Amigos e Nação Corinthiana! Na tarde deste domingo (25) o Corinthians entrou em campo pela partida de ida das semi do Paulistão, encarando fora de casa e ainda assim com favoritismo pelo momento, pelo retrospecto e pelas peças mesmo com os desfalques o time do São Paulo. Porém a escalação foi excessivamente conservadora com três volantes e abandonando os pontas, o time perdeu tanto a jogada de ponta, quanto o meio campo, o adversário jogou um tempo em cima e conseguiu a mínima vantagem de 1 x 0, que não é terra arrasada nem motivo para esta euforia (apesar que, tá difícil vencer clássicos, que comemorem) desenfreada dos adversários, mas é um ponto de atenção e que não só poderia, mas deveria ter sido evitado, não havia razão pra deixar essa pressão vir pra cima do time, mas, aconteceu.


Como dito, Carille tinha desfalques, mas a armação com três volantes não foi por isso, foi por precaução mesmo, parecia que a ideia inicial era se contentar com um empate pra resolver em casa, isso não dá certo, mas foi feito. Por "sorte", time perdeu Rodrigo no aquecimento, é claro que era um desfalque importante, mas imaginem o time sem Sheik, aí que não teria saída pela ponta, ia afunilar no meio, onde o adversário (esse sim com razões para tamanha cautela) tinha também três volantes. Sheik foi o único que tentou alguma coisa, fatalmente o rival viria pra cima, quando sentiu que o Corinthians não tinha saída, o fez, sem qualidade, mas com garra.

O Corinthians não tinha saída, Maycon não descia, ficavam os três na contensão, sem os pontas, o time perdeu sua principal jogada, Vital foi tímido, afunilando também pelo meio e Anchieta, ah, o "rodovia" que tinha de estar mais pelo centro se perdia pela ponta, não conseguindo dar continuidade em uma jogada sequer. Só quem tentava algo era Sheik, merece a menção honrosa. Com isso, o time perdia no meio, pois apesar dos quatro homens estava plantado, perdia pela ausência dos pontas e não incomodava por não ter atacante, o time só tinha defesa.

E se o time só tinha defesa, o adversário mesmo com pouca qualidade tinha de atacar, a movimentação de Trellez foi interessante, o menino Liziero fazia o que Maycon não fez, apoiar o ataque e com isso eles foram crescendo. O adversário merecia abrir o placar, mas parecia que conseguiríamos ir pro vestiário com o resultado de empate, o que seria lucro, mas no finalzinho, Mantuan errou e armou o contragolpe, salvo por Cássio na primeira, mas concluso pelo animado Nenê. Como comentarista, não posso deixar de dizer que o resultado fazia justiça, pois apesar de também conservador, o adversário decidiu jogar, coisa que a formação não permitiu ao Corinthians.


Na etapa final, o São Paulo se postou atrás, como era sua intenção inicial aliás. Afirmo sem medo de ser julgado, o crescimento do Corinthians na partida mesmo sem haver mudanças se deu muito mais por essa postura adversária do que por uma grande mudança de mentalidade no intervalo. O time voltou o mesmo, tanto que ficou penso para a esquerda, ainda sem pontas, Sidcley era o acionado e o time só atacava de um lado, saíram boas jogadas até o bico da área, depois não houve continuidade. Lucca entrou no lugar de ninguém e pouco fez, ainda assim é mais útil que ninguém.

Porém, estava claro pra tentar ao menos empatar o jogo, a necessidade de restabelecer os dois pontas, tirar um volante e colocar Pedrinho, puxando Vital pra ponta, soltar o time, isso não foi feito, o menino entrou bem depois e na vaga de um cansado Sheik. Ainda por cima morremos com uma substituição. Ok, Clayson estava machucado, mas por que não abrir Lucca numa das pontas e colocar Danilo de pivô, Danilo pra sair e criar uma infiltração, Danilo pra dar a QUALIDADE no trato da bola que falta a estes homens de frente? Pedrinho ficou isolado na ponta direita e, apesar da habilidade, não conseguiu ser efetivo.



Houve quem entendesse tamanha precaução de Carille, houve até quem pedisse isso, eu não pediria nem contra o Palmeiras, o Corinthians sabe jogar clássicos, não precisa chamar assim o adversário, os desfalques não são desculpa, a maluquice dos três volantes já estava estabelecida, bem como Vital não funcionou como um ponta, perdemos a dualidade lateral que caracteriza nosso time e quando fomos pro ataque, usamos muito tempo um lado só, quando Pedrinho entrou, esteve sozinho, ninguém pra tabelar, poderia ser Danilo, não foi.

Claro que não vou crucificar Carille, o trabalho é excelente, mas também não vou buscar justificativas. Ele resolveu sair da sua linha de trabalho e adotar um outro modelo que não funcionou, assim como contra o Bragantino, vai precisar correr atrás de novo, num clássico e com menos peças á disposição. Ainda acredito, mas será difícil, o time terá de jogar com muito impeto, com dois pontas e vai sentir a falta de um centroavante que ao menos se faça existir, é horrível queimar todos os cartuchos de saída, mas vale entrar com Sheik na formação inicial no lugar do "rodovia", é preciso fazer um gol cedo, portanto, há que arriscar.

Carille internamente precisa entender que errou e que em mata-mata isso é imperdoável, já vimos esse filme ano passado na Copa do Brasil e na Sulamericana, no primeiro caso, fomos eliminados por um time tecnicamente inferior, será doloroso se isso acontecer novamente, ainda mais em relação ao rival, com tanta sede de vingança de tantas derrotas. Claro que estamos com Carille, mas não de forma cega, estamos de forma analítica, torcendo sim, mas tendo a visão necessária para apontar erros e sugerir soluções. Entre pra ganhar e GANHE na quarta, Carille.



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Foto: GazetaPress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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