Na estreia da versão estadual do quadro: o candidato do
partido de Fidelix ao governo de SP
A menos de 40 dias para as eleições, a ser realizada no dia
7/10, o JC! acrescenta à sua cobertura (clique!) o quadro “Conhecendo o
Candidato” , com perfis e análises de todos os postulantes ao governo de
São Paulo e dos 13 presidenciáveis. Apesar de ser missão inglória na cobertura
de pleitos políticos, traçar perfil por perfil é importante no momento de
escolha do eleitor.
Legenda do folclórico Levy Fidelix, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro – PRTB é fiel quando o
assunto é participação em pleitos políticos, e a razão não passa pela competitividade,
que de longe é o ponto mais fraco do partido, mas pela persistência em lançar
candidatos para todos os cargos. Se até as eleições passadas a estratégia era negociar
apoio em 2º turno por cargos e presença em administrações, neste ano o
pragmatismo exigido pela minirreforma política, que restabelece a cláusula de
barreira e condiciona o acesso ao fundo partidário à obtenção de ao menos 1,5% do
total de votos, falou mais alto e fez a legenda fechar coligação com o PSL de Bolsonaro.
Em São Paulo, o guarulhense e advogado Rodrigo Tavares da Silva, de 37 anos, é o candidato da coligação “São Paulo acima de tudo, Deus acima de
todos”, de PRTB e PSL, ao governo do estado. Como
candidato à vice-governador está o também advogado, porém paulistano, Jairo
Glikson, de 49 anos.
Servidor público com passagem pelas secretarias de Saúde, Governo,
Cultura, Assistência Social e Assuntos Jurídicos de Guarulhos, município da
Região Metropolitana, Tavares é o mais novo entre os 12 candidatos à sucessão
de Geraldo Alckmin. O postulante do PRTB
na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes também prestou serviços na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor
do estado de São Paulo – Procon-SP e
na Procuradoria Fiscal, da Fazenda Pública do Estado de São Paulo.
Foto: Reprodução / TV Globo |
Até o lançamento de sua candidatura pelo partido de Levy
Fidelix, Rodrigo Tavares era diretor do Departamento de Trabalho, Emprego e
Renda, da secretaria do Trabalho de Guarulhos, e declarou ter bens avaliados em
1,6 milhão de reais.
No campo programático, o candidato se perde na "jovialidade",
tem dificuldades em apresentar suas ideias, como visto no 1ºdebate entre os candidatos ao governo, realizado pela Bandeirantes (clique!), e cumpre formalidade partidária ao
lançar seu nome ao cargo de governador. Sem muito detalhamento, Rodrigo deu
entrevista ao jornal Folha de S. Paulo,
publicada em julho passado, em que disse não temer a cláusula de barreira;
prometeu auditorias para desinchar a máquina pública; afirmou que, em um
eventual governo, reduziria “no mínimo
50%” dos cargos comissionados; garantiu a volta de um banco público
estadual para investimentos “nos moldes
do extinto Banespa, que funcione com eficiência, bem administrado” e
destacou que fará uma avaliação sobre o sistema de cotas nas universidades e
escolas técnicas, em sua opinião, “instituído
para equilibrar uma situação histórica”.
Ainda respondendo à jornalista Kelly Mantovani, o candidato
diz que o general da reserva Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) [clique!],
é um “grande quadro que representa boa
parte dos anseios populares”. A entrevista completa pode ser acessada
aqui.
Rodrigo Tavares não soma um ponto percentual nas pesquisas
de intenção de voto. A exemplo do que fez no debate da Bandeirantes, analisado neste JC! por Adriano Garcia (clique!), o
candidato deve nortear sua campanha pelo discurso do “novo” na política. À base
de obviedades e despreparo, ele integra o grupo que tem feito do novo um termo
velho pelo uso exagerado.
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É Claudio, entendo que a falta de propostas dele não é uma questão de idade e sim de falta de conteúdo mesmo.
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