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Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir o empate do Palmeiras ante o América Mineiro nesta quarta feira (23) em jogo válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Palmeiras havia construído uma vantagem no jogo de ida por 2x1 (ressalvas para o futebol apresentado) e no jogo de hoje correu riscos desnecessários. Mas vamos ao jogo e, em seguida, uma pequena discussão sobre a capacidade do time em mata-mata.

Palmeiras foi a campo com Jailson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Felipe Melo, Bruno Henrique, Lucas Lima, Keno, Willian e Deyverson. E o verdão começou em cima. Em jogada pela lateral, Lucas Lima sofreu carga do lateral Carlinhos e pediu penalidade (com razão), mas foi basicamente a única chegada da equipe alviverde paulista na primeira etapa. Não se pode dizer o mesmo do América que sofria até certa pressão do Palmeiras com a posse de bola, mas aproveitou sua única oportunidade na primeira etapa; jogada de infiltração pelo lado esquerdo da defesa do Palmeiras e a bola chegou limpa para Serginho abrir o marcador. Foi então que o Palmeiras voltou a demonstrar certa fragilidade; não mostrou nenhum poder de reação, de maneira de jogo ainda no primeiro tempo para tentar sair já com o empate e ir mais tranquilo para o vestiário.

Na segunda etapa, Roger Machado já começou mudando o time: saiu Deyverson para a entrada de Guerra, mudando até o esquema tático do verdão. E o time deu uma melhorada mesmo. Começou a criar mais oportunidades na área americana, uma das principais, com Willian chutando cruzado. Hyoran entrou no lugar de Lucas Lima, minutos mais tarde. No lance seguinte, Bruno Henrique serviu Marcos Rocha que ajeitou de cabeça para Willian marcar um belo gol de cabeça e tranquilizar o time e torcida. Depois desse lance, quem apareceu bem em duas oportunidades foi Felipe Melo; um chute de fora da área que João Ricardo defendeu e em cabeçada na pequena área. O maior susto do coelho na partida foi aos 39 minutos em cruzamento que rendeu uma "trapalhada" de Jailson com Marcos Rocha, mas para alívio de todos, não deu em nada. Fim de papo!

Palmeiras não jogou bem. Classificou e era importante. Mas o time começou mal escalado, Deyverson não vem aproveitando as poucas chances que tem. Keno errou praticamente tudo na primeira etapa e Lucas Lima apareceu apenas para reclamar do pênalti. De resto, não foi vista uma jogada de profundidade, infiltração, etc. Era passe do lado aqui, ali, pouquíssima objetividade e jogadas agudas. Mas desta vez Roger não foi teimoso e mudou a equipe no intervalo quando colocou Guerra em campo. Mexeu bem, corrigindo seu erro na escalação inicial. Melhorou ainda mais ao colocar o Hyoran no lugar do Lucas Lima que se esforçou, mas ainda segue abaixo. Em resumo, o futebol apresentado foi suficiente para se classificar diante de um valente, porém frágil, América-MG. Mas para um time que tem pretensões maiores, o futebol apresentado está bem pobre.

Matar ou morrer no mata-mata?

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Pois bem. Agora o assunto é mata-mata. Quem é palmeirense sabe que ao se falar em 2018 a grande expectativa para o torcedor é a Copa Libertadores da América. Um torneio que tem sua fase de grupos/ponto corrido, mas ela termina na fase de mata-mata. Aquele estilo em que se o time não caprichar, qualquer erro pode custar caro. Contudo, o Palmeiras não disputa apenas a Libertadores de mata-mata em 2018. Será que o time vem para MATAR ou para MORRER no mata-mata?

No Campeonato Paulista de 2018, foram três fases de mata-mata. Na primeira, passagem tranquila sobre o Novorizontino. Na sequência, passou pelo Santos, mas de maneira sufocante: precisou ir para as penalidades, mesmo construindo a vantagem no jogo de ida. Santos mesmo com uma equipe inferior no papel, deu uma verdadeira canseira. Não fosse Jailson, provavelmente o verdão teria dado adeus à competição logo na semifinal. Na decisão, conseguiu vantagem diante do rival Corinthians na primeira partida, mas mais uma vez, não soube lidar com esse favor e perdeu a taça em seus domínios.

Então a dúvida volta para a Copa do Brasil. Time começou a disputa apenas nas oitavas, pois está na Libertadores. Pegou o América-MG e construiu uma vantagem boa na primeira partida. Seria melhor se não vacilasse - com o gol sofrido graças ao erro de Antônio Carlos. Mesmo com a vantagem e um time inferior tecnicamente, o verdão passou sufoco, mesmo se classificando diante da equipe mineira. O que será que acontece? Palmeiras não sabe lidar com a vantagem? Ou desagrada o tipo de competição!

Fato é que competições de mata-mata exigem mais do psicológico do que de pontos corridos. É possível notar que o Palmeiras sente muito os gols que sofre. Isso precisa ser melhorado urgentemente porque na Libertadores o mata-mata é ainda mais exigente. Quanto a aspectos de futebol, pelo menos Roger começou a mexer no time durante a partida e mudar taticamente. Mas nessa parada para a Copa do Mundo 2018, tem que trabalhar a mentalidade dessa equipe. São erros bestas que vem sendo cometidos e que podem custar caro. Contra o América não custou, mas já custou em outra competição.




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Leonardo Paioli Carrazza

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