Salve,
palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, o ano de 2018 chega ao seu
final de uma maneira feliz para o alviverde. Mas claro, antes de chegar no
momento de felicidade é justo relembrarmos de como foi o ano de maneira geral:
bom? Ruim? Razoável? Poderia ser melhor? Não importa! Aqui serão citados todos
os acontecimentos marcantes para que você, leitor, tire suas próprias
conclusões! Claro que além do resumo do ano, haverá uma palavra sobre a
reeleição de Maurício Galiotte. Continue com a gente e siga o @jcronistas no
Instagram!
Palmeiras
começou o ano de 2018 em “débito” com a torcida. Pós 2017, um ano que prometia
ser bem positivo em termos de título, terminou com as mãos abanando para os
torcedores alviverdes. De quebra, vimos ainda o arquirrival ser totalmente
soberano no ano, o que causou um certo desgosto entre a própria torcida: muita
briga entre jogadores, técnicos que não se entendiam com o grupo, enfim, é só
pegar o resumo de 2017!
Para tentar apagar o ano de 2017 e fazer um bom ano de 2018, o Palmeiras
foi atrás de contratações: Marcos Rocha do Atlético-MG chegou para reforçar a
lateral direita. Diogo Barbosa, após excelente campeonato pelo Cruzeiro-MG
chegou para a esquerda. Weverton, goleiro campeão olímpico, chegou para somar
aos goleiros de qualidade Fernando Prass e Jailson. Mas a maior contratação foi
do então meia “twitteiro” Lucas Lima, ex-Santos que chegou para somar e muito
em qualidade à equipe do Palmeiras.
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Da esquerda para a direita: Marcos Rocha, Diogo Barbosa, Weverton e Lucas Lima (Palmeiras/Divulgação) |
E
para colocar em prática tudo que o verdão tinha a oferecer faltava um
comandante. A diretoria seguiu na tentativa de apostar na famosa “nova safra” e
deu uma oportunidade ao Roger Machado que apresentou um bom potencial como
treinador no trabalho com o Grêmio. Mas, como todos sabem, o comandante foi
mudado no meio do ano! Por que? O que mudou? Siga aqui e vamos reviver o ano de
2018 alviverde!
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Roger Machado chega ao Palmeiras (Gazeta Esportiva) |
Paulistão e a amarga final
O
Palmeiras começou o Campeonato Paulista confirmando o fato de ter o melhor
time. Iniciou vencendo os jogos contra as equipes do interior com uma enorme
facilidade e também passou pelo primeiro clássico contra o Santos mostrando
certa superioridade, controle de jogo, muita posse de bola, organização e
defesa organizada também. Mas, quem é palmeirense sabe que existe um certo
“campeonato à parte” chamado dérbi.
O
duelo contra o Corinthians sempre é especial, mesmo em cara ou coroa. E foi
justamente nesta “ferida” que a torcida do Verdão começou a ficar com a pulga
atrás da orelha com a equipe alviverde. Primeiro dérbi do ano: derrota por 2x0
em Itaquera e, o mais irritante aos torcedores, ver o próprio time, com toda
badalação, toda qualidade, ser engolido e dominado sem dar uma resposta. Um
time passivo!
Passado
o clássico veio uma derrota contra o São Caetano, mas havia mais um clássico
para aliviar os ânimos alviverdes: 2x0 contra o São Paulo em uma grande atuação
no Allianz Parque, em um jogo que poderia ter sido muito mais para a equipe
alviverde que simplesmente engoliu o tricolor paulista. Foi então que a
competição tomou rumos para a fase decisiva.
Nas
quartas de final, o Palmeiras passou com extrema tranquilidade sobre o
Novorizontino, com direito a 5x0 no jogo de volta no Allianz Parque pelo
mata-mata. Na semifinal, vitória na primeira partida contra o Santos por 1x0,
podendo fazer mais, mas o time preferiu segurar apenas o 1. Na volta, sufoco
desnecessário, derrota para o Peixe por 2x1, mas classificação nos pênaltis. O
time correu o risco de ser eliminado, mas passou.
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Palmeiras passa fácil pelo Novorizontino (Gazeta Press) |
Eis
que chega na finalíssima. Dérbi! A chance de devolver a derrota e apatia da
fase de grupos! Palmeiras começou bem, jogando em Itaquera, venceu os donos da
casa por 1x0, gol de Borja. Mas, o time poderia ter feito mais e desperdiçou
chances de vencer o jogo por placar mais amplo e liquidar a fatura! Preferiu se
envolver em confusões (Dudu e Felipe Melo na época estavam doidos para isso). O
filme de “ganhar o primeiro jogo e não vencer por mais gols” estava de volta.
