AFP
Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória do Palmeiras ante o Cerro Porteño-PAR pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. Palmeiras que foi ao Paraguai enfrentar o melhor segundo colocado da fase de grupos, mas mostrou maturidade e evolução na marcação para segurar os ânimos do time da casa, além de eficiência no ataque para liquidar a partida e encaminhar bem a classificação. Vamos ao jogo.

Felipão mandou a campo o Palmeiras escalado com Weverton, Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Felipe Melo, Bruno Henrique, Moisés, Hyoran, Dudu e Borja. E o verdão começou levando certo sufoco da equipe paraguaia. O Cerro adiantava a marcação para a intermediária ofensiva e forçava o Palmeiras a se livrar da bola, dando o famigerado "chutão". Volume de jogo à parte, o time paraguaio ocupou bem os espaços ofensivos, mas não estava com o pé calibrado, logo, o goleiro Weverton não precisou fazer nenhuma grande intervenção. Depois dos 20 minutos, o verdão colocou a bola no chão e começou a sair mais para o jogo. Dudu carregava bem a bola pelo lado esquerdo e era por ali que saíram as principais jogadas do Palmeiras no ataque. Foram poucas, mas todas passaram pelos pés do participativo camisa 7 do verdão. Quem arriscou também foi Moisés, mas sem perigo ao gol de Antony Silva. Primeiro tempo acabou zerado e com o Palmeiras devendo um pouco de jogada ofensiva.

Na segunda etapa, o jogo mudou um pouco. Dizem que Felipão adora uma bola parada e isso foi confirmado. Logo aos dois minutos, falta na intermediária, Dudu cruzou bem, Churín desviou para trás, pegou o sistema defensivo do time paraguaio desprevenido e a bola sobrou para ele: Miguel Borja chutar sem chances para Antony Silva e botar o verdão na dianteira do placar.


Borja comemorando primeiro gol da partida (Esportes Yahoo)
Com a vantagem no placar, o treinador Zubeldía tentou fazer com que o Cerro fosse para cima, portanto, o Palmeiras teve o campo para o contra ataque. Algo que Felipão adora. A equipe paraguaia tentava forçar pelo lado esquerdo da defesa do Palmeiras, mas Dudu e Diogo Barbosa estavam se entendendo bem na marcação (sim, o camisa 7 principalmente bem nesse aspecto). Tanto que em uma dessas jogadas, Dudu ficou na marcação e liberou a subida de Diogo Barbosa pelo "corredor" deixado pelo Cerro. Ele finalizou, Silva defendeu, mas Moisés pegou o rebote e deu belo passe para Borja finalizar o placar da partida. 

Com a vantagem ampliada no placar, Felipão mexeu no Palmeiras: Jean entrou no lugar de Hyoran para recompor o meio de campo e apoiar mais o Mayke na marcação. Deyverson entrou no lugar de Borja para manter uma referência no ataque. Thiago Santos entrou no lugar de Moisés, pois Felipão parece que adora fazer um ferrolho com um "jogador pedreiro", mas Thiago estava bem, mordendo na marcação quando foi preciso. De resto, nenhum grande susto da equipe paraguaia e o Palmeiras saiu em boa vantagem no jogo de ida. Fim de papo!

Ótimo resultado. Comentando o jogo pela Web Rádio Gol & Rock, o primeiro tempo foi um começo assustador. "Zagueiro tem que zagueirar" talvez tenha sido o discurso porque foi um festival de bolas rifadas, mas fato que a defesa estava mais segura. Faltou saída de bola, mas em compensação não faltou desarme: 57 desarmes ao todo. Quando colocou a bola no chão, o Palmeiras levou perigo, principalmente quando a bola passava por Dudu. Diogo Barbosa que estava começando a ser questionado, não estava bem na marcação, mas foi colaborado pelo seu companheiro de setor que teve papel fundamental e tático na equipe. Na segunda etapa, os chutões deram lugar a bolas no chão e jogadas mais trabalhadas. Tirando a falta do primeiro gol em que parece ter sido mais "sorte" do que treino, o segundo gol foi totalmente bem trabalhado. Foi interessante notar que foram poucos os chutes que foram direto ao gol de Weverton - me referindo à bola sempre esbarrar na defesa ou ser bloqueada mesmo. Em resumo, marcação cerrada e efetividade no ataque deram ao Palmeiras uma ótima vantagem para o jogo da volta, dia 30 de agosto no Allianz Parque.

Agora o Palmeiras tem uma prova de fogo. Por que? Em todos os jogos eliminatórios de 2018, o Palmeiras conseguiu bem vantagem na primeira partida. Mas apenas contra o Novorizontino pelo Paulistão o verdão manteve uma boa atuação na volta. Pelo Paulistão passou perrengue contra Santos e Corinthians, pela Copa do Brasil contra o América-MG, ou seja, o Palmeiras precisa provar para si mesmo que pode ser mortal em casa, no segundo jogo. Algo que o time "deve" no ano ainda, mas parece que vai dar certo. Agora o foco é o Vasco da Gama pelo Campeonato Brasileiro.
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Leonardo Paioli Carrazza

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