Olá fãs da velocidade! Finalmente a Fórmula 1 está de volta! Na madrugada deste domingo, os carros voltaram à ação em Melbourne, Austrália, abrindo os trabalhos para a temporada 2018. Em meio à críticas sobre o halo e muita expectativa nos carros da Red Bull, quem saiu na frente foi o "quietinho" Sebastian Vettel, discreto em quase todo o fim de semana e inclusive neste domingo, se aproveitando de um inesperado VSC. Aliás, demos graças ao VSC, responsável por tudo de surpreendente que nos reservou a prova. É hora de F1 aqui no JC!


A imagem pode conter: carro e atividades ao ar livreMomento de maior expectativa do fim de semana, a largada transcorreu sem maiores problemas. Hamilton pulou bem à frente de Räikkönen, que pôde se defender de Vettel. Logo atrás, Magnussen surpreendia, e numa excelente manobra, ultrapassava a Red Bull de Verstappen para assumir um inesperado quarto lugar! Seu companheiro vinha em sexto, confirmando a boa fase dos americanos. Ricciardo permanecera em oitavo, enquanto Bottas também no conseguiu deixar o péssimo quinto lugar.

Nas primeiras voltas, Hamilton seguiu tranquilo na ponta, e Vettel, surpreendentemente, não conseguia acompanhar o ritmo de Kimi, chegando a ficar mais de 3 segundos atrás do companheiro. Na quarta posição, Magnussen vinha fazendo um excelente trabalho segurando a forte pressão de Max Verstappen. O holandês, sempre buscando agressividade ao máximo, não queria mais perder tempo atrás do dinamarquês, e forçando tudo o que podia e esperando um erro do adversário. Mas dessa vez, quem não aguentou o ritmo foi o próprio Max, que acelerou antes da hora na curva 1 e rodou sozinho, perdendo muitas posições.
Algumas voltas depois, constataram-se problemas de equilíbrio na Red Bull de Max, mas nada que perdoe o erro do piloto: já são praticamente dois anos de experiência na equipe, e num time grande, esse tipo de erro não é permitido. Tudo bem, são dores de crescimento para o ainda jovem holandês, mas vislumbrando uma disputa de título, aonde cada ponto é determinante, errar é uma palavra que não costuma estar no dicionário dos campeões.

Seguindo a prova, podíamos ver um Ricciardo com sangue nos olhos e, como de costume, extremamente preciso nas ultrapassagens. Em pouco tempo, o australiano já ocupava o sexto lugar, na cola de Grosjean. Porém, era o oposto que acontecia com Valtteri Bottas, que também largara do meio-fundo do grid. O finlandês ocupava um discretíssimo 13º lugar, e mesmo com a flecha prateada da Mercedes, não conseguia dar sequer um calor em Sergio Pérez que ia à sua frente. Há que levar em conta que Albert Park não tem lá muitos pontos de ultrapassagem, porém a diferença de uma Mercedes para uma Force India é (bem) grande. Na situação em que Bottas se encontra, uma exibição dessas só piora seu quadro ante Hamilton, que liderava com folga o GP. Ricciardo fica livre de contrato no fim de ano e é bom o finlandês acordar logo do seu sonho, pois senão vai ser difícil defender uma renovação de contrato.

Depois dos abandonos precoces de Sirotkin e Gasly, a primeira (e única) rodada de pits estava aberta. Aliás, cabe uma observação quanto à esse assunto: mais uma vez, a Pirelli fez uma escolha muito conservadora, com os pneus ultramacios durando quase metade da prova. Talvez, utilizando mais vezes o composto hipermacio (gerando assim mais pit-stops) as futuras provas sejam mais movimentadas.
Mas voltando ao GP, a tentativa de undercut de Kimi Räikkönen sobre Hamilton foi facilmente controlada pelo inglês, que voltou quase cinco segundos à frente do Iceman. Enquanto isso, Vettel seguia na ponta, mas sem ter feito sua troca de pneus.