Mas dessa vez, o final foi diferente.
Jogo
no Allianz Parque, o Palmeiras tomou gol logo aos 2 minutos de jogo, mandando a
vantagem embora. A polêmica foi um pênalti marcado em Dudu que demorou muito a
ser “voltado atrás”, levando o verdão a pensar que houve interferência externa,
pra falar a verdade, tudo indica que sim, mas faltou aquela prova substancial.
Palmeiras perdeu nos pênaltis o título em casa. Porém, o mais vergonhoso não
foi a derrota em si.
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Gol sofrido pelo Palmeiras na final (Foto: Paulo Whitaker/Reuters) |
O presidente Galiotte
simplesmente começou a falar que era “paulistinha” e os jogadores do Palmeiras
levaram esse “abatimento” como escudo para outras derrotas (que serão citadas
no texto). Uma coisa é a torcida chamar de “paulistinha”, no dia-a-dia, na
zoeira, etc. Agora, um presidente e jogadores que representam uma instituição
foi totalmente vergonhoso! Um “mal perdedorismo” que não faz parte do esporte!
Muito menos de uma grande instituição chamada Sociedade Esportiva Palmeiras! O
que acabou envergonhando ainda mais a torcida alviverde!
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Desabafo de Maurício Galiotte após a final (Foto: Marcos Ribolli) |
Libertadores 2018 - A eliminação que poderia ser evitada?
Agora,
palestrinos, falemos da Libertadores 2018 do Verdão! O Palmeiras, juntamente
com Grêmio, eram os times brasileiros favoritos à conquista da América. E não é
que o alviverde confirmou esse favoritismo na fase de grupos ao passar com a
melhor campanha, 16 pontos, tendo direito a decidir todos os jogos de mata-mata
em casa! Único empate? Ante o Boca Juniors-ARG em jogo pós final do Paulista,
cujo tropeço teve como escudo o fato citado no tópico anterior. Na última
rodada, o Palmeiras poderia “afrouxar” o pé para o Junior Barranquilla-COL e
assim o Boca não se classificaria. Você, leitor, era a favor disso?
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Palmeiras vence Boca Juniors-ARG na em Buenos Aires pela fase de grupos (Foto: Juan Mabromata) |
Fato
que o Palmeiras caiu no sorteio contra o Cerro Porteño-PAR. Já com o Felipão
contratado, a missão era seguir adiante na competição internacional. O primeiro
jogo em Assunção foi fácil: 2x0 com dois gols de Borja. Na volta, Felipe Melo
foi expulso com 3 minutos de jogo e o Cerro conseguiu o 1x0. Por muito pouco a
classificação não azedou por um lance besta. Nas quartas de final, o adversário
era o fraco time do Colo Colo-CHI que para falar bem a real foi a classificação
mais tranquila da história da libertadores do Palmeiras. Tanto que o que mais
marcou esse duelo foi o reencontro de Valdivia com a torcida palestrina. E a
semifinal? Sim, era o Boca Juniors-ARG.
Palmeiras
foi a Buenos Aires e fez uma das partidas mais desastrosas do ano, ainda mais
sob o comando de Felipão. Acabou jogando de maneira extremamente recuada,
chamando demais o adversário para o campo. De quebra, o forte da equipe que era
o contragolpe não estava conseguindo encaixar e o que se viu foi um domínio
argentino. O Palmeiras até que segurou até os 38 minutos da etapa final, mas
Benedetto acabou marcando duas vezes para os argentinos, complicando demais a
vida palmeirense.
No jogo de volta,
muita vibração da torcida. Apoio. Mas que logo foi silenciado com gol de Ábila,
o que forçava o verdão a ter que fazer 4x1 para se classificar. O Palmeiras
lutou bravamente e virou o marcador para 2x1, com 19 minutos do segundo tempo,
nutrindo a esperança alviverde. Mas, Benedetto entrou em jogo mais uma vez e
marcou mais um gol para os argentinos, decretando o 2x2 e eliminação do Verdão.
Time que saiu aplaudido pela torcida, por toda entrega em campo! A pergunta que
faço, leitor, é a seguinte: Palmeiras foi eliminado porque não jogou bem na
Bombonera ou porque não entregou para o Barranquilla? Para mim está claro que
faltou futebol na Argentina, visto que o time havia vencido o próprio Boca
Juniors por 2x0!
