Amigos! Nação Corinthiana! Desta vez, na partida de ida da decisão do Paulistão, o Corinthians não conseguiu se impor em casa, ante um Palmeiras que marcou em cima e conseguiu o gol cedo, após isso seguiu protegendo bem sua defesa, ante um adversário que não teve inspiração e força de ataque, o consolo para a torcida alvinegra é a desvantagem mínima, reversível, mesmo fora de casa. O 1 x 0 sofrido em casa sem dúvida é um prejuízo grande para o Timão, mas esta torcida e este time apesar dos defeitos de sua montagem, não deixarão de acreditar até o último minuto da partida do próximo domingo.


O gol adversário saiu muito rápido, o que se percebeu antes dele foi que a marcação adversária era muito forte, uma marcação na nossa saída que impedia uma criação tranquila e eles vieram com bastante pegada, que tem sido a grande reclamação do torcedor do Palmeiras nos últimos clássicos, se faltou em outros, sobrou neste decisivo. No gol, jogada ensaiada de escanteio, Cássio acabou surpreendido, é aceitável falhar de falha sim, mas sem ranço em relação ao goleiro, é algo que pode acontecer, mas falhou também e aí sem sombra de dúvida a defesa no rebote da trave, onde Willan livre rolou para um Borja ainda mais livre. É bem verdade que o Corinthians teve mais a posse e tentou atacar após sofrer o gol como não poderia deixar de ser, mas o Palmeiras jogou com pegada e inteligência, era difícil construir uma jogada com a qualidade da proteção, então, o time tinha a posse, mas tinha de esticar pra tentar algo e a zaga acabava dominando soberana.

No final da etapa inicial confusão por bobeira na ponta, Borja chegou pra levantar o zagueiro Henrique, mas a discussão estava mais com o árbitro, mas o "capitão" Dudu quis caçar encrenca e armou uma confusão generalizada, onde se envolveram as duas equipes quase que completas, na briga, Felipe Melo chegou pra separar, mas sabem como é briga que envolve amigo contra inimigo, onde o cara chega pra "separar" enfiando a porrada, foi o que fez o volante do Palmeiras, que acabou expulso junto com Clayson, seu desafeto eterno. Dudu que armou tudo passou ileso pelo protocolo de expulsar um de cada lado, natural, não há o que reclamar da arbitragem nesse aspecto, pois esse é o modus operanti das arbitragens, se ele age correto expulsando Dudu, acabaria inventando alguém pra expulsar do Corinthians e o segundo tempo teria nove de cada lado.


Na volta do intervalo, Carille insistiu em esperar pra tomar uma atitude de recomposição ofensiva da equipe, adiou as entradas de Pedrinho e Romero, o segundo acabou não atuando bem, ele não é pra esse tipo de situação de estar atrás no placar. No meu entender a saída de Sidcley com a improvisação de Maycon no ataque também foi um erro, o Corinthians precisava de apoio ofensivo e claro, quem é da posição pode apoiar com mais qualidade.

O fato é que o Corinthians teve sim a posse, tentou ir pra cima, mas pouco deu trabalho a Jaílson, bateu bastante também, o time se mostrou muito intranquilo e Gabriel poderia ter se dado mal recebendo o segundo amarelo por várias faltas duras, o juiz deixou claro na "reunião" pós-intervalo com os capitães que evitaria expulsões, mas ainda assim foi por pouco, o emocional que geralmente favorece o Corinthians no dérbi nos últimos tempos, desta vez funcionou a favor do time verde. A última cartada acertada foi Danilo mais uma vez na vaga de Sheik, mas o time não conseguiu pressionar efetivamente, para que aparecesse a qualidade do nosso camisa 20. A derrota foi merecida, por vários aspectos, o mérito do adversário tem de ser enaltecido, mas falta presença ofensiva ao Corinthians.


Vejam, eu preferi não entrar nesse mérito no texto da classificação ante o São Paulo, pois era momento de vibrar com a emoção daquela partida, era momento de reconhecer aquela superação. Mas pensando como comentarista, como um cara que analisa futebol, o Corinthians poderia ter sido eliminado já nas semi, por conta dessa falta de presença e também de criatividade, Rodrigo é um cara que tenta muito, que consegue por vezes soluções para os lances que tu não acredita que vem dele, mas nem sempre isso vai acontecer, Jadson já foi, mas Vital por vezes some das partidas, foi assim na ida ante o São Paulo, onde fechou como quarto volante e também hoje. Não dá pra depender de dar a bola no Clayson, ou no Pedrinho quando entra.

A criação portanto é deficitária, sabemos ter a posse mas falta a efetividade, a inventividade de num lance, num lampejo resolver. Mas claro, a questão do centroavante é grave, pois falta a retenção na frente e o faro de gol, o cara do posicionamento. Portanto, o elenco tem esse déficit e ele é mais culpado do que o comando técnico ou os jogadores que estão em campo. Se fala bastante no menino Matheus que veio do ABC, mas até a condição física é empecilho pra ele, uma que derem nele capaz até de lesionar o garoto, fora que e se ele erra, a gente vê todo dia jogador jovem ser ACHINCALHADO sem dó, o da vez é Mantuan, esse é um investimento a médio prazo, jogar o garoto a cova dos leões não é o caminho, é preciso trabalhar para trazer um centroavante que possa solucionar o problema e seguir lapidando o menino.

Li besteiras por aí sobre arbitragem, como o pessoal gosta de caçar assunto, dentro do natural, o juiz fez o que tinha de fazer, expulsou um de cada lado e aplicou vários amarelos. O que o juiz ia fazer, dizer pra seus auxiliares "Eu não vou expulsar o moço que deu tapa na cara porque dirão que eu torço"? Bobagem, pra quem teve a vida invadida e como Ser Vivo que é tem um time e sua mãe tem também, ele teve uma atuação bastante imparcial, punindo todos os lados e mais uma vez, relevando a ação do causador de toda a confusão, pra não deixar os dois times com nove, afinal, é assim que as arbitragens agem em confusões generalizadas, expulsam 98,9% das vezes a mesma quantidade de atletas das duas equipes.


Ao menos o prejuízo não é definitivo, claro que desta vez o desafio é vencer lá dentro o Palmeiras, mas é final, há que deixar tudo em campo, ir pra cima desde o começo, desestabilizar emocionalmente o adversário, se a vantagem for pulverizada cedo, dá pra pensar em vencer no tempo normal, caso não, o time terá de dar o sangue pelos penais. A melhor forma de respeitar o adversário é fazer o impossível para vencê-lo, só assim o Corinthians poderá, mesmo com suas deficiências de elenco, vencer mais um título.



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Foto: GazetaPress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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