Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória do Palmeiras na estreia da Copa Libertadores da América 2018, em partida ante o Junior Barranquilla da Colômbia. O adversário já veio da pré-libertadores e é um time bem arrumado, visto que fez uma boa campanha na Copa Sulamericana 2017. Palmeiras contou com algumas mudanças no time titular e fez valer da qualidade de seu time. Além disso, a mudança de postura de alguns jogadores foi essencial.

Palmeiras foi a campo com Jaílson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins, Victor Luis, Felipe Melo, Bruno Henrique, Lucas Lima, Dudu, Willian e Borja. Mas o jogo não começou bem para o Palmeiras; Jonatan Alvez saiu na cara de Jaílson que conseguiu fechar bem o ângulo do atacante. Até então, o Palmeiras via o time colombiano trocar passes, chegar, concluir, não estava muito diferente do que foi no jogo passado. Mas o Germán Gutierrez tratou de acalmar os palmeirenses; lembrando o personagem da série Mortal Kombat, o jogador deu uma voadora "a la Liu Kang" no peito de Bruno Henrique. Sem essa de "isso faz parte da Libertadores", o árbitro expulsou o jogador.

A partir deste momento, o capitão Dudu em vez de chamar o time pra sair de campo, começou a chamar jogo. Passou a ser acionado pela direita onde encontrou bastante espaços. Primeiro, cruzou a bola para Willian que não alcançou. Na segunda tentativa, Dudu achou Bruno Henrique como elemento surpresa na área que chutou sem chances para o goleiro Vieira. O Junior tentou dar uma melhorada nas costas de Victor Luis. Em uma delas a conclusão foi para as nuvens. Na outra, o lateral alviverde conseguiu se recuperar e deu um belo carrinho na bola.

Na segunda etapa o Palmeiras começou abafando o time colombiano. Em uma bola atrapalhada da defesa por muito pouco o atacante Willian não se antecipou ao goleiro para fazer o segundo gol. Mas quis o destino que Borja aproveitasse bola espirrada em chute de Lucas Lima para fazer um golaço de "chicote". Pegou de primeira e o goleiro só olhou (assim como a família do colombiano que estava no estádio). Roger então mexeu na equipe para colocar o venezuelano Guerra no lugar de Lucas Lima. O jogador deu passe para Bruno Henrique que acertou mais um belo chute no canto do goleiro Vieira e praticamente sacramentou a vitória palestrina. 

Sobrou tempo de duas mexidas: entrada de Thiago Santos no lugar do Bruno (e ainda o jogador perdeu um gol sem goleiro) e entrada de Scarpa no lugar do Borja. Mas teve tempo também para Marcos Rocha cometer pênalti. Alvez foi para a bola e quebrou a vidraça de alguma janela de Barranquilla porque ele isolou a bola mais longe que o Baggio na copa de 1994. Ainda sobrou uma bola para ele na cara de Jaílson e o goleiro palmeirense se saiu muito bem para garantir uma partida sem tomar gols. Fim de papo.

Placares à parte, vi um time muito parecido com o que perdeu o clássico, antes da expulsão. Claro que neste caso envolvem vários fatores, mas ainda falta iniciativa para o Palmeiras criar no 11x11. Palmeiras não aparecia no contra ataque no 11x11, mas pelo menos quando teve a vantagem numérica em campo soube se impor. Dudu chamou muito mais o jogo, tanto que participou da jogada do primeiro gol e de outras boas jogadas ofensivas. Bruno Henrique acredito que vai dar um nó na cabeça do Tchê Tchê e por enquanto a sequência tem que ser do Bruno. Victor Luis começou um pouco destoado na partida, mas foi se encontrando aos poucos e foi bem no geral, produzindo muito mais que seu antecessor Michel Bastos. 

Algumas ressalvas vão para Lucas Lima que a meu ver precisa jogar mais próximo da área e não vindo tanto buscar a bola no campo de defesa, para ser aquele jogador do último passe o da conclusão da jogada. Willian não vem rendendo muito, mas ano passado as melhores partidas do bigode foram vindo do banco de reservas. Para Libertadores quem sabe não cabe um Guerra no time titular ou até mesmo o Gustavo Scarpa para dar mais velocidade e ajudar o Lucas na armação das jogadas. A última ressalva vai para os retardados da torcida palmeirense que ameaçaram o goleiro Jailson de morte depois da matéria com a mãe dele no Globo Esporte. O Borja admitiu ser torcedor do Junior, foi lá e fez gol. O nome disso se chama profissionalismo! Jailson já admitiu ser palmeirense e ele não pode impedir quem quiser ir no estádio. E acima de tudo, é um excelente profissional e que vem arrebentando no gol do Palmeiras. Portanto, parem de palhaçada e comecem a cobrar jogador de corpo mole ou "dirigente" que acha que o Palmeiras não é um clube e sim uma instituição financeira.

De resto, ótima vitória. Ganhar fora de casa é ótimo na Libertadores. Mas tem muito a melhorar. Longe ainda de ser um time ideal. E espero que nosso capitão continue chamando jogo. 
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Leonardo Paioli Carrazza

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