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Benedetto celebra o gol da classificação do Boca (Foto: Sergio Barzagui/Gazeta Press) |
Copa do Brasil - Aceitável
Por
estar na disputa da Libertadores, o Palmeiras entrou em campo na Copa do Brasil
apenas na fase de oitavas de final, contra o América-MG. Sob comando de Roger
Machado, o Palmeiras venceu os mineiros no Independência, mas, mais uma vez em
vantagem no mata-mata, passou sufoco e teve a vaga ameaçada no Allianz Parque.
O adversário da vez era o Bahia, agora sob o comando de Paulo Turra, auxiliar
de Felipão.
Palmeiras
não tomou sufoco na Arena da Fonte Nova e poderia ter vencido, caso Bruno
Henrique não desperdiçasse uma penalidade. Jogo ficou marcado por (uma das)
confusões e expulsão de Deyverson. Na volta, o Verdão venceu por 1x0, no
Pacaembu com gol de cabeça de Dudu e avançou para a próxima fase enfrentar o
Cruzeiro.
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Dudu celebra o gol da classificação alviverde (Foto: Djalma Vassão) |
No
primeiro jogo, o Palmeiras se descuidou da marcação uma vez e foi o suficiente
para Barcos dar a vitória aos mineiros. Claro que vai uma menção ao goleiro
Fábio que teve uma grande atuação defendendo os chutes alviverdes. Contudo, o
Palmeiras reclamou com razão do árbitro de vídeo VAR de um lance de gol legal
de Antonio Carlos que não foi validado, por conduta equivocada do árbitro
Wagner Reway da partida.
No
jogo da volta, o Cruzeiro abriu o marcador novamente com o Barcos em uma falha
de Antonio Carlos que não o acompanhou e Weverton saiu mal, de perna mole e dando
totó o ângulo ao atacante cruzeirense. Na segunda etapa, o Palmeiras buscou o
empate com Felipe Melo de cabeça, mas fato que o verdão pouco produziu para
tentar uma possível virada que lhe daria a classificação. O 1x1 custou a
eliminação, mas de maneira geral foi uma boa Copa do Brasil alviverde.
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Felipe Melo celebra o gol de empate do Palmeiras ante o Cruzeiro, mas não foi suficiente (Foto: Dudu Macedo) |
Campeonato Brasileiro - Da oscilação à arrancada do deca!
Depois
da polêmica final do Paulistão, o Palmeiras estreou no Brasileirão diante do
Botafogo-RJ, no estádio Nilton Santos. Palmeiras saiu na frente do marcador,
mas cedeu o empate. Esta última frase de sair na frente e ceder empate foi bem
corriqueira no Verdão pré Copa do Mundo. Empate contra Botafogo, vitória contra
Inter, empate contra Chape em casa, vitória contra Atlético-PR fora, derrota em
dérbi como visitante, vitória contra o Bahia em casa, derrota para o Sport em
casa depois de sair na frente do marcador, derrota para Cruzeiro, vitórias
contra São Paulo e Grêmio, empate fora de casa ante o Ceará por 2x2 após
abrirmos 2x0 e empate em casa contra Flamengo por 1x1 após sairmos na frente
também. Como podem ver, um time que oscilava muito e não conseguia segurar os
resultados. Ao todo, 19 pontos antes da parada para a Copa do Mundo. Claro que
nos tropeços muito se usava o discurso de “abatimento pela final perdida”, algo
que já era pra estar bem digerido.
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Palmeiras cede empate ao Ceará (globoesporte.com) |
Nada
melhor do que uma parada para a Copa! Vieram zagueiros Nico Freire e Gustavo
Gomez. Tudo que o Verdão precisava para se acertar e veio o retorno do
Campeonato contra o Santos. Palmeiras saiu na frente e... tomou o empate! Jogo
seguinte, Palmeiras na frente do Atlético-MG por duas vezes, mas cedia o
empate, porém, conseguiu a vitória no apagar das luzes com Bruno Henrique.
Rodada seguinte, derrota contra o Fluminense por 1x0, última derrota no
Brasileirão 2018. Vendo que o time continuava oscilando, Roger perdia o comando
do time, a diretoria optou por mandar embora o promissor treinador e trouxe um
gabaritado: Luiz Felipe Scolari.
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Felipão chega novamente ao comando do Palmeiras (Foto: Felipe Zito) |
Felipão
começou com um empate 0x0 bem morno contra o América-MG. Aqui foi citado que
era para ficar com pé atrás em relação ao treinador, o que a partida diante do
Coelho confirmava: time pouco produtivo e um treinador “queimado” no Brasil.
