Amigos e Nação Corinthiana! Estamos juntos novamente, hoje para falar do grande clássico na Arena Corinthians ante o Santos, onde mesmo com frio de 16 graus e o horário pornográfico (em todos os sentidos) das 21h, o torcedor compareceu em peso para apoiar o time, viu sim uma evolução em relação as partidas anteriores sob o comando de Loss, mas acabou se frustrando com o empate em 1 x 1. 


Finalmente vimos na etapa inicial um time perto do que queremos, que tentou propor o jogo dentro da sua casa mesmo em um clássico, um time que entrou ligado na partida, com todo mundo funcionando e exercendo a sua função. A vocação de jogo pelas pontas do time enfim foi seguida, o time atacava pela direita com Pedrinho e Rodriguinho que neste jogo enfim esteve mais ligado, porém com Mantuan um pouco preso, preocupado com a marcação sobre a estrela solitária, porém muito talentosa do Peixe, o menino Rodrygo, grande nome do adversário na partida. Já pela esquerda, o time atacava com o abusado Romero, Maycon e Sidcley.

E nessa proposta a equipe controlou as ações da etapa inicial, apesar das reais chances de gol terem sido do Santos. Principalmente em uma grande defesa de Walter em finalização da joia adversária e em um gol perdido por Gabriel Barbosa embaixo do gol, que está sendo comparado ao de Deivid pelo Mengo, faltou estar ligado no jogo ao "camisa 10", aliás, falta isso a ele desde que saiu do Brasil rumo a Inter de Milão.


O gol do Timão saiu numa jogada que mostra bem as dificuldades que o técnico adversário, Jair Ventura tem encontrado com a inércia de seu time, todos tiveram liberdade Gabriel, Pedrinho que acionou Rodriguinho e no passe rasteiro da direita para Roger, o camisa 9 se antecipou a marcação para desviar pro gol.

Depois houve a reclamação de um pênalti, a bola bateu na mão do Renato sim, mas não tem como tu fazer o movimento "sem a mão", tudo é pênalti neste país. Podem criticar, mas eu não marcaria penal juiz fosse. O Santos já começava a partir pra cima quando em jogada sensacional, Pedrinho parou em grande defesa de Vanderlei. A resposta adversária veio com Rodrygo, que parou em Walter algumas vezes, mas acabou descolando um cruzamento lindo que achou nas costas de Rodriguinho o lateral Victor Ferraz que empatou a partida.

O Corinthians até tentou reagir, mas o Santos seguiu superior no jogo e perdeu chances para a virada com Bruno Henrique que após grande jogada finalizou por cima e com o próprio menino Rodrygo, que parou em Walter. Essa reação a qual me refiro morreu quando Loss por opção, tirou Pedrinho para colocar Vital, a outra mudança com Sheik em campo também não funcionou. Menos mal, apesar do grande segundo tempo adversário e o merecimento da virada, o resultado de empate foi assegurado para o Coringão. 


Vejam, vocês que já me conhecem nestes quase 5 anos em que este quadro está no Ar e inspirou (o que repito, é motivo de ORGULHO) a criação de tantos quadros em sites da grande mídia e novos projetos de blogs e sites voltados ao torcedor, sabem que eu sempre baseei o título e o conteúdo (que é o que importa, comentaristas de manchete) dos meus textos e da orientação aos companheiros que aqui colaboram, no desempenho, no que foi o jogo, o fato, a rodada coberta. Mas me vi obrigado a abrir uma exceção nesta partida, por conta da resposta de Osmar Loss dada ás 23:23 desta quarta (6) na sua coletiva pós-jogo.

