Amigos e Nação Corinthiana! Em uma final polêmica e muito tensa, 19 anos depois o Corinthians volta a bater o Palmeiras nos pênaltis, após o placar de 1 x 0 no tempo normal. Um jogo onde o Timão fez o gol cedo dentro da casa do adversário, que se manteve firme e veio pra cima, mas dessa vez era decisão e o Corinthians tinha um resultado menos desfavorável logo de início que era levar no mínimo para os pênaltis, defendeu-se bem e se consagrou da marca da cal.


Após a partida de ida eu comentei neste espaço, com amigos e nas minhas redes, que o caminho para o Coringão chegar ao título seria conseguir um gol cedo para desestabilizar emocionalmente o adversário, ao menos metade do caminho o time conseguiu logo no primeiro minuto, jogada rápida, tramada com muita qualidade pela esquerda entre Sidcley, Mateus Vital e Rodrigo, Vital foi acionado para fazer a jogada individual pela esquerda e achar Rodrigo, que bateu e contou com o desvio do lateral verde Victor Luís. 

Eu disse que "metade" do caminho foi concluso, porque apesar de ter tomado o gol cedo, em casa, o Palmeiras em alguns minutos se reorganizou e foi pra cima como quem absorveu bem o golpe, acionando muito Dudu pelo lado direito do ataque, nas costas do camisa 16 corinthiano e onde Romero inicialmente não estava para dobrar a marcação, apesar das boas jogadas do camisa 7, o time de Carille defendia-se bem e apesar de alguns sustos Cássio não foi grandemente exigido e assim o jogo foi para o intervalo com o resultado de vitória.


Na volta do intervalo Keno entrou na vaga de Willian e com isso o Palmeiras ganhou mais intensidade pelas pontas e apesar de novamente Cássio não ser grandemente exigido, em vários momentos e sobretudo com o ex-Santa, o time adversário levou muito perigo em jogadas individuais, se na etapa inicial o resumo das jogadas verdes era "Bola no Dudu", na etapa final isso se inverteu para Keno.

Aos 26, em uma das poucas jogadas onde foi acionado na etapa final, Dudu invadiu a área e Ralf desarmou atingindo primeiro a bola e depois o "capitão" verde, era um lance difícil a olho nu (sem câmera, sem slow e tempo de sobra para opinar, o que se faz com árbitro nesse país e nesse esporte é uma carnificina) e o juiz marcou o que viu, a trombada e o pênalti. O time inteiro reclamou e parte se direcionou ao quarto árbitro, que longe do lance, avisou ao árbitro principal da partida que o camisa 15 havia tocado primeiro na bola, assim que conseguiu sair do bolo alviverde, o juiz voltou atrás da marcação de penal, o que gerou a revolta de todo o restante do país, como eu gosto de separar futebol disto, no final deste texto teremos um parágrafo exclusivo para o aparte do futebol, que é essa discussão de arbitragem.

O jogo ficou parado oito minutos e o tal do abalo emocional (expresso fielmente pelas palavras do capacho de Leila, Galiotte) enfim apareceu, não que o Palmeiras não tenha tentado atacar após isso, mas não foi tão incisivo e o Corinthians conseguiu até contragolpear, tendo perto do fim a grande chance da partida, com Sidcley e a finalização que passou rente ao gol do ótimo Jaílson.


Vieram então os pênaltis e o abalo emocional verde se mostrou de vez, Cássio pegou as cobranças das duas referências técnicas da equipe, considero que tanto Dudu quanto Lucas Lima não bateram mal, o mérito foi total de Cássio, Tite conviveu com ele e talvez por isso o tenha como o favorito para a terceira vaga da Copa, Cássio é goleiro de decisão, é um goleiro de grandes realizações dentro do futebol Brasileiro, sempre vencendo e sendo decisivo nas conquistas, há outros goleiros com esse perfil no país, mas dos favoritos a ir, é o que esse perfil mais se acentua.

Em relação as cobranças do Corinthians, o ídolo Danilo bateu muito bem, Romero teve mais sorte que juízo, Lucca foi na confiança e Maycon mostrou a personalidade de quem está pronto para o que quiser, seja seguir no Corinthians ou jogar uma Champions League. Cássio foi o grande herói e ergueu a taça da conquista dentro dos domínios adversários, ante um time mais completo e com muito maior investimento, se não foi um jogaço do Corinthians, taticamente o time mostrou que ao menos em ambiente local está pronto para decidir, ainda fica a dúvida, a Libertadores vai tirar essa dúvida e claro, os ajustes de elenco necessários, sobretudo a chegada do centroavante devem ser feitos.