Mas na sequência vimos um time considerado alternativo passar uma sequência de
6 jogos sem sofrer gols, entre eles um empate contra o Internacional que
brigava por G4. Tomamos gol contra a Chapecoense, mas não serviu para evitar nossa
vitória por 2x1. Vitórias e mais vitórias seguidas contra Atlético-PR e Corinthians
elevaram o moral da equipe que já começava a aparecer no retrovisor dos líderes
São Paulo, Flamengo e Internacional.
Jogo
seguinte, empate diante do Bahia após sair atrás do placar. Na sequência,
vitórias contra Sport, Cruzeiro (esta que rendeu a liderança ao Verdão), quebra
de tabu de 17 anos sem vencer no Morumbi contra o São Paulo, além de vencer
Grêmio e Ceará em sequência. É! O Palmeiras era o líder isolado do Campeonato
Brasileiro. Cinco pontos na frente do então vice líder Flamengo e com confronto
direto no Maracanã. O Palmeiras jogando se defendendo conseguiu abrir o
marcador com Dudu, mas tomou o empate rubro negro. Resultado que foi ótimo
pelas circunstâncias (era jogo após derrota para o Boca Juniors-ARG).
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Dudu comemora o gol no Maracanã (Foto: Ricardo Moraes/Reuters) |
Na
rodada seguinte, vitória apertada e suada contra o Santos comandado por um
conhecido nosso, sufoco, mas com três pontos! Empate diante do Galo em Minas
Gerais em uma rodada que todos nossos concorrentes haviam perdido! Era um sinal
de que a taça estava a caminho do Palestra Itália! Jogo seguinte, vitória
diante do Fluminense e um tropeço diante do Paraná, mas que contou também com
tropeços de nossos concorrentes! Incrível! Então, foi ganhar de América-MG e
Vasco da Gama para confirmar a taça e depois levantar diante do Vitória ao
vencer a equipe baiana por 3x2. Uma arrancada heroica mesmo! Decacampeão
brasileiro!
Em resumo, Felipão
pegou o mesmo elenco de Roger Machado e “dividiu” em dois times: todos jogaram!
Todos participaram da conquista! O time passou a ter consistência e efetividade
no ataque, algo que faltou para a equipe de Roger – ou porque o treinador não
implantou, ou porque ele “não mandava” no time – se é que vocês me entendem.
Time com muita pose de bola e pouca efetividade, acabava perdendo pontos
bestas. Com Felipão, o time passou a ter menos posse de bola e muita
efetividade. Ganhou pontos preciosos! Para melhorar, 61 pontos depois da Copa
do Mundo e o melhor turno! Incontestável a taça do Palmeiras!
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Bruno Henrique levanta a taça pelo Palmeiras (Foto: Fabio Menotti) |
Reeleição de Maurício Galiotte
Palestrinos,
agora um assunto bem polêmico. Não foi tratado depois das partidas ante Vasco e
Vitória, pois o clima era de festa e não de rumores, opiniões polêmicas
administrativas, etc. Mas o momento é agora. A reeleição de Maurício Galiotte
foi precedida por uma carta escrita pelo ex-presidente Paulo Nobre, o
presidente mais palmeirense que a Sociedade Esportiva Palmeiras teve! Clique aqui para ler.
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Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras (Foto: Keiny Andrade/Folha Press) |
Maurício
pegou o clube praticamente reestruturado depois das duas gestões de Paulo
Nobre, montou elencos caros juntamente com a parceira Leila Pereira da empresa
Crefisa e alterou o tempo de mandato de presidente de dois para três anos.
Sendo assim, Leila poderá ser candidata para não dizer presidente do Palmeiras
ao final do mandato do atual presidente. Fato que Galiotte passou uma impressão
de presidente omisso e gastador. Não aparecia cobrando o time como seu
antecessor o fazia, mas aparecia quase sempre ao lado de Leila Pereira. Parecia
mais importante pensar na futura candidata a presidente do que na própria
equipe! Sem contar do MICO que fez o torcedor passar após declarações ridículas
na final do Paulistão (falei paulistinha no último texto na zoeira, mas o
assunto aqui é sério, pessoal!).
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Galiotte (esq.) venceu Genaro Marino (dir.) nas eleições presidenciais do Palmeiras (Foto: Palmeiras/Divulgação) |
Tudo
ia bem com presidente e parceria até que entrou a Receita Federal, encontrando
irregularidades nos contratos. Com a imposição da receita, o Palmeiras deverá
arcar com o preço dos atletas contratados pela Crefisa e, caso haja despesa, é
o próprio clube que deverá pagar à empresa. Ficou confuso? Vamos simular
algumas contratações e vendas para ficar mais claro!
