Amigos! Nação Corinthiana! Mais uma vez juntos, para comentar mais uma vitória em clássicos, mais uma vez ante o São Paulo, pelo placar de 3 x 2. E poderia ser muito fácil vir aqui e fazer brincadeiras, cumprir com este estereótipo, mas não é esse o expediente que usamos e vamos falar sério aqui, refletir sobre conclusões positivas e alertas que vem desta grande, que poderia ter sido bem maior, vitória.


O jogo começou com o Corinthians tocando muito bem a bola, envolvendo o adversário e com isso chegou ao primeiro gol, com ele, 25 gols pelo clube, sendo 20 na Arena Corinthians, o "perna de pau" Angel Romero, já antevendo, o melhor em campo em qualquer avaliação, até nas com menor boa vontade possível, no lance, mais um passe espetacular de Marcos Gabriel. 

O time seguia melhor no jogo nos minutos que se sucederam, mas acabou sofrendo um duro golpe, falta para bola levantada na área, a defesa confia piamente na linha de impedimento e (em lance difícil) sai o gol irregular de Gilberto, de toda maneira, é preciso mais atenção, não se pode deixar tudo nas mãos do bandeira dessa forma.

Após o gol, o adversário parece ter se assentado melhor no jogo, o domínio do Corinthians já não era pleno e, sem muita qualidade, o rival buscava o ataque, sem incomodar Cássio. Até que já perto do fim da etapa inicial, outra bobeira defensiva, dessa vez a nosso favor, Maicon achou que era Dario Pereyra e quis sair com classe, a bola voltou, combinação perfeita entre Romero e Jô, a defesa do goleiro, no rebote nem Lucão, nem Maycon, a bola sobrou para o batalhador Gabriel marcar, este gol marcaria a retomada do total controle do jogo, por parte do Timão. 


Na etapa final, Ceni vislumbrava ainda a possibilidade de evitar a derrota, sacou um dos zagueiros e soltou o então "lateral" Marcinho que fez boas jogadas, mas a confiança do time era extrema, logo viria o terceiro. Em mais uma jogada dos camisas 7 e 11, pênalti corretamente marcado para o Corinthians, Jadson bateu sem chances para o goleiro.

Com isso o adversário se abriu bastante e gerou inúmeros contra-ataques, que por o Corinthians não soube aproveitar, em outras jogadas, por PRECIOSISMO, o time abdicava do ataque, o jogo era totalmente dominado, pairava uma certeza de vitória, que poderia ter sido castigada.

Em uma daquelas "bolas vadias" como diz o VSR, a jogada mais uma vez pela ponta do SPFC e a conclusão de Nem. O gol deixava o adversário vivo e nos minutos finais, no bumba meu boi, o rival acreditou e poderia ter conseguido algo a mais, apesar do erro de ter tirado seu artilheiro do jogo, bom para nós.


Vejam, antes de entrar no mérito da manchete e encaminhar o fim, quero falar aqui de dois caras que aqui já foram bastante criticados, o primeiro é Romero, claro, que assim como foi Jorge Henrique (o camisa 23 um pouco mais técnico, claro) é uma peça taticamente fundamental, um jogador voluntarioso, de velocidade e que nunca se entrega, além de sim, TER GOLS pelo clube, JH teve 29, gols decisivos, muitos dos gols plasticamente muito bem mais belos que o do camisa 11, mas o maior artilheiro da Arena está apenas a quatro. Vejo semelhanças táticas importantes e que os dois não foram, não são, nem serão (no caso do paraguaio) algum dia "craques", mas não se faz um time apenas com "craques", ainda mais em tempos como os atuais, onde revelar um "craque" é ter a certeza de que este irá para a Europa prontamente. Angel, assim como o outro citado, marca taticamente o seu nome neste time do Corinthians e por que não, marca com sua dedicação e eficiência no que lhe é pedido, seu nome na história do clube, afinal, ter "11 Sócrates" é o meu e o sonho de todo torcedor, mas é surreal, há que ter também estes jogadores.

O outro é M. Gabriel, não vi, mas parece que ele deu uma entrevista falando sobre fatores familiares que o fizeram repensar sua conduta no Corinthians, fico feliz. Não vai acertar sempre, errou bastante no segundo tempo de hoje, por exemplo. Mas o importante é ver esse espírito, essa mudança de atitude, nota-se agora sua VONTADE de jogar, de jogar o que pode, não como o craque que a carência de notícias que repercutam, fez com que setores da imprensa o colocassem em sua passagem pelo Santos. E é isso que a torcida quer, um jogador com vontade, com ciência de sua capacidade, pois com isso ele seguirá sendo útil, jogando 10% do que ele já demonstrou achar e parte da imprensa acha que ele joga, como hoje e nos últimos jogos, ele será muito útil sim, ao time.


Por fim, é claro que o São Paulo não vive um bom momento, o Santos não vivia, mas não podemos medir a análise pelos adversários (até por que é clássico, é outra atmosfera, outra responsabilidade e o time se saiu muito bem) e sim pelo DESEMPENHO e fica cada vez mais claro que este time está pronto pra chegar nas duas competições que tem pela frente. É um time que hoje, mesmo com toda a desconfiança que pairava, encaixou de vez, é BONITO ver a troca de passes no setor ofensivo, tabelas e jogadas fluem entre Jô e Romero, o time está encaixado, quem vem do banco sabe o que fazer, a peça que fica de fora tem substituição no mínimo digna, até a improvisação dá certo, o time encaixou.

Mas a postura ante o rival, de "certeza da vitória", de até uma certa soberba incomodou, ok, o resultado veio, se o time tivesse após o terceiro mantido a gana poderia ter sido uma goleada histórica. Mas poderia ter sido um empate desastroso no fim do jogo, um empate que puniria uma postura que não tem a cara DESTE time, batalhador, objetivo, raçudo. Mesmo sendo rival, mesmo querendo se "dar espetáculo", há formas e formas, o time daqui em diante precisa agir sempre como contra o Vasco, compreender que é preciso jogar sério até o último segundo, não para dar espetáculo em si, mas por que é assim que tem de ser e assim que se faz um time campeão.




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Foto: LancePress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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