Amigos! É de forma emocionada que venho aqui dar a vocês e mais do que isso, me presentear com a oportunidade de no Natal trazer essa Retrospectiva da Reconstrução da Associação Chapecoense de Futebol em 2017, um ano que começou com muita dor e com dúvidas, mas com a esperança de que o profissionalismo e a força de uma cidade, de um estado e por que não dizer, de dois países, o clube que move a paixão e a esperança de torcedores em Chapecó e hoje em todo o país se reerguesse e assim foi. Um caminho que teve percalços e até polêmicas, mas que foram pequenas ante quão lindo foi esse renascimento.


Após a perda de 70 pessoas (uma não conta), além dos colegas de imprensa, não só o elenco como o departamento de futebol do clube foi dizimado, uma tragédia tão histórica quanto triste. Foi ofertado ao clube a permanência na Série A do Brasileirão garantida por algumas temporadas. A nova Diretoria do clube recusou prontamente, num gesto honrado e com isso assumiu a grande responsabilidade de mais do que se remontar e seguir competindo, seguir sendo competitivo.

Nisso o departamento de futebol, encabeçado pelo Presidente Plínio David de Nês Filho conseguiu montar um elenco numeroso e competitivo, com as características que notabilizaram o time dos heróis que se foram, a garra, a determinação, além de reestruturar todo o departamento de futebol do clube.


O time que acabara de ser montado foi sob a batuta de Vagner Mancini campeão estadual, suplantando os clubes de seu estado que (entre seus problemas administrativos) estavam prontos, só essa conquista já era gigante, mas o clube queria mais.

O time poderia ter ido mais longe na Libertadores não fosse a primeira das polêmicas na temporada, a escalação irregular de Luís Otávio no duelo ante o Lanús. O time argentino passou de fase e chegou á final da competição, a Chape, dona da vaga no campo, por um erro ficou pelo caminho. Polêmica também na eliminação sofrida pelo time na Copa do Brasil ante o Cruzeiro, inclusive com briga, não é o recomendável claro, mas acontece no futebol, isso não manchou o carinho de ninguém pelo clube.


Depois disso a outra grande polêmica do ano, a demissão de Mancini, que vinha fazendo um bom trabalho com um elenco recém-montado. A sequência negativa foi o motivo amplamente divulgado para a demissão, mas as informações que vem de Chapecó são de que o relacionamento difícil com a Diretoria foi a real causa da demissão do técnico.

Demitir é uma escolha diretiva, mas o anúncio do substituto surpreendeu negativamente, Vinícius Eutrópio era o nome que iria administrar melhor o time, mas não durou muito, foi demitido após 11 derrotas, dois empates e quatro vitórias somando todos os compromissos da equipe do Oeste catarinense.


E após ter Emerson Cris como técnico interino por oito partidas, o time anunciou Gilson Kleina, que vinha de bom trabalho na Ponte Preta, porém com final conturbado, seria o quarto comandante da equipe no ano, com enorme responsabilidade de salvar o clube do descenso, risco este de descenso que com honra, a equipe assumiu, pois tinha o desejo de competir em alto nível.

O êxito foi total e a Chape está de volta a Libertadores em um cenário meses atrás inimaginável, o time teve um desempenho de campeão, ficando dez jogos invicto no Brasileirão, com seis vitórias, um aproveitamento histórico de 73,33% de Kleina em um time que tinha o espírito de Condá cada vez mais vivo, sem sombra de dúvidas.


Foi um ano de reconstrução, de percalços, de renascimento do clube e dos sobreviventes, de cicatrização das feridas na alma do acidente. Claro que estaremos pra sempre marcados e impactados por essa tragédia. As famílias das vítimas ainda lutam na justiça pelo seguro e outras assistências envolvendo a companhia aérea sobretudo, o clube, no seu processo de renascimento, faz o que pode para ajudar as famílias e como de forma muito feliz colocou o especial do Esporte Interativo que foi conduzido pelo filho de Chapecó Giovani Martinello, A vida continua, continua claro, com a saudade, com a dor, com a marca e com a lição. Mas continua também com a beleza do renascimento, não há outra história tão linda pra contar relacionada ao esporte no Natal, que simboliza o nascimento que essa história do ressurgir de um clube, de uma cidade, abraçando aqueles que perderam seus entes queridos e sendo todos nós abraçados, pois foi como se tivéssemos perdido também um ente nosso.


Siga forte em 2018 Chape! Vamo, vamo Chape!! 




Em meu nome e de todo o time de colaboradores de Jovens Cronistas, eu desejo á todos um Feliz Natal, um Natal onde não vivamos somente a mesa farta e os presentes. Mas sim o desejo de estarmos com quem amamos, de celebrar a vida, de Viver cada dia como fosse o último e de fazermos sempre o bem, com honra. É nesse espírito que o time ressurgiu e que não importa o tamanho da dificuldade, cada um de nós pode também renascer. 



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Imagens: Globoesporte, FOX Sports (Reprodução), AFP e Acervo JC. 


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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