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Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória do verdão ante o Júnior Barranquilla-COL pelo placar de 3x1, em jogo realizado no Allianz Parque, válido pela sexta e última rodada da fase de grupos da Libertadores 2018. Jogo em que o time mostrou muita disposição, pecou algumas vezes na organização, mas foi bem de maneira geral. Ao final do texto, será discutido o por quê do time ter jogado melhor e no que isso pode contribuir para o restante da temporada. Vamos ao jogo.

Palmeiras foi escalado com uma equipe "mista". Fernando Prass, Mayke, Luan, Emerson Santos, Victor Luís, Thiago Santos, Tchê Tchê, Guerra, Dudu, Willian e Borja. A princípio, o mesmo 4-3-3 que Roger Machado vem escalando o Palmeiras. O alviverde foi até bem na primeira etapa com as bolas carregadas pelo venezuelano Guerra. Em uma delas, Willian por muito pouco não aproveitou a sobra para marcar um golaço. Mas como a reta final da fase de grupos da Libertadores vem sendo "teste" para alguns jogadores pedirem passagem, vamos a um que pediu mais do que passagem. Por volta dos 20 minutos do primeiro tempo, Fernando Prass foi exigido com uma cabeçada à queima roupa: defendeu. Minutos mais tarde, outra cabeçada, ainda mais difícil, no contrapé: defendeu. Palmeiras respirou no ataque com boa bola trabalhada que terminou nos pés de Dudu, na cara do goleiro, concluir em cima do mesmo, escancarando sua má fase (técnica, não de empenho!). 

Na segunda etapa, o Palmeiras voltou disposto a mudar o jogo. Mordeu mais a equipe de Barranquilla e chegou logo ao primeiro gol: jogada pela direita, goleiro deu rebote e Borja chutou para bola ir "mascada" para dentro do gol. Ufa! Então, o Junior quis dar logo a resposta: pênalti inventado da mente do árbitro Henrique Cáceres (que vai para a Copa do Mundo hein!). Mas em cima das linhas teve um Fernando Prass iluminado que encaixou a bola na penalidade. No lance seguinte, contra ataque do Palmeiras que por muito pouco Borja não anotou seu segundo gol na partida. Mas ele logo o faria após receber bola na cara do goleiro e com categoria dar uma cavadinha para fazer o 2x0. Se por um lado o juiz não estava conseguindo dar emoção ao jogo, o bandeira conseguiu. Bola de Chara pela esquerda, cruzada para Téo Gutierrez em posição ilegal fazer o gol de desconto da equipe colombiana. Mas o Palmeiras tinha Borja iluminado também! Após belo passe de peito de Guerra, o colombiano matou a partida ao fazer o terceiro gol do verdão, terceiro dele no jogo. 

Minutos mais tarde, Borja saiu para ser aplaudido pela torcida para a entrada de Hyoran. Tchê Tchê saiu para a entrada de Bruno Henrique. E Deyverson entrou no lugar do Guerra. Destaque das alterações vai mais uma vez para o Hyoran que quase fez um gol e deu passe para Willian, interceptado pela defesa. Dudu ainda teve duas boas oportunidades, mas realmente, a fase técnica do atacante palmeirense parece não estar ajudando mesmo: chute cruzado passou raspando a trave esquerda do goleiro. Mas foi isso. Fim de papo.

O time precisava dar uma resposta ao seu torcedor. Positiva. Ela veio desde a palhaçada que parte da torcida fez ao vaiar o Roger. A outra parte (maioria) vaiou essa atitude. Falando de jogo, o time "reserva" ou "misto" do Palmeiras entrou antenado no jogo. Na primeira etapa, não foi um primor tático, organizado, mas o time se empenhou. Disputou as bolas como se fossem as últimas. Prass sensacional! Pegou bolas incríveis, operou alguns "milagres" e defendeu pênalti. Na verdade, isto que foi citado é a base para a única crítica do time; defesa mal. Esse Emerson Santos não mostrou bola para jogar de titular, tanto que mal vinha tendo oportunidades. Luan foi meio estabanado em alguns lances e ainda cometeu o pênalti inventado. Não passa muita segurança. Tchê Tchê foi bem dinâmico no meio de campo, mas o forte da equipe mesmo foi a movimentação ofensiva: Willian, Dudu e Guerra. Esses três fizeram boa partida na parte de movimentação e ajudou muito o Borja a ter tido a partida brilhante que fez hoje. Próximo jogo é diante do Bahia no Allianz Parque sábado às 21 horas. Tem que manter essa pegada. Mas, vamos a outro aspecto a ser discutido a seguir!

Um time mais leve: solução? Por que não?

Gazetapress

Tocando em um ponto importante agora, é inegável dizer que a movimentação palmeirense foi muito bem diante do Barranquilla. O adversário veio precisando do resultado, deu até alguns espaços, mas o fato é que o time do Palmeiras tem mostrado, ou melhor, indicado alguns caminhos para Roger Machado em termos de "mudança de jogo". 

O Palmeiras tem, ao todo, 5 empates nesta temporada, sob o comando do treinador. Em nenhum desses empates foi o Palmeiras quem buscou o tento da igualdade, mas sim, ou sofreu ou ficou no 0x0. Isso mostra que o time não costuma ter capacidade para buscar o jogo. Isso requer mudança tática na partida. Além disso, verdão encara muitos times fechados quando joga em seus domínios, mas, já foi discutido aqui no Papo de Torcedor que o time as vezes é muito lento. Felipe Melo e Lucas Lima têm sido um pouco "responsáveis pela lentidão".

Mudanças táticas precisam ser feitas na equipe e como ter aquela certeza de que pode dar certo? Certeza nunca se tem, mas esses jogos do time "reserva" na Libertadores mostrou que tem jogador capaz de mudar a maneira com que uma partida se conduz. Hyoran mostrou essa capacidade já no jogo diante do Alianza Lima e hoje foi bem quando entrou. Tchê Tchê deixa o meio de campo mais leve também. Guerra foi bem também, ao lado de Willian. Tchê Tchê e Guerra cabem e muito bem nas vagas dos outros dois jogadores lentos que foram citados no parágrafo de cima. Willian oferece outra movimentação e ajudou o Dudu a aparecer mais para o jogo.

Essas observações precisam ser feitas por Roger Machado e sim, o time pode e tem que ser mudado durante uma partida - ainda mais se estiver precisando buscar resultado. Time leve é a solução mesmo. Olhe para esses jogos com time solto, Roger! Olhe e não tenha medo de mudar! Material nós temos e não precisa ser usado apenas quando começam jogando! Mexa taticamente no time porque isso vai ser essencial! As caras foram dadas, agora aproveite a sua oportunidade para mudar a equipe - antes e durante uma partida.



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Leonardo Paioli Carrazza

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