(Ricardo Rímoli/Futura Press)

Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória alviverde ante o Grêmio em Porto Alegre pelo placar de 2x0, em jogo válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. Um jogo que era e foi muito difícil para o Verdão que não se intimidou, chegando a fazer inclusive a melhor atuação do ano. Roger manteve o time que "vinha dando certo" e correspondeu. Na raça, na pegada e na qualidade, o verdão se saiu melhor no Sul. Vamos ao jogo.

Palmeiras foi a campo com Jailson, Marcos Rocha, Luan, Thiago Martins, Victor Luís, Felipe Melo, Bruno Henrique, Moisés, Dudu, Hyoran e Willian. Não dá para resumir o primeiro tempo em muitas palavras porque foram várias chances para as duas equipes, mas o Palmeiras esteve mais próximo do gol de abertura do placar. Quem procurava jogo era Dudu pela ponta esquerda, aparecendo por dentro ou pelo meio algumas vezes, causou uma certa discordância na defesa do Grêmio. Mas a melhor chance alviverde foi dos pés de Willian que recebeu a bola, ajeitou e chutou para dar aquela carimbada no travessão. Palmeiras melhor no começo e meio da primeira etapa, mas teve ataque do Grêmio também. O tricolor gaúcho levou muitos perigos em chutes de fora da área, principalmente executados por Luan. Outros, era Maicon quem executou, mas Jailson se manteve seguro, firme para garantir o "0" no lado verde do Palmeiras.

Na segunda etapa, o Grêmio foi mais ao ataque em relação à primeira etapa. Aos poucos, a equipe gaúcha começou a acuar o Palmeiras em seu campo defensivo. O tricolor gaúcho chegou assustando de vez a equipe do Palmeiras em bola cruzada por Arthur que desviou no travessão, na trave inferior, mas sobrou para Victor Luís afastá-la de vez. Palmeiras então deu uma boa chegada com Bruno Henrique que hesitou em chutar; dominou a bola, mas poderia ter arrematado de primeira. Hyoran também foi antecipado por Cortez praticamente embaixo da trave. Mas aos 21 minutos, não teve jeito para o Grêmio. Jogada entre Dudu e Willian que terminou com o "bigode" na cara de Marcelo Grohe para fazer 1x0. Grêmio em seguida se lançou ao ataque buscando o gol da igualdade, mas se resumia basicamente a arremates de fora da área que Jailson pegava com certa tranquilidade. Roger promoveu alterações no Palmeiras; Thiago Santos substituiu Felipe Melo para fazer a função de marcador (e o fez bem). Jean entrou no lugar de Moisés e com isso Hyoran ficou encarregado da armação. Lucas Lima entrou no lugar de Bruno Henrique, deslocando Jean para segundo volante e Hyoran novamente para a ponta direita. O golpe final nos tricolores veio em bola lançada para Willian; em posição irregular, mas o desvio em Leonardo (do Grêmio) tirou a condição de impedimento. Ele apenas avançou e com muita categoria matou o jogo para o verdão. 2x0. Vitória MAIÚSCULA.

Time muito bem no geral. Vale mais a pena falar da atuação em si do que do resultado. Grêmio é conhecido por ser um time pelejador em sua casa. E foi. Mas, ao contrário de muitas partidas no ano, o Palmeiras igualou essa força e determinação gremista. Muita movimentação, marcação firme do lado verde, além de ataques precisos que resultaram na vitória. Mesmo se a vitória não viesse, a atuação tinha que ser lembrada, pois foi muito boa. Defesa do Palmeiras tem suas limitações, mas diante do Grêmio praticamente obrigou o tricolor a finalizar de fora da área durante o jogo todo. Meio de campo foi muito bem com Felipe Melo fazendo a marcação, Bruno cobrindo quando o camisa 30 não tinha condição e Moisés bem também carregando a bola. Dudu, deixou as birras, chiliques, socos na grama, etc., de lado e jogou bola; chamou jogo pelo seu lado de campo, se movimentou muito, inclusive ajudou Willian a aparecer com isso. Do outro lado, Hyoran pedindo passagem já aproveitou e muito a oportunidade de titular em uma partida de grande porte. Vale um elogio também à marcação nas laterais, principalmente do lado do Victor Luís. Bloqueou praticamente tudo que vinha pelo seu lado de campo.

Agora tem que ser elogiada também a postura do treinador Roger Machado. No caso, foi a famosa "lei do ex" para o tricolor gaúcho, enfrentando o treinador que contribuiu e muito para a boa fase pela qual a equipe do sul vem passando. Roger não inventou moda. Escalou quem vinha melhor, mexeu adequadamente sem prejudicar nenhum setor do campo. As mexidas foram pensadas também no sentido de por mais que o time tivesse meninos da base no banco, seria um pouco na "fogueira" jogar essa partida. Mexeu optando pela experiência, está de parabéns Roger Machado. Falando em meninos da base, vale a menção honrosa ao pessoal do Sub 17 que ganhou o Mundial de Clubes da categoria e promete ser uma boa geração de futuros palestrinos.

 Próximo jogo do Palmeiras é contra o Ceará que vem sedento para sua primeira vitória no Brasileirão. Manter a postura e a pegada. Assim confirmaremos o nosso favoritismo contra os cearenses. 


As melhoras: de Dudu e do setor ofensivo

Torcedores.com
Agora, palestrinos, o assunto é nosso ex-capitão. Alvo de muitas críticas no Papo de Torcedor, também por parte da torcida do verdão (merecidas, por sinal), Dudu melhorou bem sua participação nos jogos desde a derrota ante o Cruzeiro. Foram duas partidas: uma contra o São Paulo e outra contra o Grêmio. Por mais que sejam apenas duas partidas, tem que reconhecer a melhora dele como um todo, mas o que será que aconteceu para essa mudança?

Muito foi falado de que Dudu não estaria indo "com a cara" de Roger, mas essa tese não foi confirmada nas partidas seguintes à derrota diante do Cruzeiro. Um outro fator foi ter "perdido" a faixa de capitão. Deu certo na época do Cuca em 2016, mas dali em diante, não. O camisa 7 parecia sentir um peso a mais pela capitania, pela liderança, etc. e precisava focar apenas em jogar futebol. Tanto que o atacante palmeirense parece ter reencontrado seu espaço na ponta esquerda do time, ficado mais quieto e chamado jogo. Contudo, durante os 90 minutos, dentro do campo, acontece algo a mais que facilita o Dudu a aparecer.

Quando o Palmeiras jogava com Lucas Lima e também Borja no ataque, Dudu era o único responsável pela movimentação ofensiva. O colombiano, para falar a verdade até ajudava, mas o Lima, não. Roger deve ter visto que com Moisés em campo (mesmo com suas limitações) o camisa 7 do verdão aparece mais para o jogo. Para ir além, com Hyoran jogando pela ponta, vindo por dentro, tira um pouco do "peso" da criação do Dudu. Willian, na frente, também oferece melhor movimentação na zaga adversária e o foco passa a ser os três homens de frente do verdão e não apenas o camisa 7. 

Na verdade o que foi falado acima acabou resultando na melhora do Dudu. Mas a entrada do Hyoran (pedida há tempos aqui), Moisés e William fizeram com que a parte ofensiva do Palmeiras melhorasse como um todo mesmo. Agora o Roger viu na prática o que vinha sendo pedido aqui no Papo de torcedor. Portanto, mantenha, Roger!

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Leonardo Paioli Carrazza

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