Salve pessoal, torcedores da seleção mais vitoriosa do mundo, vamos repercutir hoje nos Jovens Cronistas as partidas da seleção canarinho diante da Bolívia e do Chile em jogos válidos pelas duas últimas rodadas das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo 2018, na Rússia. Além disso, será feito um balanço geral da "Era Tite" concluída com êxito à frente da seleção no torneio classificatório. Venham com a gente.

O Brasil está nas alturas da classificação, mas precisou ir às alturas da Bolívia enfrentar o time da casa. De novidade, apenas o lateral esquerdo Alex Sandro que por sinal deu a famosa "dor de cabeça" boa para o treinador. Mesmo tendo que se poupar durante os 90 minutos por causa de desgaste físico, o Brasil apresentou um bom futebol e criou as melhores chances na primeira etapa. Uma delas, Neymar concluiu e o zagueiro tirou em cima da linha. Em outra, Gabriel Jesus não conseguiu tirar o suficiente do goleiro Lampe. Na segunda etapa, o Brasil teve mais uma grande oportunidade em bola na trave e uma cabeçada à queima roupa do centroavante Gabriel Jesus. Em resumo, deu para notar que mesmo jogando na altitude o Brasil foi bem no jogo e pecou apenas na finalização; claro que contou também com uma brilhante atuação do arqueiro boliviano.

Na partida diante do Chile, realizada no Allianz Parque, o Brasil não foi bem na primeira etapa. Longe de sofrer sustos, mas pouquíssimas chances criadas. Na única boa, Neymar chutou em cima do goleiro Bravo. O clima estava ficando quente no fim da primeira etapa, porém, no vestiário parece que a cabeça dos jogadores brasileiros entrou no lugar e a seleção voltou a jogar melhor. Em cobrança de falta, Paulinho (aquele mesmo, contestado nas primeiras convocações) concluiu para o fundo das redes. Minutos depois, se sentindo em casa, Gabriel Jesus fez o segundo o que esfriou qualquer esperança chilena de reagir na partida. Coube ao Brasil tocar bem a bola e gastar o tempo. Deu tempo ainda de um último contra ataque para o Brasil fazer o terceiro gol e sacramentar o placar do jogo com Gabriel Jesus. Encerrando muito bem a participação nas eliminatórias.

Tite e a "Copabilidade"


Passadas as duas partidas finais, o ciclo de Tite nas eliminatórias foi encerrado. Para ser bem sincero, com chave de ouro mesmo. O time conseguiu a classificação com uma antecedência absurda se comparada na época de seu antecessor em que o torcedor brasileiro (inclusive quem vos escreve) tinha enormes dúvidas se a camisa verde e amarelo estaria presente na Copa do Mundo 2018. Porém, depois de uma derrota diante do Peru na Copa América Centenário, o treinador do Brasil na época foi demitido e Tite assumiu. A pedreira? O Equador que vinha voando nas eliminatórias em seus domínios.

O jogo foi pós olimpíadas. Tite resolveu apostar em Gabriel Jesus que foi contestado no torneio. Porém, o menino ajudou Neymar a fazer o primeiro gol, sofrendo o pênalti e fez os outros dois da partida. Na partida seguinte, vitória de 2x1 sobre a Colômbia e, na sequência a seguir, a seleção brilhou e fez 5x0 na Bolívia, 2x0 na Venezuela (sem Neymar). Nos jogos mais importantes e difíceis como contra Argentina e Uruguai, o que foi visto foi um show de Coutinho e Paulinho, respectivamente. Respeitosos 4x1 no Uruguai em Montevidéu! Paulinho, contestado nas primeiras convocações passou a ser peça fundamental de Tite. Coutinho que pouco era conhecido jogando pela seleção começou a ter destaque jogando pela ponta direita e vindo na diagonal por dentro. Essa essencialidade foi demonstrada principalmente nos jogos diante da Argentina e do Paraguai. 

Após o time sacramentar a classificação para o Mundial 2018, Tite não resolveu fazer muitos testes e manteve a base do time. É verdade que deu para notar que os jogadores não mantinham a mesma pegada, mas não deixaram de lutar. Mantiveram-se em uma boa organização tática e procuraram jogar com objetividade (casos dos jogos diante do Equador e Colômbia no segundo turno das eliminatórias, com o time já classificado). Em resumo, aí vão os números da seleção brasileira de futebol após Tite assumir:

Jogos: 12
Vitórias: 10
Empates: 2
Derrotas: 0
Gols Marcados: 30
Gols Sofridos: 3

Com esses números, se o Brasil estivesse com ZERO pontos quando Tite assumisse, terminaria líder das eliminatórias mesmo assim, já que Uruguai terminou com 31 contra 32 do time de Adenor Bacchi. Um time que não sofreu nenhuma derrota em território sulamericano. Um time que brilhou ofensivamente e defensivamente, mesmo jogando jogos duros contra Uruguai e Argentina. 

Uma geração que pode não ser das mais brilhantes. Mas tem o seu talento e um treinador que consegue extrair o máximo de cada um. Se vai ganhar a Copa 2018 não dá para saber, mas que com certeza será uma equipe competitiva, com toda certeza será. A Rússia está chegando! Vamos, Brasil! Agora o campeonato é outro!


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Leonardo Paioli Carrazza

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