Amigos! Em meio a um momento difícil (e só aceitando a situação é que se pode caminhar pra mudar) dos clubes Sul-Americanos fomos privilegiados em acompanhar as partidas que decidiram as duas vagas na decisão da Libertadores, os classificados são Grêmio e Lanús, vamos comentar os jogos que levaram as equipes á decisão e ainda projetar a final, além de dar um pitaco no FlaFlu onde a experiência fez o Mengo avançar na Sulamericana. 


Foi o chamado "teste pra cardíaco" sobretudo na terça (31), onde em um dos jogos mais marcantes da história, o "time de bairro" Lanús, empurrado pela torcida acreditou até o fim, depois de ter perdido na ida fora por 1 x 0 o time esteve atrás no placar em casa por 2 x 0, qualquer time "normal" se abateria, o valente Lanús não, foi pra cima, o jogo ficou lá e cá, velocidade, defesas incríveis, gols perdidos, o Lanús virou. Então, o River foi desesperadamente pro ataque, se abriu, tomou o quarto e aí o time da casa confirmou a classificação em uma festa emocionante.

Do outro lado da chave, na ida uma aula de futebol, 3 x 0 para o Grêmio dentro da casa dos caras, com direito a possibilidades para marcar muito mais e um dos maiores (se não o maior) milagre da história do futebol, protagonizado por Grohe. Mas no jogo da volta a história foi um tanto diferente, o Grêmio não entrou com a mesma pegada, determinação. Sintomático claro, já pensava na final, o Barça não tinha condições técnicas de reverter ou igualar o placar da ida na Arena. Mas o Grêmio correu riscos, na etapa inicial sobretudo era claro que "se quisesse" o time Sulista teria aplicado outro placar elástico nos visitantes, mas não o fez, o adversário ganhou confiança, criou, fez o 1 x 0, mas poderia ter feito mais, foi um jogo ruim do Grêmio, que correu riscos desnecessários.



Uma pausa na Libertadores pra falar da Sula. Tudo que NÃO foi o FlaFlu da partida de ida, onde o Mengo venceu o Nense por 1 x 0 e ainda assim o time de Abelão foi apontado pela maioria dos analistas como melhor na partida, tudo que aquele jogo não teve, este teve nesta quarta (1).

Um jogo cheio de alternativas. o Flu foi valente ante um Fla ao menos no papel muito melhor, um elenco muito mais estruturado, abriu 3 x 1 no placar, onde naquele momento eu e talvez até a torcida do Fla cremos que a vaga era do Flu, mas aí faltou experiência ao time.

Sim, as mudanças de Abel Braga foram bastante criticadas e são (desde que com respeito e na medida certa), críticas justas. A questão é que diferentemente do que a maioria da crítica especializada coloca, não foram as mudanças o principal fator que fez com que o adversário, mais forte, reagisse após estar tomando três e avançasse as semifinais. O determinante foi o fator inexperiência. 

A meninada sentiu, não soube amarrar o jogo, prender a bola na frente, agir com a malandragem que pede um momento decisivo de mata-mata. Com dois gols de vantagem no placar era só amarrar o jogo e correr pro abraço, era não ter mais jogo (não estou defendendo que isso seja "bonito", estou dizendo que isto é EFICAZ) mas teve jogo, o time "se deixou" pressionar pelo Flamengo, que na raça e "na marra" foi lá, empatou nos minutos finais e após conseguir o objetivo teve tudo que o Fluminense não teve, sapiência, experiência, amarrou o jogo, caiu no gramado, catimbou, "roubou" tempo e foi para a final. Claro que o objetivo aqui não é execrar os meninos, mas sim, deixar claro que nãé é Abel o "isolado culpado" pelo "fracasso" do time ante o rival e sim uma conjuntura de fatos, onde a inexperiência do time acabou sendo o fator mais preponderante, mais até que as mexidas, em parte, equivocadas.



Voltando a falar de Libertadores, para todos, inclusive para mim, antes da decisão da vaga entre River Plate e Lanús, o melhor caminho era, evidentemente pegar o adversário com menor capacidade técnica, o adversário com menos nome, menos cancha história, tradição, história na competição, "time de bairro", enfim. Hoje já vejo de uma forma um pouco diferente. Contra o River as chances seriam 50% a 50%, dois times de similar qualidade, de similar tradição, de uma baita cancha, que protagonizaram aulas de futebol em determinados momentos da competição, seria um duelo de 180 minutos mais "previsível" para o Grêmio. Agora contra o Lanús é tudo incerteza, o Grêmio pela sua capacidade técnica é um pouco favorito sim, diferente do que seria o equilíbrio se o duelo fosse outro, mas um vacilo, uma jornada ruim como a contra o Barcelona e o time argentino pode surpreender, como "surpreendeu" ao River, com muita garra, força, empurrança da torcida e acabar levando a taça.

O Grêmio NÃO é franco favorito neste duelo, é um favorito simples, que tem de jogar cada um dos 180 minutos de duelo com muita seriedade, para evitar que o título vá para a Argentina e acima de tudo para fazer vibrar a enorme torcida do Tricolor Gaúcho.




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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