Bruno
Henrique chegou por 14 milhões de reais. Tendo em vista que deve ter se
valorizado pelo belo ano que fez, chegaria uma proposta de 28 milhões de reais.
Palmeiras apenas ficaria com o lucro, ou seja, 28 milhões do total MENOS 14
milhões a serem repassados para a Crefisa, totalizando 14 milhões de reais ao
Palmeiras. Isso com jogador valorizado, mas e se algum jogador sair por um
preço menor do que foi contratado?
Alejandro
Guerra chegou em 2017 por 10 milhões de reais. Não chegou a fazer ótimas
atuações e de repente chega uma proposta de 5 milhões de reais. Como ficaria?
Simples! Palmeiras receberia o dinheiro da compra (5 milhões de reais) e
repassaria para a empresa. Contudo, ainda faltariam 5 milhões de reais para
cobrir o preço inicial da compra, o total dos 10 milhões. Esse restante teria
que ser pago pelo próprio Palmeiras, ou seja, o Verdão teria um déficit de 5
milhões de reais.
Ao
todo, foi calculado que a dívida com a Crefisa beira os 120,2 milhões de reais,
mas para deixar claro para os palmeirenses preocupados em ser uma “nova Parmalat”,
esse valor é apenas se todos os jogadores saíssem de graça. Aí 120 milhões
teria que ser desembolsado pelo próprio Palmeiras. Claro que haverá lucros nas
vendas, Palmeiras tem outras fontes de renda como sócio torcedor, as
bilheterias, a FAM, etc. Palmeiras não está por enquanto dependendo totalmente
da Crefisa.
Mas
aí que entra a preocupação. Galiotte parece que quer entregar o clube aos
poucos para uma patrocinadora. Hoje, não é danoso do jeito que caminha o clube.
Mas imagina daqui um tempo caso haja um repasse do clube para a empresa?
Imagina todo o trabalho de reconstrução, incluindo a categoria de base sendo
repassada a uma empresa? E caso a empresa realmente venha a se retirar, imagina
ter adquirido TODOS os direitos do Palmeiras e o verdão ter praticamente que
começar o clube do ZERO! Sem lucro, só com dívidas! Neste caso hipotético aí
sim seria a famosa “Nova Parmalat”. Mas somente o nosso presidente pode bater o
pé para que isso não aconteça! Será que Galiotte faria isso? Colocaria limites
nos contratos de patrocínio, deixando a empresa apenas como uma parceira e não
dona?
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Leila Pereira ao lado de Maurício Galiotte (Foto: Palmeiras/Divulgação) |
Repetindo e
reforçando. O que foi citado no parágrafo anterior é apenas uma hipótese do que
pode acontecer. Apenas um alerta para a torcida que já sofreu com algo parecido
ficar esperta. Hoje é uma delícia zoar marmita e derivados, mas daqui uns anos
pode ser com a gente. Tem que ficar de olho na política do clube!
Considerações finais
O
Palmeiras começou o ano prometendo taça. Diferentemente de temporadas
anteriores, o Verdão não seguiu a ideia de contratar por “baciada” de jogador e
vieram contratações pontuais que reforçaram a equipe. No começo, parecia que o
time ia encaixar, mas a perda do título do Paulista parece que deu uma esfriada,
mas pior, serviu de escudo para tropeços que vieram em seguida.
O
então treinador Roger Machado não conseguiu segurar ou implantar sua filosofia
de jogo na equipe e deu lugar a Felipão que logo “arrumou a casa”. Um ano que
parecia terminar sem nada, acabou com semifinais da Libertadores e Copa do
Brasil, além do título do Brasileirão. Colocando na ponta do papel: um vice,
duas semifinais, um título dá para dizer que esportivamente foi um ano bem
positivo. O melhor do Palmeiras no século XXI.
A única ressalva e
incógnita fica para o mandato do atual presidente. Cabe a ele colocar limites
na nossa parceira patrocinadora para que não tome as rédeas do clube. É uma
preocupação do cronista e deve ser a de muitos leitores também. Sem catastrofismo,
mas sim para ficarmos todos alertas nessa parte política que sempre foi
tenebrosa no Palmeiras, salvo Paulo Nobre. De resto, amigos, é deca e que venha
2019!
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Reprodução/TV Globo |
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