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Olá amigos, chegamos ao texto que fecha nossa temporada do futebol espanhol. Em um jogo histórico pela Copa do Rei marcado pela superação e esforço tático, o Valencia conquista o título após 11 anos de jejum.
Valencia 2 x 1 Barcelona
Após
uma campanha de superação na Copa do Rei, o Valencia entrou como azarão no jogo
contra o obcecado Barcelona, que desejava o titulo da competição domestica para
manter ao menos o controle. A eliminação contra diante do Liverpool fez da Copa
do Rei uma obrigação, tarefa que ficou mais difícil com Suárez e Ter Stegen ausentes do jogo.
O primeiro
tempo começou com o Valencia esperando o Barcelona, os catalães dominaram o
controle da bola e tentaram chegar ao ataque com tabelas e cruzando bolas na
tentativa de achar algum dos meios campistas chegando por trás dos atacantes.
Como
previsto essa estratégia do Barça falhou, por conta de dois detalhes
importantes, o primeiro foi à falta de visão dos jogadores de meio, Busquets e
Arthur não entraram na área e Rakitic foi pressa fácil para um ótimo posicionamento
dos zagueira Garay e Gabriel Paulista.
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A
partir dos 15 minutos o Valencia passou para o controle do jogo, com contra
golpes rápidos foram criando complicações para o setor defensivo do Barça, que
continuava resistindo. Aos 22 minutos, Gabriel Paulista fez um belo lançamento
nas costas de Semedo, a bola foi perfeita para o domínio de Soler, que dominou
na lateral da área e viu Gameiro chegando à meia lua, o francês recebeu bom
passe, cortou Alba e acertou um forte chute sem chance para Cillessen.
Após
o gol, o Barça se perdeu em campo com uma sucessão de erros seguidos e diversos
vacilos no domínio da bola, foi nesse momento que o Valencia foi inteligente e
esperou esses erros para roubar a pelota e sair superioridade numérica. Aos 33
minutos Soler recebeu de Parejo em velocidade, deixou Alba para trás e cruzou
para Rodrigo livre no meio da defesa, o Hispano-brasileiro com categoria ampliou o placar.
A
segunda etapa foi mais equilibrada, o Valencia dominou a posse de bola na tentativa
de fazer o tempo passar. O técnico Valverde fez mudanças no time, Malcom fortaleceu os
lados do campo criando assim uma efetividade maior do Barça, Vidal também entrou
para fazer um meio campo mais encorpado na força física e para explorar os
espaços atrás da linha de atacantes.
Aos
15 minutos do segundo tempo, Parejo saiu machucado e Kondogbia entrou na vaga,
a alteração surtiu um efeito negativo, pois o Valencia perdeu qualidade de
passe e poder de marcação. Os catalães exploraram essa dificuldade vivida pelo
rival e cresceram pela faixa central do campo, Messi finalmente conseguiu
chegar com liberdade e já no primeiro lance quase fez um gol maravilhoso, o
argentinou driblou cinco marcadores e chutou de três dedos, a bola explodiu na
trave e voltou nos pés de Vidal que isolou o chute.
Aos
28 minutos Lenglet desviou escanteio, o goleiro Domenech falhou e espalmou a
bola nos pés de Messi, que fez o gol mais fácil de sua carreira nesse lance. O
jogo cresceu de ritmo, o sistema defensivo do Valencia começou a se destacar,
principalmente por Gabriel Paulista que não perdeu nenhuma dividida e desarmou
por diversas vezes Messi.
Desesperado
o Barça se lançou ao ataque após os 40 minutos. Aos 43, Gonçalo Guedes perdeu
um gol inacreditável, após cruzamento de Malcom, Gabriel Paulista afastou na
sobra Soler lançou Gonçalo, o português dominou livre frente à Cillessen e
chutou totalmente sem direção para desespero dos torcedores que já comemoravam
o título antecipadamente.
A
noite não era da promessa portuguesa, novamente Gonçalo recebeu a bola somente
com um marcador no campo de defesa e sem goleiro, já que Cillessen foi para o
desespero na cobrança de escanteio no lance anterior. Gonçalo arriscou da
intermediária e isolou o chute, felizmente o juiz apitou o final de jogo após esse
lance.
Marcelino,
o herói do Centenário
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É
incomum falarmos de técnicos, Marcelino Toral merece um destaque especial. Desde
temporada 2017/2018 no clube de Valencia, o espanhol de 53 anos faz um trabalho
interessante, em dois anos de trabalho reconduziu sua equipe para a Champions
League e agora encerrou o jejum de títulos da equipe após 11 anos. Marcelino
nunca havia vencendo o Barcelona em jogos como treinador, foram 20 jogos
disputados com 14 derrotas e 6 empates.
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O
destino lhe foi generoso, nessa partida o técnico aproveitou todo conhecimento adquiro
sob duras penas durante a temporada para fechar o ciclo deste ano com chave de
ano combinando titulo em um ano importante, escreveu seu nome na história ao
derrotar o maior campeão da Copa do Rei e classificação para mais uma Liga dos Campeões.
Barça
na “Messidepêndencia “ e o prejuízo do péssimo planejamento de contratações
Novamente
Ernesto Valverde escalou peças erradas e insistiu com Sergi Roberto, seu eterno
protegido, com um meio campo muito defensivo , que impede o jogo criativo característico
do Barcelona. O setor da lateral direita também fica prejudicado quando Sergi Roberto
joga, o meia tem uma tendência a cair por aquele lado e esperar demais pela
ultrapassagem do lateral Semedo, que poucas vezes faz isso no jogo.
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O
Barça se torna dependente do seu lado esquerdo, que fica previsível nas decidas
de Alba e movimentação de Rakitic. Sendo assim, Messi tem que ser sempre
participativo e estar iluminado para encontrar espaços e criar boas chances aos
seus companheiros. Nos casos de jogos com baixo rendimento do argentino
observamos que geralmente os catalães acabam derrotados.
Outro
ponto importante é a falta de atletas no elenco, a diretoria catalã cometeu um
erro crucial em não adquirir uma peça reserva para Suárez, as características do
uruguaio são essenciais para o funcionamento do setor ofensivo, o Barça perde
muito em profundidade e presença na área sem um atacante que fique entre os
dois zagueiros, brigando pela bola e tirando o foco de marcação sobre Messi.
Então é essencial admitir esse erro e planejar corretamente as contratações
para que o elenco tenha condições físicas e técnicas de se impor em todas competições
que disputam.
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