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Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória alviverde diante do Alianza Lima-PER pela penúltima rodada da fase de grupos da Libertadores 2018. Vitória importante, pois garantiu a primeira colocação do Grupo 8 e o verdão assiste "de camarote" a briga pela segunda vaga entre Junior Barranquilla-COL e Boca Juniors-ARG. Mais importante que a vitória foi a atuação convincente de "velhos" conhecidos que voltam a dar as caras nesse elenco para dar uma dorzinha de cabeça ao técnico Roger Machado. Vamos ao jogo.

Roger Machado mandou uma equipe praticamente reserva para o jogo: Jailson, Mayke, Luan, Thiago Martins, Victor Luís, Thiago Santos, Tchê Tchê, Moisés, Hyoran, Willian e Borja. Foi possível notar que a principal dificuldade do Palmeiras no começo da partida foi o desentrosamento. Contudo, a qualidade do time, superior à equipe peruana, começou a aparecer quando Willian desperdiçou chance cara a cara com o goleiro Campos. Mas o bigode se redimiu minutos mais tarde após bela trama entre Borja e Moisés que terminou com a assistência ao atacante. Mais uma bela troca de passes, Moisés serviu Hyoran que saiu na cara de Campos e não desperdiçou. O "estreante" como titular estava endiabrado, ainda cortou a zaga peruana antes de concluir no travessão o que poderia ser o terceiro gol. Borja ainda desperdiçou mais uma boa oportunidade, parando no goleiro Campos.

Na segunda etapa, o jogo começou com a cara da primeira. A primeira oportunidade foi para o Palmeiras com Willian que parou no goleiro Campos. Minutos mais tarde a partida praticamente morreu; interceptada de bola na grande área por Mayke que só rolou para Borja empurrar para as redes escancaradas em sua frente. A equipe peruana até que batalhou em campo e conseguiu um gol em um pênalti que o árbitro assinalou de Thiago Martins - um pouco forçado, mas já foi falado aqui que o Martins precisa largar a mão das camisas dos adversários porque uma hora o juiz pode marcar. Cruzado bateu honrando o nome (cruzado) e converteu a penalidade. Mas o Palmeiras esteve mais perto do quarto gol do que de tomar sufoco; Borja perdeu mais um gol cara a cara, Moisés por pouco não marcou e Deyverson que entrou no lugar do colombiano por pouco não aproveitou um cruzamento de Hyoran.

Palmeiras bem na partida. Velhos conhecidos como Moisés e Tchê Tchê foram bem no meio campo, o time estava bem mais leve do que em últimos jogos. Hyoran literalmente agarrou a oportunidade e foi muito bem; fez gol, quase fez mais um, quase deu duas assistências, muito participativo no geral. Moisés para quem sente muito fisicamente, jogou contra a Chapecoense, jogou mais uma vez e em alto nível, com belíssima assistência no segundo gol. Willian deu melhor mobilidade ao ataque do Palmeiras, tanto que marcou o seu e criou outras oportunidades. O time do Alianza deu espaços, mas o Palmeiras soube aproveitar com esse time mais leve. A intenção do Roger foi poupar os titulares, mas ganhou uma sonora dor de cabeça. O torcedor do Palmeiras espera que Moisés e Tchê Tchê voltem a jogar nesse nível assim como foi em 2016.

Olhe para o elenco, Roger!

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O cronista que vos escreve defende continuidade de trabalho, tanto que jamais foi pedida a cabeça do treinador alviverde esse ano, mesmo nos revezes sofridos até então. Por que? Quando o time teve algum revés marcante, o técnico Roger Machado mexeu na equipe e funcionou. Foi assim no dérbi da fase de grupos do Paulistão, conseguiu recuperar o time depois da final e conseguiu retomar o bom futebol que o torcedor espera e viu na competição estadual.

Estamos falando de Libertadores, mas no geral, o Palmeiras não tem encontrado a "facilidade" que encontra fora de casa nos jogos como mandante. Contra a Chapecoense, vi um time muito parado no ataque, exigindo pouco da marcação catarinense, abrindo pouquíssimos espaços. Pode ser por cansaço? Claro! Ninguém é uma máquina. Ainda mais depois da partidaça diante do Boca! Pode ser característica dos jogadores também? Com certeza! Mas aí entra o elenco do Palmeiras.

Um time que exige pouca movimentação na defesa adversária, tende quase sempre a ficar no 0x0. Nenhum time, repito, nenhum time irá com tudo para cima do Palmeiras no Allianz Parque para dar espaços. O time que foi visto no Peru, ontem, tem que servir como luz ao técnico Roger Machado para montar um setor ofensivo mais dinâmico, seja no começo de uma partida ou para mexer na equipe durante os 90 minutos. Moisés fez mais uma boa atuação em sequência. Tchê Tchê voltou a dar as caras que realmente está afim de jogar bem no Palmeiras! Hyoran deu muitas opções de jogadas, pra falar a verdade, mais do que o Lucas Lima vem oferecendo - sem desmerecer a qualidade técnica do camisa 20. Willian infernizou a defesa adversária. Ontem não foi visto nenhum ponta e nenhum armador buscando bola na defesa.

Portanto, o ponto que tem que ser chegado aqui é que o elenco do Palmeiras tem peças boas para encarar defesas bem armadas. Se por um lado o time considerado titular apresenta desgaste físico, etc., tem gente na reserva disposto a jogar e bem. A manter boa característica ofensiva. Roger, não tenha medo de mexer na equipe quando precisar, pois as peças estão mostrando suas qualidades. Se o time estiver com dificuldades para furar bloqueios, lembre-se deste jogo no Peru com toda a atenção do mundo!
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Leonardo Paioli Carrazza

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