Globoesporte.globo.com

Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória do Palmeiras de virada ante o São Paulo pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. O resultado final foi de 3x1, mas o jogo em si foi muito complicado. Ainda assim, o time parece não passar aquela confiança para a torcida, mas, pela primeira vez em 2018, o Palmeiras virou um resultado contra um time de Série A. O que deu certo? Veremos!

Palmeiras foi a campo com Jailson, Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Felipe Melo, Bruno Henrique, Moisés, Dudu, Keno e Willian. Mas quem começou melhor foi a equipe de três cores em cabeçada de Diego Souza. Palmeiras então tentava chegar, mas não conseguia chegar à meta defendida pelo goleiro Sidão. O São Paulo então se lançou ao ataque e conseguiu o gol de abertura do marcador quando Edu Dracena recuou mal a bola para Jailson e Marcos Guilherme estava lá para atrapalhar o arqueiro palmeirense; não encostou na bola, mas foi o suficiente para contribuir com a jogada e o São Paulo sair na frente. Depois do gol, o Palmeiras simplesmente apagou em campo, rezando para que a primeira etapa terminasse e o São Paulo chegou novamente, mas não aproveitou. 

Na segunda etapa, o Palmeiras voltou explorando um pouco mais os lados do campo. As tentativas se resumiam basicamente a cruzamentos na área. Mas em bobeada da zaga tricolor, Willian aproveitou para empatar o jogo; por mais que reclamem de um toque de Dudu, o mesmo estava em posição legal, portanto, este gol do Palmeiras (de empate) foi legal. Se na primeira etapa o Palmeiras sentiu o gol que sofreu, na segunda etapa, o mesmo pode-se dizer do São Paulo. Roger ainda mexeu no time, colocou Hyoran no lugar de um Keno apático e o Palmeiras melhorou. Tanto que chegou a fazer o gol da virada; Willian, em posição irregular, chutou alto, sem chances para Sidão. Mais um contra ataque alviverde; Hyoran arrancou pela direita e cruzou para Dudu testar para o fundo das redes tricolores o terceiro gol do verdão, gol que terminaria com qualquer chance de reação do São Paulo. Ainda deu tempo de Roger sacar Diogo Barbosa para entrada de Victor Luis e Moisés para a entrada de Thiago Santos. Mas o placar ficou mantido nesse 3x1 e um breve "respiro" para Roger e o time do Palmeiras.

Resultado veio quando necessário. Atuação não foi das melhores, mas o resultado sim foi bom. Roger Machado foi alvo de críticas aqui, mas hoje leu bem o que acontecia na partida; Keno estava muito apagado e o Hyoran entrou. A cara que o time assumiu a partir desta substituição foi outra. Muito mais criativo, dinâmico, oferecendo perigos ao São Paulo que mal havia corrido riscos na primeira etapa. De positivo já foi o time começar sem o Lucas Lima; Moisés mesmo com suas limitações físicas mostra mais comprometimento que o atual camisa 20 (lembrando, respeitando seus problemas familiares, mas Roger agiu certo em não deixar Lima de titular). Ponto fraco vai para Edu Dracena. Queimando a língua de Cronista, foi defendido como capitão, mas falhou geral no gol e por pouco não comprometeu o restante da partida. Foi mal por um lado, mas é nítido que a defesa do verdão é aquém do restante dos setores do time.

Volta a ser dito aqui: oportunidades precisam ser dadas ou mantidas para quem pede passagem. Legal uma virada contra um bom time em 2018, algo que não havia acontecido. Mas próxima rodada é contra o Grêmio no sul e não há mais espaços para falhas. Está na hora de acertar o time do começo ao fim, sem precisar "mexer certo".

Emocional: resolvido ou não?

Globoesporte.globo.com
Palestrinos, o assunto agora é fora das quatro linhas (mais uma vez). Em 2018, o Palmeiras não havia buscado um empate sequer, tirando o jogo contra o América-MG e a virada ante o Red Bull Brasil pelo Paulistão. Mas o que acontece é que contra time dos chamados grandes, foi a primeira vez no ano em que a equipe saiu atrás do marcador e conseguiu buscar o empate e também a virada. Será que o tal do problema "emocional" foi resolvido?

Vejam, o Palmeiras veio para a partida em uma panela de pressão - muito em conta pelo futebol meia boca que vem sendo apresentado - e foi refletido na primeira etapa. Palmeiras não conseguia criar jogadas, mal chutou a gol e o pior; time parece muito inseguro antes de tentar ou arriscar uma jogada, já que a melhor opção é sempre tocar para o lado ou para trás. Resultado, time nervoso, torcida impaciente e ainda com o gol saindo contra, a tendência era piorar.

Mas nada melhor do que um gol. O empate veio, seguido de uma mudança certa na equipe que pareceu que manteve a confiança em alta. Desde então, o Palmeiras passou a atacar sem medo e o São Paulo, tendo em vista também os últimos retrospectos em clássicos como visitante, começou a se acuar. Logo, tomou dois gols em seguida, mostrando também certa fragilidade emocional. Palmeiras soube aproveitar melhor esse fator também.

Mas não é de hoje que o Palmeiras vem "sofrendo" com os gols tomados. Já na partida diante do América-MG em Minas Gerais, assim que o alviverde tomou o gol, sentiu. Nos dérbis então nem se fala. Mas hoje, um caminho foi mostrado. Roger precisa dar continuidade a quem tem mostrado dedicação e confiança: Moisés, Hyoran, Willian (porque este vem sendo titular apenas porque o Borja está na seleção, na concepção de Roger). Precisa parar de voltar na "mesmice" e manter o que tem dado certo DENTRO do campo. Assim, o time como um todo passará a ganhar mais confiança e ser menos "emotivo".

Compartilhe:

Leonardo Paioli Carrazza

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours