Amigos e amantes da velocidade! Nosso projeto está de volta na cobertura da F1 após problemas nas últimas corridas. Não é nossa intenção deixar de cobrir a maior categoria do automobilismo, ao contrário, nossa intenção é até ampliar a atual cobertura para outras categorias. E voltamos em uma corrida chave para que se estabeleça uma briga alucinante (ainda que as corridas não sejam exatamente assim avaliadas) pelo título, no Canadá, o ferrarista Vettel dominou de ponta a ponta uma prova que teve as emoções reservadas a largada e retoma a ponta na classificação por um ponto.


Como inicialmente dito, as emoções da prova foram concentradas na largada, com Vettel e Bottas mantendo-se nas duas primeiras posições, mas tendo de se defender de um agressivo Max Verstappen, que foi pra cima e quase conseguiu a segunda posição, bem defendida pelo finlandês da Mercedes, e Raikkonen foi superado por Ricciardo. Mais atrás, tocado por Vandoorne, o piloto da casa Stroll perdeu a direção de seu carro após ter o pneu furado e se chocou violentamente contra Hartley. 

O incidente, onde á princípio não se tinha a informação do pneu furado e claro, fez com que Stroll fosse achovalhado de críticas nas redes sociais, gerou quatro voltas de safety car na pista. Após a saída do carro de segurança Vettel começou a passear, estabelecendo rapidamente boa vantagem sobre Bottas, Hamilton por sua vez não incomodou o menino Max e logo reclamou dos pneus, meio que prevendo sua condição de coadjuvante na prova.

Verstappen e Hamilton entraram ao mesmo tempo para o pit, o que facilitou a vida do holandês na manutenção de sua posição a frente. O atual campeão ainda perdeu tempo na saída dos boxes, o que possibilitou lá na frente o retorno de Ricciardo a sua frente após o pit, corrida se configurou desastrosa para o número 1 da Mercedes.

Mas e Alonso? Novamente teve problemas no carro e abandonou, aliás, o piloto tem assistido sistematicamente a Toro Rosso ter um desempenho melhor com o motor Honda, que a própria McLaren com a aposta furada em ser a terceira ou quarta opção da Renault, o que mostra que o carro é um problema sério e que apesar de lentamente, a Honda está evoluindo em seu retorno a categoria. E o mais "surpreendente" é que especula-se que possa ser refeito o triangulo "amoroso" entre Alonso, MacLaren e Honda, mas em outra categoria na próxima temporada, a Indy, vejamos se isso sai do campo da especulação e vem para a realidade, seria no meu entender sim, interessante.

Tivemos a ameaça de um esquentar da corrida no fim, Vettel praticamente não foi ameaçado, foi uma corrida onde em um carro, o número 5, a Ferrari se mostrou superior (nesta pista, repito) com sobras ao carro da Mercedes, quando forçado ao máximo, Bottas errou. Um pouco atrás, Hamilton tentava diminuir a distância em relação a Ricciardo, que controlou bem e na volta final ainda cravou o melhor tempo, na tranquila vitória de Vettel, que ainda não tem coragem de repetir o gesto de Schumacher e reger o hino italiano (o que seria muito legal). O alemão retoma com isso a ponta, chega a 50 vitórias tornando-se o quarto a mais vencer provas na categoria com 50 e avistando o terceiro posto, estando apenas a uma vitória de Alain Prost.


Vejam, muitos disseram que eu estava maluco quando no começo da temporada dizia que a Ferrari parecia vir mais forte que nas temporadas anteriores e a Mercedes talvez sentisse um diminuir de sua abissal até então diferença, inclusive em relação a Red Bull (alô Globo, o nome do time é este). Talvez eu não seja tão sem visão assim, pois é isto que vemos hoje. Evidente que há pistas em que um time é amplamente superior ao outro, como foi o caso deste onde a Ferrari (ou uma delas) deitou sobre a Mercedes, ao menos no que tange o desempenho de corrida, mas este equilíbrio deve ser visto até o final e deve ser o grande ingrediente desta temporada.

Por outro lado, se a briga nos números é excitante, o nível das corridas precisa melhorar. A estratégia de oferecer um maior número de tipos diferentes de pneus, que á princípio tinha a intenção de fazer com que houvesse a possibilidade de um maior número de trocas e com isso quebrar um pouco a decisão de provas na pura estratégia, acabou sucumbindo a própria estratégia, ou a falta dela. As equipes seguem definindo a estratégia que lhes parece colocar no mais alto posto possível e o composto de pneus pouco importa, é feita uma parada e o restante da prova ficam arrastando o pneu, o que afeta a competitividade, a qualidade do espetáculo.

Chega a ser irritante, parece que em nenhum momento das corridas vemos os carros darem o máximo possível, este é o lado ruim desta categoria especificamente, enquanto em outras, na própria Indy vemos a estratégia buscar o desempenho máximo do carro no final das provas (menos quando é necessária a economia de combustível no fim, em situações extremas) já na fórmula 1 tem sido sempre isso, os carros terminam a prova com os pneus em frangalhos, ás vezes dá emoção sim, quando a pista tem muitos pontos de ultrapassagem e quando os carros reagem de forma muito distinta a pista, mas muitas vezes, terminam dessa forma, frustrante, a continuar assim que se volte ao antigo esquema, duro e macio, ao menos é mais fácil para o espectador médio.


Porém, com a luta pelo título totalmente em aberto e uma disputa também apertadíssima entre Bottas e Ricciardo pelo terceiro posto, ambos estão hoje separados por dois pontos apenas, que tenhamos provas melhores na sequência.


Classificação da Prova






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Imagens: Reuters e FOM. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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