Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir aqui o empate do Palmeiras diante do Cruzeiro em jogo realizado no Allianz Parque pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol. Resultado que terminou empatado em 2x2 com duas falhas de Juninho (uma extremamente grotesca) e o Palmeiras ainda reclama de um gol anulado do colombiano Borja que mesmo com esse revés ainda deixou sua marca duas vezes na partida. Vamos ao jogo.

Palmeiras foi a campo com Fernando Prass, Mayke, Edu Dracena, Juninho, Egídio, Jean, Tchê Tchê, Moisés, Dudu, Keno e Borja. Um jogo contra um time que muitos diziam que viria sem compromisso, mas o Cruzeiro não veio para brincar. Se defendeu bem em alguns ataques desesperados do Palmeiras até que em um contragolpe Diogo Barbosa cruzou e Juninho anotou contra as próprias redes. Palmeiras literalmente sentiu o golpe e ficou um pouco perdido na partida. O verdão só conseguia trocar passes no meio de campo para o lado, quando a marcação do Cruzeiro estava bem postada. Mas os ânimos se acalmaram quando Dudu quase anotou, Fábio deu rebote e Borja estava lá para empatar a partida. A partir deste momento, Palmeiras foi melhor na primeira etapa, perdendo boas chances com Dudu e Keno. Ainda deu tempo de Borja disputar bola com Manoel, fazer o gol de cabeça e ter o gol anulado. Lance bem discutível, visto que Manoel simplesmente desaba quando sente a mão do colombiano em seu corpo, mas confesso que foi bem encenado.

Na segunda etapa, o jogo se desenhava para pressão do Palmeiras. Mas novamente, Juninho perdeu uma bola besta no meio de campo e no contragolpe Robinho aplicou a famigerada "Lei do ex" para fazer o 2x1 para a raposa. Cruzeiro quase ampliou em alguns contra ataques, mas não aproveitou. Valentim mexeu na equipe colocando Roger Guedes no lugar de Jean para dar mais mobilidade na ponta. Sacou Edu Dracena sentindo a coxa para a entrada de Luan. Mais perto do fim do jogo, tirou o Keno para a entrada do Deyverson. A partir desta substituição foi um verdadeiro massacre alviverde. A bola teimava em não entrar, a zaga do Cruzeiro tirava todas com aquela pontinha do pé salvadora. Até que em um lateral, Dudu foi acionado na direita, cruzou a bola que sobrou para Borja empatar a partida no final. A baixa fica para a quantidade de acréscimos. Ontem vimos um jogo em Campinas que o juiz deu 5 minutos e ainda acresceu 1 (merecidamente). Hoje, o Cruzeiro não fez diferente do que a Ponte Preta na segunda etapa, mas deram apenas QUATRO minutos. Só o Thiago Neves ficou caído por dois minutos umas duas vezes na partida, mas, enfim, fim de papo.

Resultado normal se tratando de um jogo Palmeiras x Cruzeiro. Palmeiras nitidamente ansioso, afobado, querendo mostrar nesta reta final um famoso "quero mais", quando poderiam ter mostrado isso desde o começo do segundo turno ou quem sabe desde o começo do campeonato. Chances preciosas que foram poucas, mas acabaram sendo desperdiçadas. Juninho sempre foi mencionado aqui que é limitado e hoje não tem como poupá-lo de críticas: péssimo. No ataque faltou o Palmeiras jogar mais de cabeça erguida e procurar mais jogadas pelos lados. Muitas jogadas pelo meio que acabaram sendo um verdadeiro "mamão com açúcar" para a defesa adversária. Borja nesse final de ano vem rendendo um pouco do que a torcida esperava. Uma corneta agora vai para a escalação de Valentim; sem um único volante de marcação, o meio do Cruzeiro ganhou a maioria das bolas no setor, ou seja, não era jogo para Jean e sim para Felipe Melo ou Thiago Santos.

Próxima rodada é nada mais nada menos que o dérbi. Corinthians x Palmeiras nessa reta final. Adversário em má fase e o Palmeiras tem condições de se aproveitar disso. Como? Basta jogar o que não jogou no dérbi do Paulista e no do primeiro turno. Se quiserem ter alguma chance de salvar (dentro de campo) o ano de 2017, é agora! Esqueçam ansiedade, afobação. Agora é hora de guerra!

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Leonardo Paioli Carrazza

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