Após a conversa com Bruna, sobre o Dallas Cowboys, saí de Arlinghton direto para Foxboro. O convidado da vez foi Júlio Mendes, um amigo que me deu o privilégio de participar do Papo na Tailgate dessa semana. Júlio Mendes é um mineiro de 21 anos, o cortador torce para o New England Patriots.
Por que New England Patriots?
Foi o primeiro time que tive contato lá fora. Eu já tinha muito interesse por futebol americano. Meu primo já assistia e me passava umas informações sobre vários times e ele não gostava dos Patriots, foi aí que fui pesquisar sobre o time e acabei me apaixonando por ele.
Desde quando você torce para New England?
Desde 2007-2008. O primeiro jogo que não foi nada mais, nada menos que o Super Bowl contra os Giants.
Se considera apaixonado pelo time?
Os Patriots, desde a primeira temporada que assisti por completa, se tornou minha maior paixão. Percebi que até deixei de ser tão fanático como era pelo "nosso futebol." As duas tatuagens que tenho são para mostrar na pele o amor que está na alma.
Eu tenho um palpite, mas qual foi o momento mais feliz como torcedor?
Essa pode parecer fácil, mas o coração fica dividido. Por impulso eu responderia o Super Bowl LI, mas para mim, aquela interceptação do Butler contra o Seahawks no Super Bowl XLVIII e por ser o meu primeiro título como torcedor depois de dois vices, foi para lavar a alma.
E o mais triste?
Apesar de ter assistido aos dois Super Bowls que perdemoss e o 2007 ser bem mais doloroso, a memória mais triste que tenho é o Super Bowl XLVI.
A gente vê uma divisão bem equilibrada. Os Pats não têm encontrado facilidade. Como você vê os rivais nessa temporada?
A temporada começou cheio de altos e baixos. Perdemos jogadores importantíssimos no elenco, mas aos poucos estamos nos reerguendo. Dos rivais, o que mais está me surpreendendo é o Buffalo Bills. Chiefs, Raiders e Broncos não podem ser deixados de lado, são sempre pedras em nossos sapatos.
Se fosse GM dos Patriots, o que faria?
Estaria pensando no caso de talvez substituir o Gostkowski. É o "senhor automático", mas vem deixando pontos muito importantes e que estão fazendo falta no final dos jogos. No Draft, tentaria trazer um LB, pois não dá para confiar no Hightower pra todos os jogos, um OT e S.
O que tem a falar sobre a troca do Garoppolo para o San Francisco 49ers?
No começo eu achei muito ruim, gosto muito do Garoppolo e acho que ele tem potencial até para ser franchise quarterback. Agora, pensando bem e apurando a situação, foi a melhor coisa para o time. Ano que vem sairia de graça, ainda acho que a troca foi muito pouco pelo potencial que ele apresenta.
E o velho caso das bolas murchas, o que você tem a dizer sobre isso?
Foi uma das maiores injustiças do esporte, em um país que segue firmemente o lema: "Todos são inocentes até que se prove o contrário". A NFL perdeu muito a credibilidade por punir alguém sem qualquer tipo de prova, se baseando apenas em achismo e rumores.
Seus maiores ídolos?
Tom Brady, Bill Belichick, Rob Gronkowski, Randy Moss, Tedy Bruschi, Adam Vinatieri e Cam Newton (por tudo que fez em Auburn).
Alguma história legal ou curiosa sua como torcedor?
Só uma tremenda coincidência na semana do Super Bowl LI. Eu sempre fico fazendo um simulado da final no Madden e, nessa semana, eu não consegui começar ganhando nenhum jogo, só viradas.
Vamos ao Quebrando Tackles, Júlio.
Brady, Manning ou outro? Quem é o GOAT? Brady, sem qualquer dúvida.
MVP de 2017? Alex Smith ou Tom Brady.
Campeões de conferência e do Super Bowl? Patriots da AFC, Eagles da NFC, Patriots campeões novamente em cima dos Eagles.
Quem escolhe primeiro no Draft de 2018? Cleveland Browns.
Melhor jogador de ataque dos Pats? Tom Brady.
Melhor de defesa? Dont'a Hightower.
Pior de ataque? Marcus Cannon
Melhor de defesa? Stephon Gilmore.
Esse foi o Papo na Tailgate com Júlio. Um amigo de longa data, que aceitou o convite para a entrevista. Agradeço ao patriota pela participação. Na quinta-feira que vem, voltarei com outro torcedor para o Papo na Tailgate.
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