Na estreia da versão estadual do quadro: o candidato do partido de Fidelix ao governo de SP

A menos de 40 dias para as eleições, a ser realizada no dia 7/10, o JC!  acrescenta à sua cobertura (clique!) o quadro “Conhecendo o Candidato” , com perfis e análises de todos os postulantes ao governo de São Paulo e dos 13 presidenciáveis. Apesar de ser missão inglória na cobertura de pleitos políticos, traçar perfil por perfil é importante no momento de escolha do eleitor.
Foto: Alessandro da Mata - Speaker Comunicação
Legenda do folclórico Levy Fidelix, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro – PRTB é fiel quando o assunto é participação em pleitos políticos, e a razão não passa pela competitividade, que de longe é o ponto mais fraco do partido, mas pela persistência em lançar candidatos para todos os cargos. Se até as eleições passadas a estratégia era negociar apoio em 2º turno por cargos e presença em administrações, neste ano o pragmatismo exigido pela minirreforma política, que restabelece a cláusula de barreira e condiciona o acesso ao fundo partidário à obtenção de ao menos 1,5% do total de votos, falou mais alto e fez a legenda fechar coligação com o PSL de Bolsonaro.

Em São Paulo, o guarulhense e advogado Rodrigo Tavares da Silva, de 37 anos, é o candidato da coligação “São Paulo acima de tudo, Deus acima de todos”, de PRTB e PSL, ao governo do estado. Como candidato à vice-governador está o também advogado, porém paulistano, Jairo Glikson, de 49 anos. 

Servidor público com passagem pelas secretarias de Saúde, Governo, Cultura, Assistência Social e Assuntos Jurídicos de Guarulhos, município da Região Metropolitana, Tavares é o mais novo entre os 12 candidatos à sucessão de Geraldo Alckmin. O postulante do PRTB na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes também prestou serviços na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do estado de São Paulo – Procon-SP  e na Procuradoria Fiscal, da Fazenda Pública do Estado de São Paulo.
Foto: Reprodução / TV Globo
Até o lançamento de sua candidatura pelo partido de Levy Fidelix, Rodrigo Tavares era diretor do Departamento de Trabalho, Emprego e Renda, da secretaria do Trabalho de Guarulhos, e declarou ter bens avaliados em 1,6 milhão de reais. 

No campo programático, o candidato se perde na "jovialidade", tem dificuldades em apresentar suas ideias, como visto no 1ºdebate entre os candidatos ao governo, realizado pela Bandeirantes (clique!), e cumpre formalidade partidária ao lançar seu nome ao cargo de governador. Sem muito detalhamento, Rodrigo deu entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada em julho passado, em que disse não temer a cláusula de barreira; prometeu auditorias para desinchar a máquina pública; afirmou que, em um eventual governo, reduziria “no mínimo 50%” dos cargos comissionados; garantiu a volta de um banco público estadual para investimentos “nos moldes do extinto Banespa, que funcione com eficiência, bem administrado” e destacou que fará uma avaliação sobre o sistema de cotas nas universidades e escolas técnicas, em sua opinião, “instituído para equilibrar uma situação histórica”.
Foto: Ivo Lindbergh
Ainda respondendo à jornalista Kelly Mantovani, o candidato diz que o general da reserva Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) [clique!], é um “grande quadro que representa boa parte dos anseios populares”. A entrevista completa pode ser acessada aqui.

Rodrigo Tavares não soma um ponto percentual nas pesquisas de intenção de voto.  A exemplo do que fez no debate da Bandeirantes, analisado neste JC! por Adriano Garcia (clique!), o candidato deve nortear sua campanha pelo discurso do “novo” na política. À base de obviedades e despreparo, ele integra o grupo que tem feito do novo um termo velho pelo uso exagerado.


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Claudio Porto

Jornalista independente.

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1 comments so far,Add yours

  1. É Claudio, entendo que a falta de propostas dele não é uma questão de idade e sim de falta de conteúdo mesmo.

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