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Foi aí que o destino resolveu ser cruel. Na hora dos pits, ambos os carros da Haas, que vinham na quarta e quinta posições, aparentemente tiveram problemas com a pistola pneumática, abandonando logo em seguida! Uma falha incomum, ocorrendo duas vezes seguidas com a mesma equipe! Seja o que for, não há mais o que fazer, a não ser estudar o problema e trabalhar para que não se repita. Enfim, uma oportunidade perdida para o time americano, que tinha tudo pra sair como vice-líder do Mundial de Construtores.

Oportunidade perdida pra uns, oportunidade agradecida por outros! Na liderança da prova, a Ferrari não perdeu tempo e chamou Vettel para os boxes. Limitado pelo VSC, Hamilton não conseguiu tirar a diferença e acabou superado por alguns metros pelo alemão, que voltou na ponta. Mais atrás, Fernando Alonso fez a mesma coisa, conquistando um excelente quinto lugar. Valtteri Bottas também se aproveitou para subir mais algumas posições e entrar na zona de pontuação, ocupando a nona posição.

A partir desse momento, a situação inverteu completamente de figura. Hamilton, que tinha virtual vantagem de 10 segundos, passou a estar na segunda colocação, e com um pneu quase 10 voltas mais velho. Para piorar, o carro da Mercedes começou a apresentar um de seus poucos problemas crônicos: o superaquecimento. Lewis precisou dar algumas voltas de descanso para o bólido, e quando decidiu voltar a atacar, os pneus já não correspondiam mais. Naquele momento, só um erro de Vettel tiraria sua vitória.

Mais atrás, um par de "brigas" interessantes prometiam movimentar a corrida. É, mas briga, de fato, nunca existiu. Ricciardo pressionava Räikkönen, tentando ser o primeiro australiano a subir no pódio dentro de casa, enquanto Alonso segurava Max, Hülk e Bottas, tentando um honroso quinto lugar. Pena que o circuito não colaborou, e em nenhum momento houve chance real de ultrapassagem.

No final, Hamilton deu um susto em Toto Wolff e cia., ficando a menos de dois segundos de Kimi, que terminou mesmo em terceiro. Na ponta, vitória de Vettel, sua segunda desde o GP da Hungria de 2017. Um bom domingo do alemão, mas é inegável que a sorte ajudou e muito no triunfo Ferrarista.

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Com relação a projeções ao campeonato, uma coisa é certa: a primeira corrida nunca pode ser levada como parâmetro. Porém, algumas situações podem ser ponderadas, independente do resultado: Räikkönen teve um grande fim de semana, tinha tudo pra superar Vettel não fosse o VSC. Como já dito, não podemos cair na tentação de levar isso como parâmetro, mas que é um bom começo temos que admitir.
A Haas foi outra que encheu nossos olhos. Uma pena que uma falha tão simples tenha comprometido todo um final de semana. Aliás, fica o aviso: como equipe pequena, a Haas precisa aproveitar o primeiro semestre para somar bons pontos, a tendência é que Renault e McLaren evoluam na segunda metade, deixando a vida dos americanos mais difícil. Vamos ver o que Grosjean e Magnussen tem de bom a nos mostrar.

Olhando um pouco para o lado negativo, impossível não mencionar o péssimo desempenho da Williams. Com Sirotkin ficando no Q1 e Stroll só cumprindo tabela no Q2, a briga da equipe parece ser mesmo com Sauber e Toro Rosso, muito longe da zona de pontuação. Tampouco temos certeza sobre a capacidade dos pilotos, mas que fique claro: foi uma decisão da equipe. Agora, há que arcar com as consequências.
A Honda foi outra que "empolgou" nos testes, mas voltou a ter problemas nesse domingo. Hartley fechou o grid, enquanto Gasly sequer completou. De qualquer forma, não se esperava um salto gigantesco de produtividade do motor japonês, nesta que é uma temporada onde o foco deve ser mesmo na confiabilidade. A Red Bull está de olho, e a última coisa que os austríacos querem é trocar seis por meia dúzia.

Dando uma rápida passada no mundial de Construtores, a Ferrari começa com o pé direito, liderando absoluta com 40 pontos. A Mercedes vem bem atrás, com apenas 22 pontos, enquanto a Red Bull somou 20.

Confira como ficou a classificação do GP da Austrália:

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Por hoje é isso pessoal, nos encontramos daqui a duas semanas, com o Grande Prêmio do Bahrein. Abraços e até lá!
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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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