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Salve pessoal, hoje o assunto aqui nos Jovens Cronistas é Copa do Mundo 2018. Você que já deve estar preparando a "agenda dos churrascos e da cerveja", é bom ficar de olho no Grupo E. Por quê? Porque é nada mais, nada menos do que o grupo da seleção mais vitoriosa do planeta da bola, a seleção brasileira! Deixando de lado este início entusiasmado, empolgado e eufórico, agora será avaliado cada time presente no Grupo E. Brasil é o favorito? Quem pode complicar? Se der a famosa "zebra", quem será? Acompanhem o Grupo E e suas respectivas seleções: Brasil, Suíça, Costa Rica e Sérvia.

Brasil

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Acabada a Copa de 2014, a seleção brasileira era uma verdadeira incógnita. Como reagiria depois da sonora goleada em casa, na semifinal? Trouxeram de volta o treinador Dunga, mas o resultado foi uma posição delicada nas eliminatórias. Então, a CBF recorreu ao treinador Adenor Leonardo Bacchi (Tite) para "salvar" a seleção. E não é que o homem deu jeito mesmo? Um time organizado em campo. O trio da foto: Philippe Coutinho, Neymar e Gabriel Jesus começou a arrebentar jogo a jogo nas eliminatórias.

Tirando esse trio da frente, os méritos também vão para o meio de campo com Paulinho e Renato Augusto, dois jogadores de extrema confiança do treinador e que desempenham um bom papel de marcação na defesa e aparição como elemento surpresa no ataque. A defesa passou a ser mais sólida e efetiva, tendo em vista a pouca quantidade de gols sofridos pela seleção brasileira. Tite assumiu a seleção perigando para não classificar e a classificou com sobras e bom futebol.

Analisando o time em si é possível colocar como uma das favoritas à conquista do Mundial. Não só pela tradição, mas sim pelo que vem jogando - esquecendo números e sim o que é visto dentro de campo. Um time dinâmico. Tem suas dificuldades em furar retrancas, mas quando consegue, dificilmente deixa a vitória escapar, devido à mortalidade nos contragolpes. A princípio os jogos da Seleção Brasileira serão de poucas chances de gol, portanto, a precisão e o dinamismo da equipe precisam estar em dia. Uma vez a porteira aberta, a partida tende a ser mais fácil para o lado canarinho.

Suíça

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O primeiro duelo da seleção brasileira será perante os suíços. Há quem pense que o jogo pode ser fácil tendo em vista que a seleção vermelha passou pela repescagem europeia devido a um gol irregular perante a Irlanda do Norte. Mas, amigo, se você pensa assim, está enganado. Quando o assunto é Copa do Mundo, os suíços não costumam chegar longe, mas deixam alguns estragos em seus adversários.

Para refrescar a memória, voltamos ao ano de 2006 em que a seleção foi eliminada pela Ucrânia nas oitavas de final, nas penalidades. Isto é, somando os jogos em tempo normal e prorrogação, a equipe da Suíça foi eliminada de forma invicta e sem tomar gols, já que o empate ante os ucranianos foi pelo placar de 0x0. Na Copa de 2010, eles venceram nada mais nada menos do que a seleção campeã do torneio, a Espanha, por 1x0. Em 2014 pararam nas oitavas de final diante da Argentina com gol na prorrogação de Di María. 

Como podem ver, placares largos são difíceis de ocorrer em confrontos diante da Suíça. Sistema defensivo forte é o principal adversário e a principal dificuldade da seleção brasileira. Nomes como Lichsteiner (defensor da Juventus-ITA), Xhaka ( meio campista do Arsenal-ING), Shaquiri (meio campista do Stoke City-ING) fornecem solidez na defesa e qualidade na saída de bola. Olho em Embolo (atacante do Schalke 04-ALE) com sua velocidade e no atacante Seferovic, do Benfica-POR. Suíça pode complicar e muito a vida do Brasil com sua defesa e saída para os contragolpes. Mas, caso saia em adversidade no placar, não passa a ser tão temida pela canarinho. Portanto, tem que abrir o olho para não se complicar. 

Costa Rica

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Adversária do Brasil na fase de grupos na campanha do Penta em 2002, a Costa Rica caiu novamente no grupo da amarelinha. Uma incógnita para falar a verdade. Em 2014, foi admitida como "morta" por ter caído em um grupo com Itália, Inglaterra e Uruguai, mas passaram em primeiro, sendo parados apenas nas quartas de final, nas penalidades diante da Holanda. Uma campanha histórica, que rendeu aos costarriquenhos a simpatia do brasileiro em 2014.