Na resposta Loss disse: "Eu tirei o Pedrinho por opção, queria dar mais energia ao time". Porra meu, juro pra vocês que estava pronto para defender a opção de Loss, porque o menino ainda não está preparado para jogar 90 minutos (o que ele rechaçou na zona mista) apesar de ter saído com a língua de fora na passada rodada ante o Mengo, jogo onde parecia cansado e errou quase tudo. Não dá pra aguentar uma declaração como essa, eu particularmente adoro o Vital, vejo nele um menino de muita qualidade, mas a luz do Corinthians no jogo era o Pedrinho e não tem como pelo desempenho recente do atleta ex-Vasco, crer que ele daria "energia" ao time, ele tem centralizado demais o jogo, atuando muito junto dos volantes e tirado a profundidade do time, se era "energia" que Loss queria, ele errou e feio.

Por sorte de Loss, poucos são os torcedores que acompanham as coletivas, que se aprofundam em tentar extrair ao máximo as opções que a imprensa (sobretudo as rádios e a TV fechada) dão ao torcedor de acompanhamento do clube, pois uma frase dessa, pro torcedor que já está com raiva, "é de endoidecer gente sã", como diria o poeta.


Por outro lado, eu sou comentarista de futebol, um comentarista que assume e ama o time, mas comentarista. Não posso analisar somente uma frase e uma escolha infeliz do treinador, tenho de analisar friamente o futebol apresentado. Nesse sentido, vejo uma lenta e gradual evolução no time, o time tentou algo contra o Mengo, apesar de errar muito e neste clássico fez boa trocação com o Santos, sendo superior na etapa inicial.

No meu entender, não houve uma recuada, o Santos cresceu na etapa final por méritos próprios, com a tática "dar a bola no ÚNICO que pode resolver aqui", eu penso que essa evolução lenta e gradual faz parte do processo. Aqueles que (fingiam que) achavam que Loss é que era o gênio, Loss era quem tomava as decisões que davam certo e só o ex-técnico tomava as decisões erradas, estão caindo na realidade e fingindo que nunca disseram isso, eu ao menos sempre mantive minha coerência e seguirei mantendo, há uma pequena evolução em um trabalho, que apesar de ser uma continuidade é novo, não é a mesma coisa ser um auxiliar e comandar, há que dar tempo a Loss, mudar de técnico a cada um mês, com a incompetência diretiva que tem o clube seria uma fórmula trágica, não devemos querer isso.

O Corinthians tem de tomar a si próprio como exemplo positivo na manutenção dos treinadores e aqueles na ânsia das demissões que fazem do futebol Brasileiro um limbo comum, tem de olhar um pouco para o lado, Galo e Mengo apostaram em treinadores jovens, que perderam inicialmente e foram muito questionados, mas fazem agora grandes campanhas. A torcida do SPFC queria Aguirre fora antes mesmo de sua chegada e o time está numa posição impensada antes da bola rolar, o Palmeiras reagiu na competição mantendo Roger e o Santos começa a reagir mantendo Jair, esse é o caminho, sem continuidade de trabalho não se pode vencer. Agora, o Loss precisa começar a acordar, começar a melhorar suas decisões ao longo dos jogos, isso faz parte de um processo, que desejo que ele tenha tempo e sabedoria para executar.



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Foto: GazetaPress. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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2 comments so far,Add yours

  1. Ótimo texto, Realmente o Loss tem potencial mas tem que passar por essa fase de aperfeiçoar,pensar nas suas decisões é inicio de trabalho ainda,muitas vezes critico mas é por minha alma de torcedor, o que realmente mais do que um resultado é a evolução do time, a confiança dos jogadores, e isso vai dar resultado,não vai ser do dia pra noite que as coisas vão se acertar esse processo vai demorar, espero sinceramente que tudo se encaminhe bem para o Timão mas principalmente ao Loss.

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    1. É, é um processo né, mas em fase inicial, o cara acabou de chegar já tem gente falando em demissão, em ressuscitar técnico aposentado. Se o trabalho não se desenvolver, se as decisões erradas e o desempenho (que já melhorou nos últimos dois jogos) seguir ruim depois da parada da Copa, ai sim se pode pensar, mas mesmo assim, jogar fora toda uma filosofia que vem dando certo há uma década, eu só faria em último caso.

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