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Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional e que hoje (26 de agosto de 2018) completa 104 anos de sua fundação. Mas, nem todos os "convidados para a festa do palestra" querem fazer parte dela. Óbvio que o Internacional iria endurecer o jogo em Porto Alegre, no estádio Beira-Rio, pela 21ª rodada, mas de maneira geral, o Palmeiras teve as melhores oportunidades de gol, teve mais chances criadas e faltou um certo capricho na finalização para sair com a vitória. Resultado: 0x0, mas se fosse uma vitória alviverde, não seria nada absurdo.

Felipão mandou o Palmeiras a campo com Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gomez, Victor Luís, Thiago Santos, Jean, Moisés, Lucas Lima, Hyoran e Deyverson. O Palmeiras começou a partida adiantando a marcação para surpreender o Inter e quase conseguiu em jogada pelo lado esquerdo do ataque: a bola chegou em Hyoran cruzou para a grande da área, mas Jean deu chute para fora. Outra jogada pela esquerda com Hyoran, desta vez o cruzamento foi rasteiro na primeira trave, Jean apareceu novamente e chutou para fora, por muito pouco. Mas a melhor chance do Palmeiras veio de um "erro". Moisés arrancou com a bola pela intermediária esquerda do Palmeiras e chutou mascado: Deyverson por muito pouco não conseguiu aproveitar o "chutamento" rasteiro para jogar no contrapé de Marcelo Lomba. O colorado chegou uma única vez no ataque em chute de Nico López, mas Weverton fez defesa um pouco assustada, mas ficou com a bola.

A segunda etapa começou com alteração por lesão: Victor Luís deu lugar a Diogo Barbosa. Inter que estava um pouco acuado na primeira etapa começou a vir para cima e dificultou a saída de bola do Palmeiras. O verdão passou a ter dificuldades em criar contra ataques, tanto que em determinados momentos, Deyverson aparecia isolado, sozinho, etc., na frente apenas para dar a famosa "casquinha" e devolver a posse de bola para a equipe gaúcha. O Inter passou a ter mais volume de jogo, arriscar mais, mas não exigiu muito de Weverton. Felipão mexeu no Palmeiras ao sacar Hyoran para a entrada de Willian. O verdão deu uma melhorada e assustou a meta de Lomba com Marcos Rocha finalizando de fora. O Inter respondeu e exigiu a melhor defesa de Weverton na partida: cabeçada a queima roupa, o goleiro conseguiu espalmar e Luan afastar. Inter teve ainda um chute de fora da área de Nico López, mas passou à esquerda do goleiro alviverde. Fim de papo.

Destaque a começar pela postura do Palmeiras: em cima do adversário. Na primeira etapa como um todo o Palmeiras foi dominante e faltou competência na parte ofensiva para sair com a vantagem. Apresentou um considerável volume de jogo superior ao de seu adversário. Continuando os destaques, a postura defensiva, principalmente o trio defensivo: Luan, Gustavo Gomez e Thiago Santos estavam pontuais nos desarmes e foram muito felizes em suas jogadas. Luan que vinha fora por um bom tempo já vem esquentando a cabeça de Felipão para um lugar na zaga titular. Thiago Santos tem feito a mesma coisa que Felipe Melo, pecando um pouco na saída de bola em relação a seu concorrente pela vaga. De resto, mais um jogo sólido da defesa do Palmeiras. No ataque as criticas vão mais para Hyoran; não era o dia dele. Deu opção para sair jogando, mas quando teve oportunidades de conclusão, optou por passar a bola e vice-versa. De quebra, ainda saiu de "cara feia", etc., sendo que não foi bem. Deyverson se esforçou, mas sabemos de suas limitações - por pouco não deixou sua marca. Melhor da parte ofensiva foi Lucas Lima, fez boas transições do meio de campo, tranquilizava a saída de bola e talvez faltou arriscar um pouco mais no gol também. Enfim, analisando de maneira geral o jogo o Palmeiras foi melhor que o Internacional na parte de propor jogo, intensidade, etc. Pecou na finalização. Saiu com um ponto (bom), mas três não seria absurdo.

No meio de semana o Palmeiras vai receber o Cerro Porteño pela partida de volta da Copa Libertadores. Jogo de ida foi 2x0 para o Verdão, mas nem tudo pode estar definido; o Palmeiras passou perrengues em jogos de mata-mata neste ano quando saiu com a vantagem. Prova de fogo para o verdão saber se aprendeu ou não a lidar com o favoritismo nos jogos de volta dos mata-matas.
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Leonardo Paioli Carrazza

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