Olá fãs do futebol europeu! Hoje foi dia de final da UEFA Champions League, naturalmente um dia especial no cenário do futebol mundial, mais ainda por conta das circunstâncias do jogo histórico. A melhor defesa e o melhor ataque da competição duelariam pela glória do campeonato de clubes mais importante do mundo! A Juve, buscando um título que não vem há muito tempo, enquanto o Real queria o bicampeonato em sequência, a 12ª taça da história do clube! Um clássico internacional, que teve de tudo um pouco, e foi decidido como costuma ser o futebol: nos detalhes.


Depois de todo o cerimonial da final, o árbitro alemão Felix Brych deu início à final da Liga dos Campeões, que começou quente! Logo nos primeiros minutos, a Juventus procurou mais o ataque, e deu trabalho para o goleiro Keylor Navas em chute forte de Gonzalo Higuaín. Depois de muitas falhas em momentos decisivos, o argentino aparentava estar com fome de bola e sedento por mostrar que podia corresponder as expectativas da torcida italiana.

A Juventus seguiu sendo mais perigosa até os 15 minutos, quando o abafa inicial começou a enfraquecer. Se não bastasse isso, o time italiano passava a ceder muitos contra-ataques à equipe madrilenha, que errava na hora do passe decisivo. Pois bem, errava...

Quando a bola caiu no pé de Cristiano Ronaldo, o português esperou a ultrapassagem de Carvajal, e se posicionou bem entre os zagueiros para finalizar. Um resvalo no pé de Barzagli matou Buffon da jogada e abriu o marcador em Cardiff. Gol número 500 da história do Real Madrid na Champions League!

A Juventus sabia que responder rápido era imprescindível para não perder o controle do jogo, e o time de Massimiliano Allegri seguiu atacando em busca do gol de empate, que não demorou a chegar. Num lindo lançamento para Alex Sandro, o brasileiro cruzou de primeira para dentro da área. Higuaín ajeitou para Mandzukic, que dominou no peito e acertou um belíssimo voleio, tudo isso sem a bola cair no chão! Uma jogada de beach soccer que levantou a torcida e colocou os italianos ainda mais fortes na partida.

Após o gol de empate, a partida ficou bem mais pegada. Muitos carrinhos e entradas duras nos adversários fizeram o árbitro alemão mostrar um número alto de cartões amarelos já no primeiro tempo. Apesar do pouco tempo de bola rolando, quem ficou mais no ataque nos últimos minutos da primeira metade foi a Juventus, que arriscou alguns chutes de longa distância. Já o Real Madrid não não conseguia trabalhar a bola na frente da forte defesa italiana, e nos poucos contra-ataques que surgiam, raramente incomodava Buffon. O segundo tempo prometia muitas emoções.

Porém, na volta do intervalo, o panorama do jogo mudou drasticamente! A Juventus, que antes mantinha certo controle da partida, parecia ter perdido toda aquela frieza antes demonstrada, enquanto o contrário acontecia do lado madrilenho, que rondava muito mais a área do adversário.

Nessa pressão em banho maria que os espanhóis ensaiaram, o gol ia ficando cada vez mais próximo. E aos 16 minutos, não teve jeito. Em bola sobrada próximo a grande área, o brasileiro arriscou de longe. Mais uma vez, um leve toque na zaga da Juventus foi suficiente para tirar a bola do alcance de Buffon, e recolocar o Madrid na frente.

E será que a Juve acordaria depois do gol? Nada... O time italiano seguiu errando lances simples num momento determinante da partida, e aos 19 minutos foi Cristiano Ronaldo que praticamente definiu o marcador. 600º gol da carreira do português, um monstro no mata mata da UCL. Um cara que assim como um bom vinho português, fica melhor a cada dia que passa. Mesmo sem a explosão de anos anteriores, Ronaldo aprendeu a jogar com a cabeça, posicionando-se com excelência, dando piques somente quando necessário e finalizando como um clássico camisa 9.

E enquanto isso, Allegri e sua turma mantinham faces abatidas em campo. É justo dizer que a Juve perdeu o título nesses 20 primeiros minutos de segunda metade, aonde o time perdeu a calma, se amedrontou e falhou aonde não podia. Falhou contra um time que não permite falhas. E aí praticamente não há mais o que fazer.

O treinador italiano ainda fez uma série de alterações ofensivas na equipe, já que não restara muito a se fazer, porém nada que mudasse os rumos do jogo. Cuadrado inclusive foi expulso (injustamente, é claro), mas no pouco tempo em campo deu um panorama do que foi o ataque italiano na segunda metade do jogo: impaciente e ineficiente.

Alex Sandro, por muito pouco, não deu uma última esperança à Juve, na única finalização do time em todo o segundo tempo. Porém, coube ao menino Marco Asensio, que acabara de entrar, marcar o gol do título.
A 12ª conquista do Real Madrid veio de forma justa, especialmente pela eficiência do time de Zinédine Zidane. Contando com um Cristiano Ronaldo inspirado, o Real Madrid foi cirúrgico na fase decisiva da Champions League, matando os confrontos na hora certa, inclusive na final. Um time que se valeu dos detalhes para chegar a glória!
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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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