ficar entre os três primeiros, tentando se aproveitar
das baixas das baixas do Real Madrid.
O início do campeonato foi
extremamente complicado, ao total foram nove reforços, com ao menos cinco deles
sendo titular absoluto do time. Gonçalo Guedes, Kondogbia, Gameiro, Diakhaby e
Cheryschev enfrentaram diversas dificuldades para se adequar ao ritmo que o
treinador Marcelino desejava, foram sete derrotas em momentos cruciais do
campeonato, em que o Valencia poderia se aproximar dos líderes.
Na reta final, “Los Che”
conseguiram vencer uma dura batalha de pontos contra Sevilla, Getafe e Ath.
Bilbao, a classificação foi comemorada como um título, pois o processo para essa
classificação foi marcado por pancadas da imprensa e muito trabalho psicológico
para manter os jogadores motivados e focados no objetivo.
A pré-temporada será um momento
de tranquilidade e de um melhor planejamento das contrações, com dinheiro em
caixa o Valencia pode buscar nomes importantes no mercado para tentar melhorar
o quesito da regularidade e fortalecer o elenco para se manter firme em duas competições
simultâneas.
Jogos da Rodada 38
Levante 2 x 2 Atlético de Madrid
Valladolid 0 x 2 Valencia
Getafe 2 x 2 Villareal
Sevilla 2 x 0 Ath. Bilbao
Espanyol 2 x 0 Real Sociedad
Alavés 2 x 1 Girona
Huesca 2 x 1 Leganés
Celta 2 x 2 Rayo
Betis 2 x 0 Real Madrid
Eibar 2 x 2 Barcelona
Classificação
Foram rebaixados para Liga Adelante: Girona, Huesca e Rayo Vallecano.
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