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Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, hoje o assunto é Copa do Brasil. O Palmeiras foi a Belo Horizonte-MG enfrentar o América-MG no estádio Independência e saiu com a vantagem de 2x1 para o jogo de volta. Vitória é sempre importante, digna de ser comemorada, mas mais uma vez o Palmeiras mostrou uma certa fragilidade em jogos de mata-mata (o que será discutido depois no final do texto também). Vamos ao jogo.

Roger Machado mandou a campo a melhor equipe que estava à sua disposição: Jailson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Felipe Melo, Bruno Henrique, Lucas Lima, Keno, Dudu e Borja. Mas quem pensava que o jogo começaria fácil, se enganou. Logo de cara, Serginho exigiu boa defesa de Jailson. Minutos mais tarde foi a vez de Luan (ex-Palmeiras e Cruzeiro) desperdiçar boa chance ao coelho. Mas a partir dos 15 minutos, o Palmeiras começou a se dar o luxo de desperdiçar gols. E como desperdiçou! Borja perdeu um domínio tropeçando na bola, arrumou para Dudu que mandou para fora sem goleiro. Borja quis imitar o companheiro de ataque em seguida e foi sua vez de perder um gol sem goleiro, com João Ricardo totalmente vencido na jogada. Sorte do colombiano que recebeu mais uma bola açucarada; Lucas Lima cruzou na medida para o camisa 9 do Palestra mandar a bola para o fundo do barbante.

Veio o intervalo e o que chamou a atenção foi Felipe Melo dando uma sonora dura no atacante Keno. E o América voltou melhor, tanto que exigiu mais uma grande defesa do goleiro Jailson, ajudado pelo amortecimento da bola por parte de Diogo Barbosa. Se por um lado Keno tomava dura, por outro ele correspondeu; arrancada de Borja pelo lado direito e o artilheiro da noite foi garçom ao servir o camisa 11 que tocou com categoria por baixo do goleiro João Ricardo para fazer 2x0. Enderson Moreira mexeu na equipe mineira, colocou Marquinhos no lugar de Norberto e passou a infernizar a marcação de Diogo e Dudu. Porém, o gol de desconto da equipe da casa veio de uma sonora lambança. Tiro de meta para o Palmeiras, saída curta. Antônio Carlos tentou driblar a marcação e a bola foi rolada para Serginho descontar. A partir deste momento, o Palmeiras perdeu a tranquilidade na partida: foi um festival de desorganização absurdo, lembrando os times que eram treinados por Marcelo Oliveira. No final, Antônio Carlos salvou mais uma e em falta no último lance, Serginho não alcançou a bola. Ufa! Sufoco desnecessário, mas saiu com a vitória!

Sempre bom vencer. Melhor ainda seria convencer. Para falar a verdade o Palmeiras vinha convencendo quando estava 2x0 no placar. Borja perdeu gols inacreditáveis, mas contribuiu muito na marcação, na construção do segundo gol. Lucas Lima foi preciso quando participou. Dudu estava um pouco ansioso; corria demais e dominava pouco a bola, parecendo que queria resolver logo a jogada em vez de trabalhar melhor. Apenas no final do jogo conseguiu articular bem uma jogada que terminou em conclusão para fora de Keno. A defesa do Palmeiras penou demais nas bolas cruzadas do América-MG. No primeiro tempo, faltou e muito a cobertura de Keno na subida do ataque do Coelho. Dudu, infeliz no ataque, ao menos auxiliava Diogo na marcação pelo setor esquerdo do Palmeiras. Roger tem que olhar com carinho para esses deslizes da marcação. Antônio Carlos vinha fazendo uma partida segura, mas quase comprometeu o time todo. Não podem se perder também como foi por causa de um gol sofrido. Se desestabilizaram demais e por muito pouco não tomou o gol de empate.

Tem que ter cuidado em jogo de mata-mata. Não tem jeito mesmo. As vezes vale mais um chutão para frente do que sair jogando com a bola "bem trabalhada". Resultado basicamente construído, quase foi posto tudo a perder. Vantagem até certo ponto considerável pelo fato de o adversário ser inferior no aspecto técnico, mas em jogos contra adversários de melhor qualidade no mata mata, erros como esse podem custar caro. Portanto, atenção e cuidado! 

Um ponto fraco em jogos decisivos?

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Não é justo criticar um único jogador quando um setor do time é tratado. Mas quando é feito um apanhado geral dos setores, Antônio Carlos (foto) tem se mostrado um ponto fraco da equipe do Palmeiras na defesa. Caso não estejam lembrados, vamos retomar alguns lances em que o zagueiro não foi bem e acabou comprometendo a equipe (ressaltando que em termos de resultado "Tonhão" não comprometeu hoje).

Segundo jogo contra o Santos pela semifinal do Campeonato Paulista, os dois gols do Peixe foram marcados no setor em que Antônio Carlos estava responsável pela marcação. Segundo jogo da decisão do Paulista, o gol saiu em uma jogada em que o zagueiro foi totalmente enganado pela movimentação adversária. Hoje, diante do América-MG, a bola estava tranquila na defesa e o defensor acabou se complicando. 

Alguns podem dizer que é oportunismo. Mas a questão é que não é um questionamento técnico a respeito do Antônio Carlos. Ele é bom zagueiro, tanto que para campanhas de pontos corridos ele vem sendo muito importante. O problema está em jogo "decisivo", jogo de mata mata. O menino é bom de bola, Roger tem que ter uma conversa com ele e com Edu Dracena, pois parece que sente um pouco o peso de jogo que "é pra valer". 

Um teste de fogo vem agora no domingo com o dérbi. Caso Antônio volte a comprometer quem sabe um afastamento para preservar ele de ser "bombardeado", pois, como foi dito, qualidade ele tem. Melhorar essa concentração, esse emocional para jogos grandes é essencial. Roger e os mais experientes do grupo precisam trabalhar duro com isso.
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Leonardo Paioli Carrazza

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