Imagem: AFP (Diego Lima) 

Salve tricolores! O São Paulo entrou em campo para o primeiro jogo da segunda fase da Pré-Libertadores contra o Talleres-ARG, no Estádio Mário Kempes. Um bom resultado era primordial para garantir a classificação no jogo de volta, possivelmente no Morumbi.

O time titular foi: Tiago Volpi, Bruno Peres, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Hudson e Hernanes; Nenê, Everton e Pablo. Escalação em que foi privilegiada a qualidade técnica, mesmo abdicando de recomposição defensiva. No entanto, os dois volantes estavam lá para isso, além de Bruno Peres ser um lateral mais defensivo do que ao contrário. Aposta de escalação mais do que compreensível de André Jardine.

O jogo mais importante do ano começou com o Talleres mais ofensivo, chegando duas vezes antes dos cinco primeiros minutos em jogadas aéreas, perigosas, à frente do gol são-paulino. Após isso, o jogo deu uma esfriada e procurava armar um contra-ataque. O São Paulo procurava frear o ímpeto argentino, empurrado pela sua torcida.

A primeira boa chance do jogo foi do Tricolor. Aos 12 minutos, após escanteio, Bruno Alves finalizou mal após desvio. Aos 15', Moreno finalizou da entrada da área, mas sem direção e força. O jogo ficava assim, mais aberto. Pablo tomou cartão amarelo no lance seguinte, após subir com braço aberto e atingir Tenaglia, na lateral esquerda ofensiva.

Aos 19', Nenê arriscou de fora de área e levou certo perigo ao gol argentino. Aos 22', duas boas oportunidades. Primeiro, Nenê cobrou falta perigosa que Herrera espalmou. No lance seguinte após receber passe de Arboleda, de novo Nenê, teve seu chute desviado na área. Crescia no jogo o time do Morumbi. Aos 24', Moreno contou com corte mal feito de Bruno Alves e bateu forte da entrada da área, levando perigo a Volpi.

Aos 28', após falta de Everton, marcado por Roldan, o Talleres saiu tocando e Guiñazu finalizou por cima do gol tricolor. Aos 30', após lançamento de lateral por Reinaldo, Hudson cabeceou fraco na cara do gol em lance que mostrou a inocência dos defensores argentinos. Hernanes porém era conhecido e marcado fortemente. Aos 36', na entrada da área Hudson finalizou de esquerda e levou muito perigo, parando em Herrera. No lance seguinte, com a defesa do São Paulo aberta, Palacios recebeu inversão de jogo livre e sofreu pênalti na saída de Volpi, mas o jogador já estava impedido. No último lance do primeiro tempo, após a defesa do time argentino cortar cruzamento, Reinaldo chutou forte e teve a bola desviada.

Um primeiro tempo bem controlado dentro do possível pelo São Paulo, suportando algo parecido com uma pressão, fora de casa, no início do jogo e tendo as melhores oportunidades. Hudson e Nenê estavam muito bem, já Hernanes (bem marcado), Pablo e Everton, tímidos. Algumas faltas na entrada da área poderiam ter complicado a vida de Volpi, com mais qualidade argentina.

Na volta do intervalo, logo no primeiro minuto, Everton chutou após passe de Pablo, para defesa de Herrera. Após isso, o jogo ficou pouco ofensiva, com as defesas levando a melhor. Aos 12 minutos, em bola cortada por Bruno Alves, Ramirez, da entrada da área, acertou ângulo de Volpi. Falha dos volantes são-paulinos, principalmente Jucilei. O camisa 20 do time argentino teve liberdade para dominar e chutar. Erro comprometedor. É bem verdade que Ramirez foi muito bem e acertou um grandíssimo chute, também. Aos 16', Hudson tomou o seu amarelinho de costume, ao cobrir Bruno Peres pela direita. Na cobrança, chute por cima.

Com 20', Diego Souza entrou no lugar de Nenê, que não atuava no seu melhor nível aberto pela direita, que realmente não é seu posicionamento ideal, mas foi a forma escolhida para jogar com Hernanes, privilegiando a técnica e experiência. A alteração buscava dar mais presença de área com a apagada atuação de Pablo. Assim, o time insistia no jogo aéreo, em mais uma partida.

Com o Talleres bem postado, o São Paulo tinha dificuldades de criar boas oportunidades, como nos jogos do Paulistão. Assim, o time passava a depender de momentos individuais. Aos 30', após bom drible e bobeira da marcação, Moreno levou perigo a Volpi, que espalmou bom chute. Aos 32', Pablo finalizou ao receber lançamento de Reinaldo, em falta. Chute passou rente a trave de Herrera. Aos 35', Hudson foi expulso em falta dura no meio de campo. Com isso, Jardine sacou Hernanes e colocou Willian Farias, para repor um volante. No entanto, sem seus dois principais armadores o time perdia praticamente toda a qualidade na criação. Aos 41', Pochettino aproveitou tabela e bateu forte no canto direito de Tiago Volpi, 2 a 0. Mais um gol pelo meio, mesmo com dois volantes marcadores. Falha que pode ter valido a vaga na próxima fase. Um show de passividade da defesa. Inadimissível.

Derrota por 2 a 0, que será difícil de ser revertida. Perder assim para um time bem inferior tecnicamente não poderia ter acontecido. O segundo tempo do São Paulo foi muito ruim, mais uma vez, nem mesmo os cruzamentos fizeram o time criar oportunidades. Em dois lances individuais pelo meio da defesa tricolor, o Talleres fez seus gols. Jucilei, Hudson e Willian Farias falharam feio. Volpi nada pôde fazer nada em nenhum dos lances.

Tirar Nenê e Hernanes, mesmo com um a menos fez com que o time apenas se defendesse e desse espaço para o frágil Talleres, que se mostrou inseguro quando pressionado, mas gostou dos espaços e achou dois gols após inúmeros espaços na mesma faixa do campo, a mais perigosa, a entrada da área. O time no geral foi mal e apático, principalmente no segundo tempo, cedendo muitos espaços. É preciso bem mais futebol (que não foi mostrado ainda este ano) para reverter a situação difícil em que o time se colocou, mesmo diante de um time inferior tecnicamente.

É contar com a liderança de Hernanes e Nenê (que talvez não devam ser escalados juntos para o próximo duelo), entre outros para mudar o cenário ruim e não passar a ser a nova piada preferida dos rivais, caindo na Pré-Libertadores. Seria esse o ''Talleres Day''? Tomara que não. Se falta algum incentivo, pensem nisso São Paulo Futebol Clube. Querem entrar para a história desta forma?



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Gervasio Henrique

Jovem jornalista, 24. Ciente de que a batalha está começando e mais certo ainda de que lutará com todas as forças por seus ideais. Maior intimidade com esporte, automotivo e cultural. "Sem sonhos não há vida".

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