Olá amigos, os dois jogos desta manhã/tarde foram marcados por resultados inesperados, mas que mostraram a força das zebras do Grupo H da Copa de 2018
Antes
de o jogo começar o destaque ficou marcado pela emoção de Radamel Falcão Garcia que finalmente disputa sua primeira partida em copa
do mundo depois de 5 anos terríveis sofrendo de lesões que quase o tiraram do
futebol.
O
primeiro tempo foi de surpresa, o time colombiano tentou sair pressionando os
japoneses nos primeiros lances da partida, e com 3 minutos de jogo após a
roubada de bola Osako ganhou a
dividida contra Murillo e saiu mano
a mano com Ospina, o goleiro fez um
verdadeiro milagre, mas na sobra Kagawa
livre chutou e Carlos Sánchez se
jogou em atitude de desespero com a mão na bola dentro da área...
Uma ótima defesa, pena você não ser goleiro! Seu cabeção aproveita e leva esse cartão vermelho aqui... |
Pênalti
que o experiente Kagawa cobrou com extrema maestria no centro do gol deslocando
o goleiro, festa dos Samurais azuis que vinham
pressionados por um bom desempenho nessa Copa do Mundo.
A Colômbia se desorganizou, recuando o meia
armador Quintero, que era o homem
mais lucido em campo, para a função do volante expulso, mesmo com a vantagem os
asiáticos preferiram segurar e administrar o jogo.
"Quintero Gaúcho", autor do gol colombiano |
Expectativa, tensão dominaram o clima do estádio já que o principal batedor James Rodríguez não estava em campo, Quintero assumiu a responsabilidade e no melhor estilo Ronaldinho Gaúcho mandou por debaixo da barreira e marcou um golaço encerrando o primeiro tempo.
As
esperanças colombianas se renovaram para a segunda etapa, mas logo o jogo mudou
os nipônicos começaram a pressionar, criar jogadas ofensivas que levaram enorme
perigo ao gol dos sul-americanos, eis que surge um escanteio Kagawa na cobrança perfeita para Osako fazer seu papel de centroavante,
subiu mais alto que as torres colombianas Sánchez
e Murillo e acertou uma bela cabeçada colocando os
japoneses novamente na frente.
Vendo
o jogo se tornar dramático o técnico Pekerman
tentou fazer o que estava ao seu alcance tático, promoveu a entrada de James
Rodríguez que fez partida apagada muito por sua condição física que não era a
das melhores, a derrota por 2 x 1 do time colombiano pode ser
creditada a expulsão precoce do volante Carlos Sánchez, tudo bem que foi uma
atitude de desespero, mas não era necessária mesmo que o gol acontecesse a
seleção colombiana tinha chance de virar o jogo de maneira tranquila devido sua
superioridade técnica, fica o alerta aos cafeteiros que tem condições totais
de se classificar mas para isso exige uma atenção constante durante o jogo para
evitar que erros assim aconteçam novamente.
A zebra parte 2
Na outra partida o jogo começou morno, os dois times se
conhecendo buscando as melhores formas de sair para as jogadas ofensivas, a Polônia nos primeiros minutos manteve o ritmo
baixo, manteve a posse de bola mas era pouca incisiva na defesa de Senegal.
A seleção africana por sua vez começou a gostar do jogo e acelerar o ritmo depois
dos primeiros 20 minutos, criou mais oportunidades mas propiciou a primeira e
única finalização do craque Lewandowski
que passou ao lado do gol.
Surpreendida pela imposição física, os Polacos acabaram saindo
em desvantagem no placar aos 37 minutos, jogada de Niang no meio campo que ganhou de Piszczek, tabelou com o Mané
na entrada da área e o craque do Liverpool achou Gueye livre que encheu o pé a bola desviou em Thiago Cionek, matando o goleiro Szczesny da jogada.
O primeiro tempo terminou com o time polonês perdido e a
seleção africana atacando e colocando mais pressão no jogo criando diversas
chances de gol, vale destacar o posicionamento defensivo que anulou Lewandowski
no ataque dos europeus.
O segundo tempo começou movimentado, os polacos buscaram mais o
ataque criaram inúmeras chances do empate, porém todas finalizadas sem
qualidade ou direção mostrando a maior fragilidade desse time que depende muito
de seu artilheiro para marcar gols.
Quando o empate aparentava
ser eminente um recuo errado de bola em direção a Szczesny colocou nos pés de Niang a oportunidade de fazer historia
e dar aos africanos a primeira vitória na competição, e foi o que aconteceu
saiu Szczesny atrapalhado (bem ao seu estilo sendo sincero)
tomou o corte do atacante que ficou com o gol livre para ampliar o marcador aos
15 minutos da etapa final e conseguir a liderança do grupo.
Nos minutos finais houve um recuo do time senegalês que controlava o jogo com a posse de bola e
numa falta boba na intermediaria o time polonês diminuiu a desvantagem,
cruzamento preciso para Krychowiak
executar uma cabeçada precisa para o
fundo dos gol, mas já era tarde para mudar o resultado e mais uma “zebra”
aconteceu nesta Copa do Mundo .
Ficou evidente que a seleção polonesa é a mais fraca das europeias, que depende
extremamente do talento de Lewandowski,
mas isso é pouco para quem pretende avançar para a próxima fase visto que as
equipes sabem disso e criam sistemas para anular a movimentação e a
oportunidade de cruzamentos para o atacante.
Por parte africana o destaque ficou pela partida tática feita
por Mané, chamando a atenção dos
zagueiros adversários forçando erros ou abrindo espaços para seus companheiros
atacarem os espaços livres, como na jogada do segundo gol feito por Niang.
Parabenizo as seleções Japonesa e Senegalesa pela a forma
com que jogaram hoje, sabiam de suas limitações, mas não tiveram medo de
enfrentar as demais equipes, foram felizes nas suas jogadas que aproveitavam as
características físicas de seus jogadores e principalmente os sistemas de
marcação que anularam os adversários, e mostraram principalmente que Copa do
Mundo é um evento magico que propicia superações, lembro principalmente da
seleção japonesa que tem sido criticada e cotada como “azarona” ( inclusive
pela a analise inicial que fiz deste grupo), mas o grupo conseguiu provar seu
valor e dar passos importantes para continuar vivo na competição.
Imagens: AFP, AP, FIFA.COM
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