Amigos! Nação Corinthiana! Fizemos um primeiro turno impecável, o melhor da história da competição. Muitos de nós gritaram que o time era campeão antecipadamente, pisaram nos rivais e adversários, os fizeram "chupar", bradaram a plenos pulmões contra a alcunha de "4ª força" e entoaram o mantra #SegueOLider. Pois é, agora estão seguindo muito de perto e logo o grande rival histórico Palmeiras, rival este que vem sendo muito bem comandado por outro novato assim como Carille, o Alberto Valentim que recolocou o time na briga, contando com nossos tropeços. Outro ingrediente dramático foi a derrota no clássico que remete aos 40 anos da conquista de 77 ante a Ponte Preta, o 1 x 0 com contornos dramáticos favoreceu o time campineiro e teve como heróis Aranha e Lucca, atacante aqui renegado. Estaria o jogo virando mesmo ou isso tudo é pra relembrar (sem sucesso) que nossa vocação é de ser maloqueiro e sofredor? Estamos despencando? 



Na etapa inicial o jogo foi bastante estudado e arrastado, a tática da Macaca foi perfeita em se postar atrás. O Corinthians tinha a posse, mas não conseguia ter efetividade, com um apoio nulo dos laterais e bastante isolado. Já falamos aqui inúmeras vezes que o time não tem HABILIDADE pra romper defesas bem postadas, Eduardo Baptista soube usar isso muito bem. O jogo era equilibrado, o Corinthians havia perdido chances na frente, como a Ponte conseguiu escanteios e era perigosa em jogadas rápidas. Em uma delas aos 39, grande jogada pela ponta esquerda, o cruzamento rasante encontrou o peixinho lindo de Lucca, sem chances para Cássio que já tinha feito milagre em lance de Rodrigo. 


Na etapa final Carille foi pro tudo ou nada, sacando Gabriel para a entrada do talismã Clayson, a entrada do atacante deu muito mais qualidade na criação do time. As chances passaram a ser mais frequentes, a blitz se estabeleceu com o passar dos minutos e aí o grande herói do jogo apareceu, o torcedor em campo, Aranha, com defesas magistrais impediu o gol. O "símbolo da queda" do time Romero deu lugar a Pedrinho que pouco pode fazer e Kazim também entrou no time e deu sequência as duas jogadas que participou, rolando uma bola para Jadson isolar e outra para Jô tentar cavar pênalti e chutar a canela do zagueiro adversário. O time criou sim, pouco na etapa inicial e muito na etapa final, Aranha salvou a Ponte e pode ser o símbolo de uma das maiores viradas (se não a maior) na história do Brasileirão, que seria uma perda do título por parte do Corinthians, dando alegria ao Brasil inteiro e podendo ainda ter garantido pontos que podem salvar o clube para o qual defende e torce da degola.



Que roteiro hein, depois da humilhação no Paulista, ser decisivo talvez na perda do título do rival de 40 anos atrás, com o goleiro torcedor declarado e quem sabe se salvando do descenso com estes pontos, como são as coisas, clássico é clássico e Argentina versa, este teve todos os ingredientes e levou a melhor o time da casa, que estava mais por baixo, em tese. Se estes três pontos (se três pontos é o que quero dizer) significarem a perda do título para o Corinthians, certamente o rival terá um sentimento especial.


Vejam, "A César o que é de César", é claro que estou triste, inconformado, put*, enfim. Como diria o maior treinador da história do clube: "O sentimento que vocês tem, EU TENHO TAMBÉM". Agora, precisamos pensar com a cabeça certa, fazer as cobranças certas, mas também apoiar e não cogitar pequenices como a demissão do treinador agora, que coisa de maluco. Entendi a explicação de Carille após o jogo da razão de manter Clayson como opção, o que Pedrinho mudou no jogo? (Sim, foi pouco tempo) Ele é um menino, dar a ele a responsabilidade de entrar e transformar jogos neste momento é correr o risco de queimar o jogador. Como QUEREM QUEIMAR Maycon e Arana, são meninos, a pressão tá pesando sim, pedem tanto pra dar chance pra base, a "chance" (chance uma ova, só foram efetivados no time pela falta de grana) foi dada e na primeira queda de rendimento querem crucificar os meninos, que merd* é essa?

Seguindo na linha anterior, é preciso ter um jogador capaz de mudar como mudou hoje a dinâmica do jogo no banco, Clayson é esse cara, vão chamar quem no banco caso com Clayson o time esteja perdendo? Giovanni? A resposta de Carille aos repórteres foi nessa linha, entendedores entenderam. Aí se joga também a responsabilidade da derrota sobre Kazim, pô, o cara deu sequência nos dois lances que chegaram pra ele, evidente que eu preferia a entrada de Danilo, mas não comprometeu. Que caça as bruxas é essa? Há reserva do mesmo nível (que não é lá gigante) pra Fagner, Arana, Jadson (que novamente foi PÉSSIMO), Rodrigo? Querem torrar o saco até de Cássio, não fosse ele a liderança já teria ido pro brejo e DEVERIA TER IDO AO ATAQUE HOJE, não foi por críticas absurdas que deveriam ter sido direcionadas a um cara que se acha "craque", mas "não consegue" nem dar uma bola no peito do lateral. Me parece que uns de nós estão tão ou mais perdidos que o time e Carille. O que é preciso é uma reorganização do time, não lendo e ouvindo alguns conselhos absurdos, com o treinador que nos colocou nesse IMPENSADO (no início da temporada) patamar, nada de demitir treinador, isso nem na várzea, é reorganizar, é entrar com a faca nos dentes ante o Palmeiras. 


Enfim, a questão não é perder campeonato, afinal não vivemos de títulos e sim de Corinthians. Mas perder o título pro rival, após tamanha vantagem, perdendo confronto direto em casa, enfim, seria o desastre e a despencada que o Brasil inteiro quer. Evidente que não quero dar este gosto aos adversários. Mas não é pedindo demissão de treinador que fez e faz um excelente trabalho. Não é pedindo que os gaspas substituam os titulares sem critério algum, não é "pensando" com a cabeça errada que vamos retomar desempenho. Claro que o objetivo é a vitória, mas não perder o confronto direto pelo título ante o rival é fundamental. Vejamos o que Carille vai fazer para cumprir este objetivo. De uma coisa eu tenho cada vez mais certeza "raça" não é o problema e essa é uma análise muito cômoda para os que a fazem.





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Foto: GazetaPress



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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