Vejam, sobre arbitragem várias coisas tem de ficar claras. Existe uma frase, que não é dos meus pensadores favoritos, aliás, é de um cara com o qual eu perdi o respeito depois de um evento esportivo no Brasil em 2014, mas enfim, a frase é: "É preciso odiar o Corinthians", ou qualquer idiotice do gênero, eu não fiz questão de parar pra anotar fielmente.

É preciso dizer ao Luís que isso já se faz no Brasil todos os dias, diariamente Brasileiros torcedores de todos os clubes do Brasil unem-se numa corrente de ódio para dizer que tudo e qualquer coisa que o Corinthians venceu, vence e vencerá é "roubado" e "comprado", é a necessidade de deslegitimar aqueles que cumprem o seu legado, que estão na crista da onda, que realizam.

É claro que toda a reclamação do Brasil inteiro "de bem" e que clama por justiça (desde que esta a favoreça, como vemos também no âmbito político) é motivada por uma alta suspeita de interferência externa ilegal, afinal, não existe VAR no Brasil de forma regulamentada, logo, qualquer interferência através de quem viu TV na partida é ilegal, como vimos por exemplo no Rio recentemente. Zoeira natural do futebol a parte, ninguém fica "feliz" que a arbitragem tenha esse tipo de auxílio externo, bem como não se deveria achar maravilhoso vencer (se é que Cássio não iria pegar) com um pênalti mal marcado e que geraria discussões idiotas como esta até a próxima manchete.

Por isso, há algo de errado nessa ânsia por justiça a troco de um pênalti que mal marcado, a afirmação de que "não voltaria se fosse pró Corinthians" é puro chute e demonstração de ódio, como a deste ex-treinador e zagueiro citado parágrafos acima. Não temos como ter certeza de nada, aliás, temos como ter certeza de uma coisa, o árbitro recebeu a informação de que errou e tentou acertar corrigindo o erro. A regra dá ao quarto árbitro essa prerrogativa, a questão (a qual cada um irá acreditar na versão que convier, se é que haverá mais de uma) é como essa informação foi obtida, o que reforça a urgência da implementação do VAR no futebol, pelas federações e pela CORRUPTA entidade que gere o futebol no Brasil e sobrelucra junto com a organização que detém os direitos de transmissão do futebol.

O último e mais lamentável ponto deste chute no saco que é falar de arbitragem é o cinismo do poste de uma financeira na presidência da respeitável Sociedade Esportiva Palmeiras. Ele deveria explicar ao seu torcedor como ele alcunha uma competição de inha e escala reservas na "obsessão" Libertadores para jogar esta finalzinha, depois explicar como com tanto dinheiro ele não consegue ter uma defesa compatível com o ataque, inclusive onde até outro dia o último reserva do Corinthians é hoje titular. Poderia também explicar como um jogador sem nenhum equilíbrio emocional como Dudu pode ser o capitão da equipe, enfim, inúmeras explicações sobre FUTEBOL. Quando se escolhe desmerecer a competição e falar em campeonato "manchado" (lembrando que não houve pênalti) se coloca de lado totalmente o profissionalismo, é agir como o mais chucro torcedor de arquibancada e não se trata de uma ofensa a nós mesmos torcedores e sim da natural constatação que esta não é uma atitude profissional e que um clube comandado e capitaneado como fosse de várzea, por mais peças e dinheiro que tenha, dificilmente ganhará títulos.


Ufa, passado isto é comemorar, com o mal estar de uma situação que foi elevada a uma potência muito acima do normal, mas é Corinthians, tudo no Corinthians é acima, o sofrimento, a festa, a conspiração, o violento (em todos os aspectos) ódio de todo o (ou de pouco mais da metade) do Brasil, tudo é insano quando é envolvido o nome do Corinthians. O time esteve três vezes em desvantagem nos mata-matas do estadual de longe mais duro do país, duas delas ante rivais históricos e reverteu, isso mostra que independente das lacunas e da ingerência administrativa, em campo o time segue no caminho certo e cada vez mais eleva a mística dessa camisa.

Foi mais um título conquistado no campo, na alma, na raça, na crença e no amor do torcedor que carregou os jogadores na última sexta em Itaquera, voltando a ser (o povo está cada vez mais longe do estádio com a Arena) "Time do Povo", essa energia impulsionou Vital que não vinha jogando bem, impulsionou Rodrigo, essa energia foi o cimento que concretou a muralha que o Corinthians montou a frente de seu gol, para contra tudo isso e NA BOLA, conquistar mais um título contra um rival. Ante o ataque que for, o torcedor pode comemorar com muita alegria essa conquista, Nunca foi fácil, mas sempre foi legítimo, comemore sem constrangimentos Fiel, vocês merecem, nós merecemos.



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Imagens: Globoesporte, GazetaPress.


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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