Pessoal, torcedores da seleção brasileira, hoje vamos repercutir a vitória da seleção canarinho diante do Uruguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2018 na Rússia, em Montevidéu. Um jogo que foi o último "teste de fogo" para Tite no comando da seleção brasileira em termos de futebol sul-americano, visto a condição brasileira de visitante e o Uruguai jogando em casa com apoio de 65 mil pessoas no Estádio Centenário, sem falar da tradicionalíssima raça ou "garracharrua" que os uruguaios colocam em campo.

O Uruguai veio desfalcado de seu principal jogador, Luis Suárez. Brasil veio sem Gabriel Jesus que vinha sendo uma boa aposta do técnico Tite. Seleção brasileira então foi escalada com Alisson, Daniel Alves, Miranda, Marquinhos, Marcelo, Casemiro, Paulinho, Renato Augusto, Philippe Coutinho, Neymar e Roberto Firmino. Uma equipe que não fugiu muito dos últimos jogos da seleção, salvo pela ausência do jogador do Manchester City.

Pela primeira vez na "Era Tite" a seleção começou com dificuldades concretas em campo. Em um lance bem atrapalhado, Marcelo recuou mal a bola para Alisson. Cavani não tinha nada que ver com isso, correu, roubou a bola e sofreu penalidade do arqueiro brasileiro. O próprio jogador converteu a cobrança para colocar os donos da casa em vantagem. 1x0.

As vezes as pessoas olham as convocações de Tite e pensam: "por que convocar Paulinho? Ele já jogou bem, mas poxa, está jogando na China... o que ele vai acrescentar?". Nunca duvidem de Tite! Paulinho em pouco tempo acertou um golaço sem chances para Martin Silva e começou a desenhar seu papel de destaque na partida. Depois do empate, o Brasil, mais calmo, trocava bem passes, rodava a bola, esfriava o ímpeto e a empolgação uruguaia. Veio o intervalo.

O jogo seguia nos mesmos caminhos do pós empate da seleção brasileira, até que Roberto Firmino recebeu na entrada da área, efetuou o giro na marcação uruguaia, chutou rasteiro. Martin Silva rebateu para o lado da área e Paulinho estava lá com o que tem de melhor - o elemento surpresa - para fazer o gol da virada. Sem Suárez, o Uruguai não encontrava aquela referência no campo de ataque para conseguir buscar jogo. As investidas celestes paravam no sistema de marcação brasileiro que levava perigo nos contragolpes.

Em um deles, Neymar recebeu a bola sozinho na intermediária e arrancou. Deixou a marcação uruguaia comendo grama, churrasco, tudo que tem direito. Quando saiu na cara de Martin Silva deu um belo toque de cobertura para esfriar de vez qualquer tentativa de reação uruguaia. 3x1 e muita tranquilidade em campo. Nenhum desespero, nenhuma afobação, um placar construído com naturalidade. Mesmo com esse golaço, o destaque da partida foi Paulinho que ainda aproveitou cruzamento para fazer 4x1 de peito e sacramentar uma vitória excepcional da seleção canarinho. Fim de Papo!
Paulinho celebra seu terceiro gol na partida: de questionado começa a ter seu espaço garantido no time (elpais.com)
Vitoria excepcional. Pela primeira vez, o time comandado por Tite saiu atrás do placar, contra um adversário duríssimo e fora de casa. Ao contrário da "geração2014", a equipe mostrou total equilíbrio emocional e conseguiu buscar e reverter um placar. Uma equipe consciente, mesmo na ausência de um de seus principais jogadores, ainda há peças que desequilibram: Coutinho, Paulinho e claro Neymar. Não estava brilhando muito na partida, mas quando teve a chance, mostrou o talento e a competência que se espera dele: golaço!

Agora vamos enfrentar o Paraguai para garantirmos matematicamente a classificação para a Copa do Mundo na Rússia 2018 (para mim, já está na Copa!). Passamos por testes duros contra Argentina e Uruguai, porém, ainda falta enfrentar escolas diferentes. Em termos de América do Sul estamos em total vantagem sobre nossos concorrentes. Está na hora de buscarmos outros adversários para aprender como parar e jogar contra determinados estilos de jogo como europeu, africano, asiático, etc. Porque podemos dizer que temos técnico para orientar essa geração que tem talento sim. Pode não ter tanto quanto outras gerações tiveram, mas possuem e estão em boas mãos.


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Leonardo Paioli Carrazza

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