Talvez o título desse texto seja criticado por muitos vascaínos, que por entenderem da grandeza do Vasco da Gama, isso nunca ocorrerá e alguns virão com aquele velha frase: "as pessoas passam, mas o clube fica".

A grande questão de escrever esse artigo é uma dúvida do que queremos do Vasco amanhã? O clube vive uma crise política e até uma definição total do processo da Urna 7, o Gigante da Colina está sem presidente, podendo comprometer a temporada de 2018, onde o clube volta a disputar depois de seis anos, quando foi eliminado nas quartas de final para o Corinthians.

Visando a temporada, o Vasco até agora segue abaixo do esperado no mercado. Até o momento desse artigo, foram quatro contratações e nenhuma de encher os olhos dos vascaínos, além de tentarem renovar o contrato de alguns jogadores, muitos por empréstimo que vieram no meio do ano para não repetir a campanha de 2015, quando o clube foi rebaixado pela terceira vez. Agora pensando em todos esses problemas, 2018 poderá o ser de incógnitas e o que nos resta é apenas torcer.

Na primeira semana do ano, o problemas da atual e antiga gestão começaram a surgir. A troca do material esportivo com a italiana Diadora, fora do futebol brasileiro há anos, no lugar da Umbro, onde na história recente do clube, já passaram nomes como Finta, Kappa, Pênalty, Champs e até a vergonhosa VG. Nenhuma delas chegou ao nível do que o Vasco merece. A ausência de Anderson Martins na reapresentação do elenco, alegando a falta da definição politica que o clube hoje vive. 

O zagueiro apareceu apenas quatro dias depois. Pra finalizar, a grande promessa do Eurico Miranda, o time de basquete, começar a ruir. Com salários atrasados quase três meses, jogadores já ameaçam a saída do clube e o projeto, fica comprometido. Esses fatos mostram que a permanência do Eurico, fará do Vasco um clube "pequeno".

Desde ao seu retorno a presidência do Vasco, Eurico Miranda manda e desmanda no Vasco, colocou seu filho Eurico Brandão, o Euriquinho como vice de futebol, tirou a numeração fixa das camisas, algo que hoje é uma jogada de marketing lucrar, não consegue um patrocínio master, veta a entrada de ídolos no clube  e bloqueia torcedores que são contra a sua gestão das redes sociais. Com essas medidas, o Vasco vai perdendo torcedores e vai se apequenando no cenário nacional, algo que agradaria muita gente que realmente deseja ver o clube nessa situação.

Para que isso possa mudar, a instituição precisa de uma mudança urgente na forma de gerir, é preciso estancar o sangramento o mais rápido possível e creio que se Julio Brant assumir, não resolverá em três anos, aliás, nenhum clube do país consegue manter uma filosofia para que não ocorra altos e baixos. Como Brant tem falado na mídia e nas redes sociais, é preciso resgatar o Vasco com uma gestão séria, resolver os problemas financeiros, criar um plano de sócios revolucionário, ter uma estratégia de marketing para trazer de volta e atrair mais torcedores, principalmente fora do estado e do país, e claro montar um time competitivo a sua altura, mas sem deixar de lado os outros esportes, como remo e basquete, e as sedes.

É possível fazer do Vasco voltar a ser grande, mas com a forma e falta de gestão do Eurico e seu grupo, muitos torcedores continuariam na ilusão que ele é o bem do Vasco, mas não. O Gigante da Colina precisa de nomes sérios, seja com o Brant ou com outros, para colocar no seu devido lugar, que é brigar por títulos e não comemorar uma vaga da libertadores graças a mãe CONMEBOL.


*José Nunes (@JosecleiNunes) é colunista do site Esportes Mais. Escritor, graduado em história. Ama futebol, tênis e um bom papo de botequim.
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José Nunes

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