Amigos e Nação Corinthiana! Juntos mais uma vez, nas vitórias e nas derrotas. E infelizmente uma dura derrota aconteceu na noite desta quarta (17) na Arena Corinthians, a derrota por 2 x 1 ante o Cruzeiro que custou o título da Copa do Brasil, que acabou indo para o clube mineiro e Mano Menezes mais uma vez, o ex-treinador do Corinthians que conquista o bicampeonato. Apesar das polêmicas as quais falaremos a seguir, o Corinthians não teve qualidade e o título foi merecido para o time mineiro.


Ventura surpreendeu com a escalação inicial, decidindo ter um centroavante fixo com Jonathas e colocando Sheik no time titular. A torcida em grande parte não gostou e compreendo perfeitamente, mas foi uma tentativa do treinador de mudar algo, visto que Vital e Clayson, os barrados na escalação inicial, realmente não vinham jogando nada, não tem qualquer salvo conduto pra que se diga que foi absurdo tirá-los do time.

O Corinthians jogou claramente tendo com a bola uma linha de três zagueiros com Ralf fazendo o líbero pelo centro, numa tentativa de soltar Fagner e Avelar, tentativa que se mostrou frustrada, pois as linhas de marcação de Mano eram perfeitas e é muito mais difícil só no passe destruí-las, é preciso habilidade para tal, algo que falta neste time. Ainda assim o Corinthians jogou melhor os primeiros minutos, em parte por ter cedida por Mano a posse, mas também em parte porque a torcida empurrava com uma linda festa e muito barulho, tal qual no treino um dia antes. Porém essa maior posse não refletiu-se em chances criadas contra o gol de Fábio e aos poucos o time mineiro foi começando a crescer na partida e passou a criar as melhores possibilidades.

Esse crescimento do Cruzeiro passou a se dar muito nos erros do próprio Corinthians, Jadson errava todos os passes que tentava, Sheik era estabanado em todas as tentativas de ataque e só corria, se esforçava e conseguia roubas bolas, mas esse não era o seu papel, correr a galera já corre ali, falta habilidade pra continuar as jogadas e nisso o atleta de quase 50 anos não melhorou a condição do time. Outro problema foi a ligação direta, que consagrou Dedé, o melhor zagueiro em atividade hoje no Brasil (depois de tudo que passou) bailou sobre Jonathas.

E num erro saiu o gol adversário que acabou complicando em muito as coisas Cruzeiro fechado, Romero inverteu forte demais a bola para Léo Santos e o menino se atrapalhou todo, evitou a saída pela lateral mas teve a bola roubada por Rafinha, que roubou e acionou Barcos que finalizou na trave, no rebote a bola sobrou limpa e sem goleiro para Robinho mandar pro gol.

Depois do gol o Corinthians foi pra cima tentando trazer a torcida junto e demonstrar que não se abalou contra o gol, mas como já dito, muitos erros com Sheik, muita ligação direta, o time porém, poderia ter empatado o jogo em um penal no finalzinho do primeiro tempo, não assinalado pela arbitragem e não conferido pelo VAR, de Dedé em Jonathas, neste que sim foi o grande erro da partida e não os debatidos pela grande mídia, mas enfim, não foi unicamente por isso a derrota, apesar do registro.


No segundo tempo, meio que no desespero, o time foi pra cima empurrado pela torcida e Thiago Neves em uma disputa com Ralf tocou levemente o volante do Timão e a Arena inteira pediu pênalti, EU (e aí alguém vai me xingar, enfim...) não marcaria pênalti porque entendo que o jogador já estava desequilibrado, praticamente não houve o toque, mas o árbitro viu na TV e marcou e Jadson na bola que acertou no jogo empatou a partida na cobrança.

Então Ventura colocou Pedrinho em campo, o menino iluminado pegou um rebote na entrada da área e marcou outro golaço tal qual ante o Mengo na semi, festa nas arquibancadas, choro inclusive do que vos escreve. Mas depois de toda a vibração, o VAR chama e alerta para a tola falta de Jadson (um cara experiente desse) em Dedé. Sim, Dedé simulou agressão no rosto, que o juiz entendeu que não foi e por isso ele não foi expulso, mas a falta foi, jogador Brasileiro e sua mania de dar o que o adversário quer, falta de ataque, falta lateral, mesmo os mais experientes agem como idiotas. O gol da esperança, o gol da emoção, lamentavelmente foi corretamente (é isso, há que comentar o fato) anulado pela arbitragem.

Depois disso o time seguiu lutando, foi pra cima com tudo, mas não houve jeito, mudanças estéreis do treinador, com os inoperantes Vital e Clayson, que não fizeram absolutamente nada na partida. E o título azul foi sacramentado em um contragolpe, escanteio, o time todo a frente e bola recuperada pelo Cruzeiro, dois contra dois, Raniel que entrou no segundo tempo foi muito inteligente, segurou a bola, os defensores não pararam a jogada e o lançamento na frente, para De Arrascaeta avançar em velocidade e tocar na saída de Cássio, era o fim, o time ainda lutou, a cada minuto que passava a intensidade era menor e no fim o resultado de derrota.


Vejam, a escalação foi bastante questionável, evidente que foi, Sheik foi muito mal, Jonathas infelizmente não está conseguindo ser o centroavante que foi na Europa, que mostrou que poderia ser com aquele gol de honra no clássico ante o São Paulo. Mas o que de mais mirabolante poderia fazer o técnico pra mudar? Não há elenco, vejam Vital e Clayson, tem apresentado um PÉSSIMO futebol, o segundo ainda dando algum tipo de chilique todo jogo. Eu penso que Ventura errou ao colocar estes jogadores, sobretudo Vital, se é pra colocar alguém que CISCA, que colocasse Danilo, que ao menos concentra e distribui as açõe ofensivas, enfim, quando estes caras entraram acabou de vez a chance de título e nisso o treinador tem responsabilidade, mas é a menor delas a meu ver. Andrés Sánchez depenou o time, ele é quem deve ser cobrado. Com este time que aí está, o fato é que chegamos até muito longe, esperança que sempre temos a parte, valeu o show da torcida.

No mais, não adianta ficar discutindo arbitragem, eu até passo como "chato", mas realmente sem habilidade é difícil romper defesas bem armadas, como é o caso da do Cruzeiro e independente do pênalti não marcado sobre Jonathas, ou mesmo da invalidação (pra mim correta pela falta de Jadson) do gol de Pedrinho, o Cruzeiro foi superior em todos os aspectos e mereceu levar o título. Léo Santos falhou feio, é verdade, mas merece agora todo o apoio, é um menino de muita qualidade, vai se recuperar e ainda vai render muitos frutos ao clube. Agora é erguer a cabeça e apoiar, o time precisa jogar cada jogo do Brasileirão com essa garra e essa determinação, superando dentro do possível as limitações técnicas e minimizando os erros, como os de Jadson por exemplo, para além de afastar o risco matemático de rebaixamento, fazer um honroso final de campeonato, para aí sim se avaliar o que vai mudar para o ano que vem.



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Foto: GazetaPress. 

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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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