Após conversar com Lauren Laux, dos Giants, na segunda edição, a terceira edição do Papo na Tailgate é com um torcedor do Tennessee Titans. Felipe Nigri, de São Paulo, é torcedor dos Titans. O empresário de 28 anos bateu um papo na tailgate da franquia de Nashville comigo. Confira como foi a conversa.
Vamos lá, Felipe, por que Titans?
Então, na verdade sempre gostei muito de esportes americanos. Desde criança, curtia NBA, NFL, NHL e MLB, por causa dos joguinhos para computador. O primeiro jogo da NFL que realmente vi foi o Super Bowl entre Rams x Titans. Devia ter uns 10 anos. Eles perderam por uma jarda e naquele sentimento de criança, fiquei triste por eles. Aí comecei a jogar no Madden todas as vezes com o Titans e virei muito fã do McNair e do Eddie George. Sempre gostei de torcer para o time diferente dos que todos torcem e quando pesquisei e vi que o Titans era um dos times menos expressivos da NFL, gostei ainda mais deles.
Desde quando torce para o Tennessee?
Desde os 10 ou 9 anos de idade... São quase 18 anos.
Você se considera um apaixonado pelos Titans?
Cara, me considero um torcedor que acompanha muito e assiste aos jogos. Contudo, apaixonado igual com o futebol, sinceramente não sou.
Resposta sincera. Gostei. Me diga, após quase 18 anos de torcida, qual o momento de maior alegria?
O momento de mais alegria foi quando estive em Nashville e pude conhecer o Nissan Stadium - na época ainda chamava LP Field. Esportivamente falando, foi a escolha do Mariota no Draft. Antes dele, ou tínhamos péssimos quarterbacks, ou tínhamos muito azar com lesões do Jake Locker.
E o mais triste? Com exceção daquele Super Bowl!
O mais triste na verdade foi a frustração com o Vince Young. Achei que seria o nome da franquia por muitos anos e seria um ícone na NFL, popularizando um pouco mais os Titans. Vimos um jogador que rendeu poucas temporadas e no final decepcionou a todos.
Falando em franquia, nesta temporada há chances claras de playoffs. O que está achando da temporada? O que melhorar e até onde vai?
Sinceramente, achei que começaríamos muito melhor o ano, mas ficamos muito na mão da saúde do Mariota. Com ele saudável, as chances de ganhar a divisão são grandes. Quando ele não joga, perdemos para times como os Dolphins, que não vem bem com Cutler. Precisamos muito melhorar a defesa contra o jogo corrido, que é fraco. Conto que o Mariota ficará saudável e acho que chegaremos ao menos no Wild Card.
Como você vê a AFC South? Algum rival tem chances claras de ir longe?
Acho que os quatro têm as mesmas chances. São bem parecidos. Os Texans são um pouco superiores, mas já perderam o J.J. Watt. Jaguars tem um quarterback péssimo e os Colts dependerão muito de como o Luck vai voltar. Acho que nenhum dos quatro passará do Wild Card.
Se fosse GM dos Titans, o que iria buscar primeiro para a próxima temporada?
Iria buscar reforçar primeiramente os linebeckers. Tentaria um grande nome na Free Agency, pois o time é muito novo. Depois, iria atrás de jovens para a linha defensiva. Como terceira prioridade, traria mais 2 recebedores, um jovem e um experiente.
Bom. Quais são seus principais ídolos?
Steve McNair , Eddie George e Marcus Mariota.
Alguma história engraçada ou curiosa como torcedor?
Cara, nada de mais, mas quando fui conhecer o estádio dos Titans chovia muito e a temporada já havia acabado. Cheguei na loja e perguntei se tinha algum tour. A mulher da loja fez uma cara de surpresa sensacional quando falei que era do Brasil e torcia para os Titans. Fez questão de me levar nas arquibancadas mesmo com o mundo caindo e tirou várias fotos minhas, foi muito simpática!
Muito, muito legal. Vamos ao quadro do Quebrando Tackles. Tente quebrar esses tackles:
Brady, Manning ou outro, quem é o GOAT? Brady, sem dúvidas.
Melhor jogador do ataque dos Titans? Marcus Mariota.
Pior jogador do ataque dos Titans? Phillip Supernaw.
Melhor jogador da defsa dos Titans? Jurrell Casey.
Pior jogador da defesa dos Titans? Kevin Byard.
Campeão da AFC, NFC e Super Bowl? Patriots na AFC, Eagles na NFC e no Super Bowl dá Pats.
MVP de 2017? Alex Smith.
Assim foi meu papo com Felipe, o paulista que viajou até Nashville para conhecer o estádio do time de seu coração. Ele está na estrada da bola oval há muitos anos, provavelmente mais do que a maioria de quem está lendo. A paixão pelo futebol americano, literalmente, atravessou fronteiras.
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