Por mais que tenha adquirido uma categoria de "seleção simpática" para muitos, a Costa Rica não deve ir muito longe. Possui algumas qualidades individuais, como por exemplo o goleiro Keylor Navas, jogador do Real Madrid, contratado justamente pela campanha histórica e de destaque do goleiro em 2014. A maioria de seus jogadores atua em times da América, sendo poucos que atuam na (potência) Europa. De destaque vai para Bryan Ruiz, meia do Sporting-POR e o atacante Campbell do Real Betis-ESP.

A Costa Rica vai tentar a sorte na primeira partida, a famigerada largada, diante da Sérvia. O time não é forte fisicamente, joga até certo ponto solto, com velocidade, mas a qualidade dos atletas pode pesar contra. Para passar de fase deverão contar com um Navas extremamente inspirado, além de uma precisão extrema de seus homens de frente (principalmente os dois citados no parágrafo anterior). Em resumo, passar da fase de grupos para a Costa Rica já deve ser tratado como um belo feito. Repetir ou melhorar 2014, só com uma zebra gigantesca.

Sérvia

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É mais uma seleção que pode complicar o grupo. Como país Sérvia, não tem uma grande tradição no futebol, mas na época de Iugoslávia fez bastante estrago. Para quem não sabe, a Sérvia se classificou ao Mundial 2018 diretamente pela fase de grupos das eliminatórias europeias, isto é, sem repescagem. Não tinha nenhuma seleção gigante no grupo, mas os sérvios não tinham nada que ver com este fato e carimbaram sua vaga.

Ausente da Copa de 2014, os sérvios possuem como forte a marcação e também a estatura. A média de altura da equipe é de 1,87m, ou seja, devem explorar muito o jogo aéreo. Além de estatura e marcação, a seleção possui jogadores rodados e com certa qualidade. Kolarov e Ivanovic, defensores de Roma-ITA e Zenit-RUS (com passagem excelente pelo Chelsea-ING), respectivamente são bons na marcação e aparecem bem nas jogadas ofensivas. No meio de campo, Matic e Savic, de Manchester United-ING e Lazio-ITA, respectivamente são os responsáveis pela condução da bola no meio de campo. O setor de ataque é onde a seleção possui menos jogadores rodados, sem grandes destaques. Mas vai uma ressalva a dois jovens: Mitrovic (Fulham/Newcastle-ING) e Jovic (Eintracht Frankfurt-ALE), com 23 e 20 anos, respectivamente. 

Um time com experiência na defesa e armação combinado com juventude no ataque pode funcionar. Por que não? A Sérvia pode definir o rumo da seleção brasileira na Copa 2018, pois é o último confronto. Mais uma equipe com marcação forte e sólida para complicar a vida canarinho, além de ser perigosa no jogo aéreo. Pode não ter aquela tradição no futebol, mas apresenta sim perigo aos demais adversários do grupo.

Considerações

A Seleção Brasileira é realmente a favorita a passar em primeiro. Mas se engana quem pensa que será "com um pé nas costas". Conforme mencionado nos parágrafos anteriores, há dois adversários que jogam como o Brasil não gosta de enfrentar: Suíça e Sérvia; um deles é na estreia e pode ser um divisor de águas. O outro é o terceiro adversário e pode decidir classificação ou posição dentro do grupo. Brasil que se vangloria por ser excelente nos contragolpes pode provar do próprio veneno diante dessas duas seleções.

A Costa Rica é a mais "azarona". Pode ser que se classifique? Sim, afinal, futebol (clichê) é uma caixinha de surpresas. Mas estreia contra a Sérvia que pode vencer, pois tem mais qualidade, e em seguida enfrenta o Brasil. A tendência é que seja o adversário mais tranquilo para a seleção brasileira e quem sabe para a seleção Suíça também. A qualidade dos jogadores talvez não seja das melhores para furar bloqueios.

Em resumo, o Grupo E deve ser finalizado com Brasil em primeiro, Suíça em segundo, Sérvia em terceiro e Costa Rica em quarto. No segundo lugar, pode ser que a Sérvia se classifique mesmo com o favoritismo da Suíça. A tendência é que o Brasil passe realmente em primeiro lugar, mas longe de serem jogos fáceis.
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Leonardo Paioli Carrazza

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