Salve Tricolores! Nesta quarta (13), o São Paulo entrou em campo para o maior desafio da temporada, o jogo de volta da segunda fase da Libertadores 2019. Para reverter a díficil situação de 2 a 0 contra (resultado do primeiro jogo, na Argentina), André Jardine escalou a equipe da seguinte maneira: Volpi, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Willian Farias, Hernanes e Everton; Helinho, Pablo e Diego Souza. Sem Nenê, que apesar de ser o jogador mais criativo do time, foi preterido por Hernanes, em uma nova tentativa de Jardine. Mais do que compreensível. Jucilei foi outro sacado. Realmente começou a temporada pesado, mas tecnicamente é bem superior a Willian Farias, que provavelmente foi escolhido pela maior movimentação. O público, mais do que importante nestas circunstâncias foi de 43 mil pessoas.

Com a bola rolando, o São Paulo tentava no começo de jogo fazer pressão com o apoio de sua torcida. O Talleres, como era de se esperar, segurava o ritmo e não tinha pressa nenhuma. Everton começou o jogo muito bem, principalmente na recomposição, com alguns bons desarmes. O Talleres criava as melhores oportunidades. Primeiro em chute aos 14 minutos, de longe e para fora e nos minutos seguintes ganhava campo, chegando com cruzamentos na área são-paulina e novo chute aos 20', de Palacios, para fora. O começo de jogo do São Paulo era bem abaixo do esperado para quem precisava pressionar e principalmente criar algum perigo, assim como o começo de temporada.

Após os 20', finalmente o time tricolor passou a pressionar em mais de um lance isolado, dando o seu primeiro chute a gol aos 25', com Reinaldo para fora. Aos 31', Diego Souza perdeu a primeira grande chance, sozinho de cabeça. Lamentável! Aos 33', Reinaldo evitou possível gol do Talleres, travando Moreno, que chegava inteiro em bola tocada na área. No lance seguinte, Helinho arriscou de fora da área, mas mandou para muito longe. Aos 35', Pochetino aproveitou bola sobrada e chutou de longe, quase surpreendendo Volpi, adiantado. O jogo, neste momento era mais aberto, lá e cá, com o Talleres levando perigo nas escapadas em contra-ataque.

Daniel Vorley/AGIF

Na busca por criar alguma coisa, o São Paulo insistia em bolas longas, sem sucesso. Aos 42', o Talleres chegou com perigo e reclamou de toque de mão da defesa são-paulina, em lance interpretativo. Aos 45', Hernanes arriscou de fora da área, com relativo perigo.

Primeiro tempo muito fraco do São Paulo, que não criou praticamente nada para merecer um gol que seja. E mesmo assim, quando teve a grande chance, Diego Souza perdeu grandíssima chance, cara a cara, cabeceando para fora. O Talleres foi mais perigoso e teve mais oportunidades. Esperando uma solução de Hernanes, o Time do Morumbi tinha pouquíssimo repertório e não criou nada em bolas trabalhadas. Para o segundo tempo era necessário algo ainda não visto em 2019.

 Na volta para o segundo tempo, em busca de um ''semi-milagre'' e Hernanes buscava comandar o time do São Paulo. Aos 2 minutos, Helinho chutou em cima de Herrera, após lançamento de lateral na área. A postura do time era mais ofensiva, como não poderia ser diferente, tamanho o prejuízo. Aos 7', após cruzamento de Everton, o SPFC reclamou de bola recuada para Herrera, mas novamente lance interpretativo. Na sequência a falta de triangulação evitava alguma boa chance criada. Diego Souza e Pablo se escondiam entre os zagueiros argentinos.

Alexandre Schneider/Getty Images

Aos 14', Everton cruzou para dentro da área, rasteira, e a bola passou na frente do gol, sem goleiro, mas a bola já havia saído. A torcida pedia Antony, mas Jardine colocou Nenê e Araruna, quando Komar desviou de cabeça, para fora. O camisa 10 entrou no lugar de Helinho, já Araruna entrou na vaga de Bruno Peres. Helinho era uma das únicas válvulas de escape do São Paulo contra o Talleres muito bem postado. A busca certamente era por melhorar o toque de bola e o último passe. Aos 18', Everton pegou mal na bola após sobra na área e perdeu boa chance.

Aos 20', Diego Souza perdeu mais uma boa chance novamente em bola aérea, após cruzamento da esquerda. Aos 23', Nenê cruzou da direita e Pablo cabeceou fraquinho para fácil defesa de Herrera. Aos 35', Everton foi expulso após acertar o rosto de Enzo Díaz com a sola da chuteira. Merecidamente expulso. O que era muito difícil ficou praticamente impossível. Aos 39', Nenê marcou após levantamento na área, mas o gol foi anulado por impedimento. Aos 42', Antony entrou no lugar de Willian Farias, isso mesmo, faltando três minutos de jogo. Aos 45', Pochetino chutou da entrada da área e Volpi espalmou para escanteio.


Daniel Teixeira/Estadão

Eliminação mais do que merecida. O Talleres jogou mais que o São Paulo nos dois jogos. O Tricolor, aliás, não jogou nada para merecer passar de fase e escreveu um episódio de fracasso na história do clube. Jardine de fato não conseguiu fazer esse time jogar o que pode, tem culpa, mas não toda. Vale lembrar que Aguirre foi mandado embora antes do término do Campeonato Brasileiro, onde levou um time desacreditado a uma Libertadores. Hernanes está mal neste início de ano, mas não se escondeu, tanto em campo, quanto fora dele, como verdadeiro ídolo que é. Ainda vai dar muitas alegrias ao torcedor tricolor. Culpar individualmente é sempre mais fácil, mas de um modo geral o time falhou muito tanto defensiva como ofensivamente, principalmente no jogo de ida, sendo este o principal motivo de ter levado dois gols pelo meio, de fora da área, o que deve ser muito treinado por qualquer time.


Daniel Teixeira/Estadão 

É claro que se Diego Souza tivesse marcado ainda no primeiro tempo em chance que ele nunca costumou perder, a classificação poderia vir, mas a verdade é que mesmo com o apoio da torcida no místico Morumbi, este time foi muito pobre criativamente, jogou pouquíssimo futebol. Agora é levantar a cabeça (como eles dizem) e assimilar rápido o golpe. Neste momento os mais experientes terão que se fazer presente. Quanto a diretoria, muita calma. Não jogue para a torcida. A não ser que tenha um plano para substituir Jardine, não faça mais uma decisão equivocada, como contratar o técnico e depois o mandar embora por não atender ao perfil que o time tem. Isso tem que ser analisado antes, aliás, é óbvio e eles devem saber disso, ou pelo menos precisariam. Raí é um dos maiores ídolos do São Paulo e até por isso, inteligente como é, tem que tomar cuidado para não ser usado (mais) como escudo por Leco e cia. Vida que segue. É aguentar a tiração de sarro dos rivais e acreditar e até cobrar melhoras, mas com raciocínio e não com impulso, como muitos são-paulinos têm feito com frequência, torcedores e funcionários da Instituição. 



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Gervasio Henrique

Jovem jornalista, 24. Ciente de que a batalha está começando e mais certo ainda de que lutará com todas as forças por seus ideais. Maior intimidade com esporte, automotivo e cultural. "Sem sonhos não há vida".

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