Reuters 

Salve, pessoal, amantes do futebol, da Seleção Brasileira e da Copa do Mundo 2018. Vamos repercutir a vitória importante do Brasil ante a seleção da Costa Rica pelo placar de 2x0 em um jogo que exigiu demais da nossa seleção: física e emocionalmente, ou seja, um teste pra cardíaco mesmo. Fato que o Brasil pecou em alguns aspectos, mas começou a se ajeitar no jogo. A bola então "teimou em não entrar" mas a água mole "bateu tanto na pedra dura" que furou. Mesmo assim, críticas serão feitas a determinados jogadores.

Tite mandou a campo a seleção brasileira escalada com Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda, Marcelo, Casemiro, Paulinho, Willian, Philippe Coutinho, Neymar e Gabriel Jesus. Mas o Brasil logo de cara começou a ver o que lhe esperava na partida: um verdadeiro ferrolho costarriquenho. Até os 20 minutos, nenhum chute a gol foi registrado a favor da seleção brasileira, quando na verdade, a seleção da América Central forçava os arremates de fora da área. Coutinho não conseguia o brilhantismo do primeiro jogo. Pelos lados, Marcelo e Fagner (por mais que tenham feito boa partida no geral) esbarravam nos defensores. As pontas do Brasil um pouco lentas: Willian errando tudo que estava tentando. Neymar então se preocupava em fazer teatro, pegar raiva dos jogadores da Costa Rica em vez de usar seu potencial e habilidade em pró do time. Resultado, um 0x0 morno com o uniforme praticamente limpo de Keylor Navas.

Tite começou a segunda etapa com uma modificação interessante: Douglas Costa no lugar de Willian. E o Brasil visto na segunda etapa foi aquele que "encantou" nas eliminatórias. Jogadas rápidas no campo de ataque, profundidade, infiltração, etc. Logo de cara, Gabriel Jesus cabeceou a bola no travessão para desespero - o gol seria um alívio enorme. No minuto seguinte, pegando rebote, Paulinho ajeitou para Coutinho chutar e ver o zagueiro costarriquenho tirar no susto a bola de cima da linha. Tite mexeu ainda para entrada de Firmino no lugar de Paulinho que também esteve apagado. Minutos mais tarde, Neymar recebeu bola com gol aberto, só ele e Navas, mas chutou por cima da forquilha. Até que veio uma esperança: jogada pelo lado esquerdo, Neymar corta a marcação, recebe um encosto e desaba. Árbitro Bjorn Kuipers marca penalidade. Mas o VAR corretamente mostrou uma forçada, "teatro" do brasileiro, portanto, penalidade bem anulada. Enquanto isso, a Costa Rica começava a sentir as famosas "dores misteriosas".


Lance bem anulado da penalidade em Neymar (Reuters)
A insistência brasileira foi premiada. Jogada pelo lado direito do campo, a bola termina em Gabriel Jesus que só ajeita para Coutinho chegar de trás e fazer o 1x0. Alívio! Comemoração! Tite se jogando no chão! E claro, as dores da Costa Rica misteriosamente foram curadas. Tite então fez a alteração Fernandinho no lugar de Gabriel Jesus para dar uma segurada. Mas o Brasil tinha o contra ataque a sua disposição: no primeiro, Firmino mandou a bola para fora. No segundo, Casemiro serviu Douglas Costa que entregou de lambuja para Neymar só cutucar para dentro do gol. Era o fim do sufoco brasileiro.


Coutinho vibra com seu gol (AFP)
Brasil muito mal na primeira etapa. Praticamente bloqueado nas saídas de bola, criou pouquíssimas oportunidades. Paulinho que poderia ser um diferencial estava sumido. Willian praticamente não esteve bem na ponta, sobrecarregando o outro lado. Tite foi muito bem nas mexidas, não fazendo as famosas "6 por meia dúzia". Douglas Costa deu outro ritmo na segunda etapa, oferecendo o lado direito para jogar também. A partir deste momento, a defesa da Costa Rica encontrou menos "conforto" para desarmar a seleção brasileira. Uma pena que as chances do começo da segunda etapa não entraram, pois foram bem trabalhadas por Coutinho e o próprio Gabriel Jesus. Neymar joga bem, é craque, habilidoso, mas precisa parar de fazer teatro e ludibriar arbitragem. Com VAR não tem mais "conversa mole". No lance da penalidade anulada, claramente preferiu desabar em vez de seguir no jogo, além de ficar o jogo todo na orelha do juiz. Por muito pouco, o Brasil não sai prejudicado por essas infantilidades desnecessárias.

Mais mexidas do Tite; Firmino no lugar de Paulinho. Mais uma vez arriscou bem, lançou o time para o ataque - o gol poderia não sair, mas não seria por falta de tentativa. Firmino deu nova cara ao ataque também, deu mais opção, tudo que o Brasil precisava para furar uma retranca. Se Neymar prefere aparecer para "se jogar", "desabar", Coutinho apareceu mais uma vez para decidir o jogo: depois da bela ajeitada de Gabriel Jesus, Coutinho tocou a bola por baixo das pernas de Keylor Navas que estava cheio de dor até o momento. Enfim, nessa segunda etapa, o futebol foi bom para o Brasil, claro, com os méritos de seu treinador. Mas precisam botar os miolos do "nosso craque" no lugar. Jogue bola, pare de falar e fazer teatro. Ninguém vai mais cair nessa de cara feia de dor (até mesmo porque o único que vem caindo é o próprio Neymar). Seleção brasileira é mais do que Neymar e muito maior ainda. É bom também as vezes dar mais atenção a Coutinho que já fez dois gols, a Firmino que entrou bem nas duas partidas, a Gabriel que deu uma boa assistência, ao Marcelo que jogou bem, Fagner que entrou bem também. Tem que parar de "passar pano" para Neymar em tudo quanto é lance de jogo e valorizar o conjunto que trabalhou bem.

Que o Brasil repita o bom futebol da segunda etapa durante os 90 minutos diante do valente time da Sérvia. Para se classificar, basta um empate chegando a 5 pontos. Mas claro, se tratando de Brasil, é esperada uma vitória e com uma atuação mais do que decente. E que o "nosso craque" caia no mundo real do futebol e jogue em pró do time.
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Leonardo Paioli Carrazza

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