Ag.Estado 
Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir o empate diante do Ceará em jogo realizado na Arena Castelão, neste domingo (10), em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro de futebol. Com todo respeito que a instituição Ceará merece, mas o Palmeiras esteve na frente do placar com dois gols de diferença, abdicou de atacar e foi castigado com o gol de empate por parte do alvinegro cearense. Vamos ao jogo.

Palmeiras foi a campo com Jailson, Marcos Rocha, Edu Dracena, Thiago Martins, Victor Luís, Thiago Santos, Jean, Lucas Lima, Hyoran, Dudu e Willian. O Ceará jogava em casa, mas quem deu as caras primeiro foi o verdão logo no começo do jogo. Cobrança de escanteio de Dudu e Thiago Santos apareceu livre para fazer 1x0. O Ceará tentou esboçar um abafa na saída de bola do Palmeiras, mas deixou espaços. Em um dos contragolpes, Willian tocou para Hyoran que rolou para Dudu sozinho com o gol fazer o 2x0. Foi então que o Palmeiras começou a relaxar. Samuel Xavier avançou pela direita cruzou a bola que foi parar em Felipe Azevedo para descontar para o Ceará. Marcos Rocha pelo visto estava marcando as dunas de Fortaleza, pois não fez nada a não ser assistir o cearense fazer o gol em posição legal.

Veio a segunda etapa e também uma certa aflição. Palmeiras teve a bola por várias vezes para o contra ataque e não tentava articular. Ceará com todas suas limitações tentava na força, na raça, na vontade aparecer e assustar o Palmeiras. Conseguiu em um chute de fora da área de Pio (principal qualidade do jogador), mas o que marcou a segunda etapa foram os machucados. Eder Luís sentiu cãibra tão forte que precisou sair. Victor Luís chegou a ficar "nocauteado" por um tempo, mas se recuperou. Moisés, que entrou no lugar de Lucas Lima, teve sua cabeça rasgada em lance involuntário de Pio. Falando de futebol, Roger mexeu como pôde. Colocou Arthur no lugar de Dudu e Mayke no lugar de Hyoran, ambos exaustos. Arthur tentou algumas jogadas de efeito, mas estava sempre escorregando. Mayke jogando fora de função foi bem abaixo. Mas falando em defeitos, aos 41 minutos do segundo tempo, Thiago Martins tomou um giro incompreensível e Jailson demorou anos para sair do gol em bola que Helton conseguiu completar para o fundo das redes. Foi o gol de empate da equipe que mais se esforçou contra a equipe que abdicou de jogar. Acabou jogando sim, dois pontos na lata de lixo.

Palmeiras começou sendo bem efetivo. Parecia que a equipe estaria novamente com aquela precisão no contra ataque. Claro que o time iria sentir as ausências de Felipe Melo e Bruno Henrique, mas isso não pode ser usado como escudo ou desculpa por ter saído na frente do lanterna do campeonato e ter tomado o empate após abrir dois gols de diferença. Dois ataques e dois gols, mas a partir deste momento a equipe parou de jogar. Não havia mais jogada na frente do ataque a não ser cavadinhas inúteis por parte do Lucas Lima que, para falar a verdade, vem esgotando a paciência do torcedor do Palmeiras. Jailson foi mal nos dois gols também, no primeiro nem tanto, mas no segundo parece que saiu do gol após um churrasco e umas 10 latas de cerveja. Sai e se joga na frente do atacante, cazzo! Fecha a porcaria do ângulo! Toda bola cruzada que atravessava a zaga do Palmeiras era um sufoco danado. Não pode mais abdicar de atacar como foi hoje.

Incrível como o Palmeiras consegue algumas façanhas. Partidaça diante do Grêmio fora de casa e uma partideca diante do Ceará. Alvinegro que foi recompensado pelo esforço e, pelo que vi do time no campeonato, jogou seu máximo. Limitado, mas jogou seu máximo, tanto que saiu aplaudido pela torcida na Arena Castelão. Já o Palmeiras voltou a praticar o famoso futebol mequetrefe. Será que voltou aquela mentalidade de "já ganhou"? De que vão resolver o jogo a qualquer momento? Cadê aquela fibra mostrada na TV Palmeiras que mostra os jogadores "não vamos deixar (o adversário) sair na frente para a gente reagir"? Não adianta. Esse time não passa confiança para algo grande no ano. Culpa do Roger? Não. Mas sim de um time com mentalidade limitada.
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Leonardo Paioli Carrazza

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